Moura Ramos Indústria Gráfica: livros, revistas, embalagens, sacolas, agendas e impressos em geral.: A seca no Nordeste compromete a produção de alimentos e aumenta os preços

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A seca no Nordeste compromete a produção de alimentos e aumenta os preços


A seca deve continuar aumentando o custo dos alimentos, que já acumulam alta de 37,77% nos últimos 12 meses, bem superior à média de aumento de todos os produtos e serviços (10,19%), conforme o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), elaborado pelo Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual (Ideme). O período de início de plantio está passando e os produtores rurais estão perdendo a expectativa que as chuvas encerrem a maior seca das últimas décadas. Enquanto isso, fornecedores em atacado no Estado acreditam que o encarecimento deve continuar porque já buscaram outros locais para comprar frutas, verduras e cereais e a oferta continua sendo reduzida.
De acordo com o economista do Ideme, Geraldo Lopes, a diminuição da oferta dos produtos, causada pela seca, teve como consequência direta a elevação no nível da inflação. Ele esclareceu que o custo ficou ainda maior porque, para suprir essa pouca oferta local, foi trazida produção de outras regiões, que também é cara, já que há incidência de custos com frete.
“Os preços dos alimentos nos últimos meses contribuíram com o aumento do custo de vida em João Pessoa, na região Nordeste e no Brasil. No ano de 2012, foi registrada a pior seca dos últimos 50 anos na Paraíba, no Nordeste e até mesmo em algumas regiões do Brasil. Dessa forma, a oferta de produtos destinados à alimentação foi reduzida em todo ano de 2012 e nos primeiros meses de 2013”, destacou.
Produção foi comprometida
Geraldo Lopes avaliou que a seca justifica o aumento porque toda a produção regional ficou comprometida e produtos como milho, feijão, fava, arroz tiveram redução na produção em média de 90% em 2012. Com isso, o estado passou a ser abastecido com produtos das regiões Sudeste, Centro-oeste e Sul, no caso de arroz, milho e feijão e parte da carne. Já as frutas e verduras são de áreas irrigadas da agricultura familiar da Paraíba e demais estados do Nordeste, e também da região Centro-Sul, como tomate, maçã e pera.
O economista explicou que, em fevereiro, o grupo alimentação registrou uma variação mensal de 6,71% em relação a janeiro e já acumulava 16,6% nos dois primeiros meses de 2013. Os dados completos e o cálculo do índice de março serão divulgados na primeira semana de abril.
Ele avaliou que não é possível saber o comportamento dos preços para os próximos meses. “Agora é que começa a chover em algumas regiões do Estado e da região e não sabemos da intensidade pluviométrica. Dessa forma, ainda poderá ocorrer boa produção de alguns produtos. Por outro lado, a desoneração dos impostos que compõem a cesta básica, adotada recentemente pelo Governo Federal, poderá contribuir na redução nos preços de alguns itens do grupo alimentação, como carne, café, óleo, manteiga e açúcar”, avaliou.
FONTE: Jornal Correio da Paraíba e Portal Abelardo (por João Luiz).

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