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domingo, 5 de janeiro de 2020

Tendência de mercado: O que estará em alta no mundo da gastronomia em 2020

Comer em frente ao computador durante o dia, brindar com os amigos à noite. A sequência é mais familiar do que queremos admitir. É fato que o cotidiano acelerado tem mudado nossa maneira de comer, mas o que isso significa para o setor de alimentação?

Aura de “lugar para encontros” dos restaurantes se intensifica e a corda bamba entre comer por necessidade fisiológica ou função social se torna menos trêmula. Passamos a ter consciência de que algumas refeições serão “apenas” para nos nutrir, enquanto outras, menos frequentes, serão fontes de prazer e de compartilhamento com família e amigos, seja no salão de um restaurante ou preparando uma massa com molho feitas do zero em casa.

Restaurantes voltam a ter uma aura de lugar para grandes encontros. Foto: Letícia Akemi / Gazeta do Povo

Conveniência é a principal palavra para estabelecimentos de alimentação em 2020. “As pessoas querem comer bem, mas sem ter muito trabalho. As marcas trabalham isto com serviços de entrega, modelos de assinatura, lojas com horários alternativos, embalagens inteligentes, entre outros”, enumera Daniela Yazigi, especialista da empresa de previsão e análises de tendências da WGSN. Espaços híbridos, que reúnem um café, uma atividade cultural e uma loja de insumos e utensílios, aumentarão em quantidade.

Relatórios das agências Baum+Whiteman, Benchmark Global Hospitality, National Restaurant Association, Sterling-Rice Group e WGSN, que monitoram tendências e estudam o comportamento do consumidor, apontam alguns caminhos para 2020.

Algumas das macro-tendências dos anos anteriores ressoam com mais força para 2020: a preferência por produtos locais, aproveitamento integral dos ingredientes, preparos artesanais e naturais, como vinhos biodinâmicos, e menos carne no prato. Junto a elas, a entrada de proteína vegetal na alimentação de “carnívoros” — os hambúrgueres plant based das foodtechs, por exemplo.

Cada vez mais proteínas vegetais estarão presentes e serão consumidas até mesmo por “carnívoros”. À esquerda, hambúrguer plant based. À direita, de carne bovina. Foto: Letícia Akemi/Arquivo Gazeta do Povo

Para o jornalista gastronômico Rafael Tonon, especializado em tendências, os limites entre refeições ficarão cada vez menos nítidos e os snacks podem ser uma solução para resolver a vontade de comer, sem demandar tanta energia e trabalho de preparar pratos ou ir a um restaurante.

“Em uma sociedade da economia criativa, com mais pessoas trabalhando como autônomos, os horários convencionados para as refeições não fazem mais tanto sentido. Por que não almoçar às 15h30?”, exemplifica Tonon. O surgimento de restaurantes all day, com cardápios que não mudam no decorrer do dia, são um dos sinais desse movimento. Em maio, Tonon lança o livro “Revoluções da comida” (título provisório) pela editora Todavia, em que trata dessa e de outras mudanças nos hábitos alimentares.

“Os restaurantes se segmentarão cada vez mais para promover experiências mais autênticas. Haverá mais interação entre serviço, comida e experiência de consumo, e os restaurantes tendem a diminuir seu tamanho. Assim terão mais restaurantes pequenos espalhados pela cidade, sempre cheios pois têm salão menor. Outra tendência é ampliar o horário de funcionamento e cardápio reduzido para reduzir custos fixos”, desenha Luiz Mileck, representante da Rede Latino-Americana de Food Design no Brasil, sócio e diretor-executivo no O Locavorista e idealizador do Coletivo Alimentar, uma instituição que propõe discussões em alimentação e gastronomia.

Confira as principais macro-tendências para a gastronomia em 2020:

Conveniência e encantamento

Atender a mais de um público, reunindo operações distintas em um mesmo endereço é um dos modelos a ganhar força em 2020. Um restaurante que temm salão com delivery e com venda de produtos para preparar em casa é um exemplo.

