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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

26 de Agosto - Dia do Catequista

Dia do Catequista1. 1. Introdução
Antes de falarmos sobre a pessoa do catequista, convém recordar algumas verdades que fundamentam sua ação pastoral, já que este fala em nome da Igreja e é enviado por ela para exercer sua missão.
Em primeiro lugar é importante ressaltar que a Igreja existe para evangelizar, isto é, para levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade, conforme nos ensina o Papa Paulo VI na Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi (EN 14).
O Diretório Geral para a Catequese (DGC), afirma que a evangelização tem como finalidade convidar homens e mulheres à conversão e à fé (DGC 53). E este chamado de Jesus, « arrependei-vos e crede no Evangelho (Mc 1,15), continua a ressoar hoje, mediante a evangelização da Igreja, que pode ser realizada de muitas formas. Entre estas, destaca-se a catequese. O ‘momento’ da catequese é aquele que corresponde ao período em que se estrutura a conversão a Jesus Cristo, oferecendo as bases para aquela primeira adesão (DGC 63). A catequese, « distinta do primeiro anúncio do Evangelho(DGC 182) promove e faz amadurecer esta conversão inicial, educando à fé o convertido e incorporando-o na comunidade cristã.
A catequese na Igreja é uma praxe que remonta à época apostólica, mas que tem a sua fonte primeira no próprio Jesus, que foi um excepcional mestre de doutrina e de vida. Ele era chamado pelos discípulos e pelas multidões de rabbi, isto é, mestre (cf. Jo 1,49; 3,2; 4,31; 6,25; 9,2; 11,8). Ensinou durante a sua vida ministerial com uma autoridade que causava espanto e admiração em todos os que o ouviam, e que superava sem medidas a forma com que ensinavam os mestres da lei da sua época (cf. Mc 1,22).
Hoje em dia, ainda que a catequese seja uma responsabilidade de toda a comunidade cristã, há algumas pessoas que recebem um encargo especial, nesta tarefa pastoral.
São elas:
Os Bispos: primeiros responsáveis pela catequese, catequistas por excelência ;
Os sacerdotes: pastores e educadores da comunidade cristã;
Os pais: primeiros educadores dos próprios filhos à fé;
Os leigos: grande maioria no desempenho da pastoral catequética.
Vamos nos deter, agora, na vocação do catequista, enquanto leigo.
2. A Vocação do Catequista
Afirma o Diretório Geral para a Catequese que “a vocação do leigo à catequese tem origem no sacramento do Batismo e se fortalece pela Confirmação, sacramentos mediante os quais ele participa do ministério sacerdotal, profético e real de Cristo. Além da vocação comum ao apostolado, alguns leigos sentem-se chamados interiormente por Deus, a assumirem a tarefa de catequistas.
A Igreja suscita e distingue esta vocação divina, e confere a missão de catequizar. Dessa forma, o Senhor Jesus convida homens e mulheres, de uma maneira especial, a segui-lo, mestre e formador dos discípulos.
Este chamado pessoal de Jesus Cristo e a relação com Ele são o verdadeiro motor da ação do catequista. É deste conhecimento amoroso de Cristo que jorra o desejo de anunciá-lo, de evangelizar , e de levar outros ao sim da fé em Jesus Cristo “(DGC 231).
Ser catequista é uma vocação! É um chamado da parte de Deus para uma missão. O catequista, ao sentir esse chamado verifica que necessita compreender melhor seu trabalho missionário.
Sentir-se chamado a ser catequista e a receber da Igreja a missão para fazê-lo pode adquirir, de fato, diversos graus de dedicação, segundo as características de cada um.