Espaços híbridos, também chamados de food hall, atenderão à ideia de conveniência. Essas operações mistas reúnem restaurantes, panificadoras, confeitarias, hortifruti, peixarias, bar, adega e outros — como o Eataly ou a Mercadoteca, em Curitiba.

Aberta em 2015, Mercadoteca reúne operações como hortifruti, restaurantes, bares e outros. Foto: Divulgação

“Ter um serviço de excelência e comida de qualidade é o mínimo, mas hoje em dia vemos que ter um ambiente agradável, que converse com o cardápio, se tornou essencial. O importante é sempre ser verdadeiro e original”, diz Daniela.

Kits de refeições prontas, com ingredientes porcionados, também entram no pacote de conveniência, bem como snacks mais elaborados, ricos nutricionalmente e também em sabor. A prática de comer sozinho, beliscando algo prático, pedindo um delivery ou cozinhando um kit em casa pode restabelecer o status dos restaurantes enquanto espaços sociais. “As pessoas vão cozinhar menos em casa, mas dedicarão mais tempo à atividade quando o fizerem. Terá uma preocupação maior em plantar o tempero, cozinhar como entretenimento e envolver outras pessoas”, prevê Mileck.

“Há experiências que só são possíveis em um restaurante”, crava Tonon. Nesta toada, restaurantes menores, em que os salões para algumas dezenas de pessoas fica de frente para uma cozinha aberta pode se tornar constante. Outra é a capacidade de a gastronomia contar histórias e encantar, seja por um menu degustação, seja com um conceito forte em cardápio e ambientação.

Delivery muda as regras do jogo

Quem pesquisa o setor de delivery afirma: não é o mesmo que tele-entrega. Com aplicativos intermediando restaurantes e clientes, as estratégias de venda e os preços mudam, e as expectativas em relação a entrega e embalagens sobem. Não apenas pela temperatura e apresentação do prato depois de uma viagem de motocicleta.

As possibilidades de criar uma experiência memorável a partir do delivery são muitas. Por exemplo: um preparo em que a finalização é feita pelo cliente; a embalagem e disposição dos pratos de maneira surpreendente; uma maneira de apresentar as opções no aplicativo que converse com o público-alvo, entre outros. “Com tantas variações, onde começa a experiência de comer no restaurante e onde começa a de comer em casa?”, questiona Tonon.

Delivery possibilita muitas experiências além da entrega de uma refeição em casa. Foto: Kai Pilger/Unsplash
Delivery possibilita muitas experiências além da entrega de uma refeição em casa. Foto: Kai Pilger/Unsplash

Com as dark kitchens ou “restaurantes fantasmas” (sem salão, apenas entregas), os custos operacionais diminuem, mas não a possibilidade de proporcionar uma experiência ao consumidor. Enquanto ferramenta para contar histórias, a gastronomia não perde sua potência ao chegar por delivery. “A mensagem tem de ser: tenho uma coisa para te contar que você não vai ver em outro lugar”, resume Tonon.

Estratégia: de olho nos dados

O crescimento de pedidos por delivery é um prato cheio para quem desenvolve os aplicativos. O recolhimento de dados de comportamento e de perfil permitem antecipar demandas, criar campanhas mais assertivas e balizar as decisões de empresários do setor de alimentação. O que é o mais pedido em uma noite chuvosa? Quanto mais o tempo passa, mais os dados coletados pelos apps geram respostas certeiras e os empresários tomam decisões mais rápidas.

Para os restaurantes, investir em tecnologia para gerenciar estoque, fornecedores, processos e preferências do público será imperativo. “As margens de lucro não aumentam, mas cada vez mais a tecnologia e o acesso a dados é uma parte importante do orçamento de um restaurante; mesmo dos pequenos”, diz o documento da National Restaurant Association (NRA), com previsões para os próximos dez anos do setor.

Bebidas: sem álcool, com gás

Nas bebidas, um aceno aos mocktails e a bebidas fermentadas, porém sem álcool, como kombucha. A sensação das bolhinhas satisfaz que está acostumado a consumir refrigerante, espumante ou chope, mas quer diminuir a ingestão de açúcar ou álcool. O crescimento do consumo de água com gás saborizada ou compondo drinks sem álcool também é esperado, junto dela, um perfil de sabor que puxa para o amargo, tais como cascas de cítricos, zimbro, lúpulo, entre outros.

Kombucha na torneira, do Mornings, restaurante que serve apenas preparos de café da manhã. O gás acrescenta textura à bebida. Foto: Fernanda Santos/Divulgação

No Brasil, o lançamento mais recente que vai ao encontro dessa tendência é um espumante da Ovnih, uma vinícola gaúcha cujos vinhos são comercializados em lata. O Ovnih Sparkling Hop é um espumante que leva uma adição de lúpulo na composição. O ingrediente acrescenta um leve amargor e notas de cítricos à bebida.

Menor impacto no meio ambiente

A recusa por canudo de plástico é um dos sintomas da mudança de comportamento que vêm sendo observada há anos. O desejo por causar menos impacto no meio ambiente seja na produção de lixo, seja no desperdício de alimentos, segue como uma demanda do público e passa a ter efeitos no setor de alimentação. Embalagens descartáveis diminuem em produtos de gôndola e utensílios reutilizáveis ganham espaço no salão — canudos de inox ou vidro, talheres de bambu em vez de plástico.

“Um dos principais eixos é o tripé da sustentabilidade: ecológica, social e financeira. No primeiro, é a redução de lixo, a compostagem, repensar embalagens e a simplificação da dinâmica do serviço. Na sustentabilidade social, as pessoas estão mais envolvidas no serviço, com a horizontalização das funções, proprietário e funcionários executando juntos”, explica Mileck. Na parte financeira, auto-atendimento com pedido em totens e retirada no balcão, cardápios digitais e operações com apenas uma pessoa (como os cafés to-go, em que o barista serve o café e cobra a conta) diminuem custos fixos de funcionários e de material.

Com isso, cresce também a valorização de produtos tidos como mais naturais, como vinhos biodinâmicos e proteína vegetal fazendo as vezes de “carne”, como os hambúrgueres vegetarianos mais modernos. O relatório da Sterling-Rice Group prevê um aumento pela procura de selos de certificação livres de glifosato, além dos já comuns livre de transgênicos ou orgânicos. O glifosato é um agrotóxico proibido na União Europeia, mas é o mais usado no Brasil — se a certificação pegar nos EUA, é possível que encontre um reflexo no Brasil.
A preferência por canudos reutilizáveis é um dos sinais de um movimento maior, em que o consumidor faz escolhas que impactem menos o meio ambiente. Foto: Divulgação
A preferência por canudos reutilizáveis é um dos sinais de um movimento maior, em que o consumidor faz escolhas que impactem menos o meio ambiente. Foto: Divulgação
“As pessoas realmente aprenderam a ler rótulos e estão enxergando o alimento além de um sinônimo de prazer e satisfação”, indica Daniela Yazigi, da WGSN.
“Isso engloba não só a sustentabilidade, mas também conscientização de diversidade e de aprendizado sobre o alimento”, completa.
“A indústria lançará mais produtos com a informação de que são saudáveis, como pães de fermentação natural, que certamente podem ter uma pequena porcentagem de fermentação natural na produção. Mas a indústria ainda surfa na desinformação do consumidor e no uso de termos que ainda não estão tão presentes no dia a dia da população média”, analisa Mileck.
A valorização da carne enquanto ingrediente nobre se intensifica, não apenas por uma questão macro-econômica, mas porque as pessoas passaram a se preocupar com a cadeia de produção animal mesmo não sendo vegetarianas. Açougues “éticos” e a demanda por certificação de abate humanitário também crescem — outros cortes começam a surgir, segundo relatório da estadunidense National Restaurant Association (NRA), como shoulder tender, oyster steak e merlot cut.

Menos carne, mais proteína

Se o consumo de carne diminui, o volume de proteína não: proteína vegetal continua sendo a base para fazer produtos similares a carnes, laticínios e outros produtos de origem animal. A proteína de ervilha toma o espaço da soja como base para estes produtos plant based e depois de uma popularização de leites vegetais de soja e amêndoa nos mercados americano e europeu, a aveia será mais explorada pelo setor.