Há muitas formas de exercer o ministério catequético, mas independente delas, o catequista deve se esforçar para desenvolver em si as seguintes características:
SER CATEQUISTA
Ser
Vocação: Sou chamado a servir
Saber
Sou discípulo e devo aprender com Jesus
Fazer
Sou enviado pela Igreja, em missão
Conviver
Devo formar comunidade fraterna
3. O Catequista é discípulo de Jesus
O catequista é um instrumento vivo, através do qual Deus se comunica com os homens; é um educador da fé e não um mero repetidor de uma doutrina; é um transmissor do Evangelho com a própria vida, seguindo o conteúdo, o estilo, os critérios e os métodos de Jesus, aprendendo a ter os seus mesmos sentimentos (cf. Fl 2, 5-11).
Então, o CATEQUISTA é um homem ou uma mulher, escolhido (a) por Deus, através da sua Igreja, e por ela encarregado (a), para ser um sinal-instrumento eficaz para transmitir, com a própria vida e pela Palavra, a Boa Nova do Reino Deus que aconteceu em Jesus Cristo.
O catequista se torna assim um mediador entre o diálogo que Deus quer empreender com todos os homens. É uma pessoa que por primeiro encontrou e aderiu à Cristo e à sua Palavra tornando-se, por isso, uma testemunha deste encontro e desta adesão.
É um “mestre” que busca ajudar aos outros homens, seus irmãos, a descobrirem e a conhecerem aquilo que Deus falou e quer e deles espera como resposta de amor: “que quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,40). É um educador, que conduz cada pessoa a desenvolver o germe da fé batismal, isto é, aquilo que cada um possui de melhor dentro de si, ou seja, Jesus Cristo, dom impresso pela graça batismal.
Enfim, o catequista é uma testemunha, capaz de santificar Cristo em seu coração e que está sempre pronto a dar razão de sua esperança a todos aqueles a pedirem. Isto se torna, por assim dizer, uma tarefa ainda maior nos nossos dias, que imersos num contexto secularizado e de inversão de valores, exigem do catequista uma capacidade de incarnar no mundo a própria fé e de comunicá-la de modo convincente e crível, a fim de que os homens possam se libertar de tudo aquilo que é contrário à sua dignidade de filhos de Deus.
Como educador da fé dos seus irmãos, o catequista é devedor a todos do Evangelho que anuncia, ao mesmo tempo em que se deixa educar pela fé e pelo testemunho daqueles que catequiza.
4. O Catequista é um chamado a anunciar o Evangelho
“Não fostes vós que me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi” (Jo 15,16).
O catequista é enviado, “é, de certo modo, o intérprete da Igreja junto aos catequizandos” (DCG 35).
Ser destinatário de um dom de Deus e tornar-se dom de Deus para os outros, deve fazer surgir no catequista a exigência de um forte crescimento espiritual. Ele deve ser o discípulo que está em constante escuta do seu Mestre. Como Maria, a primeira dos discípulos do seu Filho, assim o catequista deve saber acolher com humildade e meditar a Palavra do Evangelho, referindo e pautando a própria vida nesta Palavra.
Deus nos chama e nos envia em missão de realizar o seu plano de salvação e de resgate de vida. Mas, para bem realizar esta tarefa, “é preciso não só “fazer” seu trabalho, mas acreditar nele.
A idéia essencial que deve dominar toda a nossa atividade é: “somos instrumentos”. O primeiro sentimento que brota dessa tomada de consciência é o de profunda humildade. Nessa tarefa de evangelização, CRISTO nos precede no coração humano. É imprescindível contar com a graça de Deus”(Me. Ma. Helena Cavalcanti).
Um outro ponto fundamental, é o testemunho de vida do catequista: sejamos transparentes à verdade que ensinamos.
O Papa João Paulo II, na Exortação Apostólica “Catequese Hoje”, afirma “a tarefa do catequista: apresentar os meios para ser cristão e mostrar a alegria de viver o Evangelho” (CT 147. Portanto, “a alegria é um bom método de aprendizagem” (Me. Ma. Helena Cavalcanti).
Santo Agostinho, no século V da era cristã, deixou grandes ensinamentos sobre a alegria e a catequese e que são úteis até os dias de hoje: “A grande preocupação existe na maneira de narrar, para que aquele que catequiza, quem quer que seja, o faça com alegria: tanto mais agradável será a narração, quanto mais puder alegrar-se o catequista” (Instrução dos catecúmenos).