Cheeseburger feito com o hambúrguer Fazenda Futuro. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo
Hambúrguer Fazenda Futuro: feito com proteínas de origem vegetal, o preparo imita carne. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo

Algas e cogumelos entram como ingredientes para acrescentar sabor e cor a produtos como snacks e substitutos para carnes, por concentrarem moléculas responsáveis pelo gosto umami e apresentarem alto valor nutricional: a indústria aposta na estratégia de “dois coelhos em uma cajadada só”.

O relatório da WGSN traz o termo “palato pós-industrial” da antropóloga Tania Ahmad para definir a combinação de uma comfort food, um prato nostálgico, porém composto de ingredientes tecnológicos, como “carne de plantas”. A WGSN aponta a carne como um “novo luxo”, ao lado de bebidas alcoólicas e do (bom) chocolate.

Comida compartilhável

A expressão “comida compartilhável” pode ser lida nos dois sentidos: para repartir com outras pessoas e/ou um prato que rende uma bela foto para as redes sociais.

“Os restaurantes vão se tornar cada vez mais templos para comida de socialização e de prazer”, vaticina Tonon. Quando o hábito de beliscar se tornar mais cotidiano, é possível que seja feita uma única refeição por dia, daquelas como manda o figurino: sentado à mesa, com companhia e com preparos que sejam “comida de verdade” na aparência. “Se antes você tinha que comer uma bolacha, fruta ou salgadinho na pausa da tarde, hoje a indústria tem uma coisa pequena que envolve hedonismo e nutrição para esse momento”.

Para Mileck, comer como uma atividade social ficará em evidência no próximo ano, mas não será cotidiana. “Vai diminuir, mas haverá uma procura por experiências mais autênticas fora de casa”, aposta.

Ovos nevados de jenipapo e cumaru do Corrutela. Foto: Vania Krekniski/Arquivo pessoal

Mais cores na apresentação dos pratos e a aposta é nos tons de azuis e roxos, como batata-doce, milho, algas (espirulina, por exemplo), manjericão, repolho e a flor da ervilha-borboleta (clitoria), que tinge de azul o preparo quando reage com um ácido. Abrasileirando o tom, o jenipapo como tonalizante para massas e cremes pode se popularizar.

Cores vibrantes como vermelho da beterraba, o verde do matchá e o amarelo da cúrcuma também pintarão nos pratos. A cor será uma das estratégias adotadas pelos restaurantes para aparecer mais no seu feed: quanto mais bonito e surpreendente o prato, mais engajamento a foto gera nas redes sociais."

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Saiba qual é o animal o mais importante da Terra


O Earthwatch Institute, uma organização não governamental internacional de caridade ambiental, declarou na Sociedade Geográfica Real que as abelhas são a coisa viva mais importante do planeta. 

Você provavelmente já ouviu alguma vez na vida que abelhas são essenciais para o ecossistema mundial. Infelizmente, várias espécies estão ameaçadas de extinção, com pesquisas apontando para um rápido declínio global nas populações de abelhas em toda a Terra. 

Isso tem um impacto em cascata tremendo – que chega velozmente até nós. 

Não acredita? Um vídeo da ASAP Science explica esse impacto utilizando simples exemplos (ligue a legenda). Veja aqui!

Em resumo, abelhas polinizam plantas, ajudando-as a crescer. Segundo um relatório do Greenpeace, cerca de 60 a 90% dos alimentos que consumimos recebem ajuda de polinizadores como abelhas. Isso inclui frutas, vegetais, sementes e nozes.
Image credits: Jason Riedy
Em muitas colônias, no entanto, abelhas estão desaparecendo. Alguns pensam que a culpa é de parasitas, vírus e ácaros, mas pesquisadores vêm argumentando que agrotóxicos utilizados para afastar pragas de plantações estão afetando diretamente o sistema nervoso central de abelhas. Outros fatores podem desempenhar um papel, como clima e falta de variedade genética no cultivo de abelhas comerciais. 

Acontece que não podemos deixar as abelhas simplesmente sumirem. Aqui entra o efeito cascata: pense em árvores de amêndoas. Elas contam com a polinização para produzir amêndoas. Seus restos são usados como alimento para gado e galinhas. Menos abelhas significam menos amêndoas, que significam menos comida para gado e galinhas, que significam menos carne, leite, ovos e outros produtos alimentícios.

Vale observar que esse é apenas um dos muitos ecossistemas alimentares afetados pelas abelhas – já mencionamos cereais e café? Sem contar no algodão. De forma geral, sem a ajuda de abelhas, nossa alimentação seria basicamente composta por arroz, trigo e milho, que são polinizados pelo vento, e nossas roupas e toalhas seriam desconfortáveis.

Nossa vida seria inteiramente diferente, e não só pelas mudanças nos produtos que consumimos, mas pelo enorme impacto econômico causado pela extinção desses insetos gloriosos.

Ainda resta alguma dúvida da importância dessas gracinhas pretas e amarelas? Não, né? 

Então salvem as abelhas! 

Fonte: [BoredPanda]

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Imagens de satélite da NASA revelam quanto monóxido de carbono está sendo liberado pelos incêndios na Amazônia



Novos dados do instrumento AIRS (Atmospheric Infrared Sounder) da NASA mostram quanto monóxido de carbono está sendo liberado para a atmosfera devido aos recentes incêndios na região amazônica.

A animação representa a concentração do gás em partes por bilhão em volume (ppbv).

“O verde indica concentrações de monóxido de carbono em aproximadamente 100 partes por bilhão em volume (ppbv); amarelo, em cerca de 120 ppbv; e vermelho escuro, em cerca de 160 ppbv”, escreveu a NASA em um comunicado à imprensa. “Os valores locais podem ser significativamente mais altos”.

NASA maps carbon monoxide from #AmazonRainforest fires from orbit: https://go.nasa.gov/2U81xG9



AIRS

O AIRS, que está a bordo do satélite Aqua, mediu os níveis de monóxido de carbono a uma altitude de 5.500 metros de 8 a 22 de agosto.

O instrumento avalia “temperatura e umidade atmosféricas, quantidades e alturas de nuvens, concentrações de gases de efeito estufa e muitos outros fenômenos atmosféricos”, segundo o mesmo comunicado de imprensa.

As últimas informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro mostrou que este ano viu um número recorde de incêndios na Amazônia – 72.843.

Embora o AIRS tenha medido o monóxido de carbono a uma altitude que tem pouco efeito no ar que respiramos agora, “ventos fortes podem levá-lo para baixo até onde possa afetar significativamente a qualidade do ar”, explicou a NASA.


quarta-feira, 8 de maio de 2019

Relatório de 1.800 páginas sobre o meio ambiente revela que o planeta não passa bem


De acordo com o maior inventário da biodiversidade já feito, um milhão de espécies animais e vegetais estão agora ameaçadas de extinção por causa dos seres humanos.

Ecossistemas e populações selvagens estão diminuindo a uma velocidade nunca antes vista no mundo todo, e a ganância humana é o principal impulsionador dessa destruição.

Obviamente, é um tiro no próprio pé que pode levar à destruição da própria civilização.

E, de acordo com a compreensiva avaliação global feita pela Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), um painel de especialistas da ONU, essas tendências extremamente prejudiciais só podem ser interrompidas com uma “mudança transformadora” em TODOS os aspectos de como os seres humanos interagem com a natureza.

O relatório

O estudo levou três anos e foi compilado por quase 500 cientistas. Suas 1.800 páginas analisam cerca de 15.000 estudos acadêmicos que se debruçaram sobre tudo, de plâncton e peixes a abelhas, corais, florestas, sapos e insetos, além de aproveitar o conhecimento indígena.

O relatório será publicado na íntegra até o final deste ano. Por enquanto, apenas um breve resumo de 40 páginas sobre suas conclusões foi divulgado (você pode conferir algumas delas logo abaixo).

“A teia essencial e interconectada da vida na Terra está ficando menor e cada vez mais desgastada. Essa perda é um resultado direto da atividade humana e constitui uma ameaça direta ao bem-estar humano em todas as regiões do mundo”, disse o professor Josef Settele, ecologista e um dos autores do relatório.