5. O Catequista é um chamado a anunciar o Evangelho na Igreja
“Quem vos ouve, a Mim ouve” (Lc 10,16).
O Evangelho que o catequista anuncia é o Evangelho que a Igreja lhe confia. Por isso, a fidelidade à tarefa de educador da fé que lhe é dada pela Igreja se exprime, antes de tudo, na comunhão e na fidelidade ao seu vivo magistério. Consciente de ser porta-voz da Igreja, nela a sua experiência de fé vem assegurada, de modo que o que ensina não é uma Palavra qualquer, mas a mesma Palavra viva que o tornou catequista.
Fidelidade à Igreja não é somente fidelidade a um mandato recebido, é também uma participação de fé na vida eclesial; é sentir-se parte ativa da Igreja local na qual exerce o serviço. Esta participação não pode, enfim, confinar-se somente no âmbito do anúncio da Palavra, mas deve abrir-se a todas as dimensões da vida eclesial e paroquial.
6. O Catequista é um chamado a anunciar o Evangelho na Igreja a serviço do homem
“O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mt 20,28).
Estando a serviço de Deus, em nome da Igreja, o catequista sabe-se chamado e enviado para um serviço aos irmãos. São testemunhas e partícipes de um mistério que vivem e que comunicam aos outros com amor. O fato mesmo de estar enraizado em Deus e na sua Igreja impulsiona o catequista a viver com os outros e para os outros.
O catequista deve saber se colocar próximo aos homens e caminhar com eles, na escuta das suas exigências, sobretudo daqueles que são considerados os últimos na sociedade: os pobres, os marginalizados e os que não são considerados capazes, por serem portadores de deficiência física ou mental.
O catequista assume concretamente a história do homem e dela se torna atento leitor. Servidor da Palavra de Deus que é para o homem, ele se qualifica em particular como animador da comunidade, favorecendo a participação de todos e a tomada de consciência da história que se vive. O respiro de uma autêntica catequese vai além dos muros paroquiais e atua também fora deles em atenção viva e generosa do catequista aos problemas da sociedade.
7. Conclusão: O Catequista é chamado à Santidade
Na Carta Apostólica Novo Millenio Ineunte, o Papa João Paulo II enfatiza a necessidade de buscarmos a santidade em toda e qualquer atividade pastoral: “Em primeiro lugar, não hesito em dizer que o horizonte para que deve tender todo o caminho pastoral é a santidade (...) Na verdade, colocar a programação pastoral sob o signo da santidade é uma opção carregada de consequências. Significa exprimir a convicção de que, se o Batismo é um verdadeiro ingresso na santidade de Deus através da inserção em Cristo e da habitação do seu Espírito, seria um contra-senso contentar-se com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial.
Perguntar a um catecúmeno: « Queres receber o Batismo? significa ao mesmo tempo pedir-lhe: Queres fazer-te santo? Significa colocar na sua estrada o radicalismo do Sermão da Montanha: '' Sede perfeitos, como é perfeito vosso Pai celeste ” (Mt 5,48) – (NMI 30;31).
“Concedei-nos, Senhor, a grande alegria de sermos fiéis Mensageiros de Vossa Ressurreição, por uma tomada de consciência na fé, um testemunho de vida na esperança e um anúncio da salvação na caridade. ”
Madre Maria Helena Cavalcanti
BIBLIOGRAFIA
Diretório Catequético Geral (1971) e Diretório Geral para a Catequese (1997
Catequese Renovada (1983). CNBB
Novo Millenio Ineunte. João Paulo II. 2001
“Ser Catequista” – Pe. Assis Moser e Pe. André Biernaski
“A pessoa do Catequista” e escritos de Madre Maria Helena Cavalcanti
Apontamentos do Curso para Catequistas, de Pe. Leonardo A. Fernandes
Fonte: jorgekontovski.ning.com

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