Essa avaliação global do IPBES foi acordada por 132 países, o que significa que pode servir de base para a reunião sobre o clima em 2020 na China, onde as nações decidirão ações e novas metas a serem adotadas. Infelizmente, quase nenhuma das 20 metas previamente estabelecidas para 2020 será alcançada, de acordo com um resumo preliminar do relatório obtido pela agência AFP.

O que a avaliação global descobriu?

Entre algumas das descobertas e conclusões do relatório, estão:
  • As áreas urbanas mais do que dobraram de tamanho desde 1992 e 100 milhões de hectares de floresta tropical foram perdidos de 1980 a 2000, principalmente devido à pecuária na América do Sul e plantações de óleo de palma no sudeste da Ásia;
  • Cerca de 25% das espécies de animais e plantas estão ameaçadas, e cerca de 1 milhão de espécies já estão em processo de extinção, muitas delas em décadas, se nenhuma ação for tomada;
  • A taxa atual de extinção de espécies é pelo menos dezenas a centenas de vezes maior do que a média dos últimos 10 milhões de anos;
  • Quase metade da cobertura de corais vivos nos recifes foi perdida desde a década de 1870, com perdas nas últimas décadas acelerando devido à mudança climática;
  • Dois terços dos oceanos estão sob estresse e mais de 85% da área de zonas úmidas foi perdida;
  • A frequência e a intensidade de eventos climáticos extremos aumentaram nos últimos 50 anos, enquanto a média global do nível do mar aumentou entre 15 e 20 centímetros desde 1900;
  • A mudança climática se tornará cada vez mais importante como um impulsionador direto de mudanças na natureza;
  • Os solos estão sendo degradados como nunca antes. Isso reduziu a produtividade de 23% da superfície terrestre do planeta;
  • A poluição plástica aumentou dez vezes desde 1980;
  • Todos os anos despejamos de 300 a 400 milhões de toneladas de metais pesados, solventes, lodo tóxico e outros resíduos nas águas do mundo;
  • Existem cerca de 2.500 conflitos sobre combustíveis fósseis, água, alimentos e terras atualmente ocorrendo em todo o mundo.
Sem precedentes

A escala e a velocidade rápida do declínio da natureza são sem precedentes na história da humanidade e devem continuar por pelo menos 50 anos.

Nós, bem como a vida selvagem e as gerações futuras, estamos todos em risco, a menos que sejam tomadas medidas urgentes para reverter a perda de plantas, insetos e outras criaturas das quais a humanidade depende para alimentos, polinização, água limpa e um clima estável.

Para isso, governos, empresas e indivíduos precisam trabalhar juntos e com urgência. O objetivo dos cientistas é persuadir um público maior para além das habituais ONGs e departamentos governamentais.

“Precisamos apelar não apenas aos ministros do meio ambiente, mas também aos responsáveis ​​pela agricultura, transporte e energia, porque eles são os responsáveis ​​pelos impulsionadores da perda da biodiversidade”, disse Robert Watson, presidente da IPBES. 

“Há um reconhecimento agora que a biodiversidade é uma questão ambiental, mas também é sobre economia e desenvolvimento. Temos que reformar o sistema econômico”, esclarece.

A sociedade de consumo vai acabar matando tudo que é vivo

Enquanto a proteção de espécies e áreas individuais é importante, observar os impulsionadores sistêmicos da mudança, incluindo o consumo e o comércio, é igualmente essencial. Isso exigirá um esforço mundial conjunto para mudar a maneira como vivemos.

Entre os fatores indiretos mais polêmicos que influenciam na perda da biodiversidade estão o aumento da população mundial, que dobrou desde 1970 (de 3,7 bilhões para 7,6 bilhões de pessoas), o aumento de dez vezes no comércio global nas últimas cinco décadas, a quantidade de bens que as pessoas compram nos países ricos e a busca incessante do crescimento econômico, que gera subsídios prejudiciais e o crescimento acentuado de novas tecnologias que demandam muitos recursos naturais.

Um dos principais autores do novo relatório, o professor da Universidade de British Columbia (Canadá) Kai Chan, defende que o sistema atual de proteção ambiental não funciona bem o suficiente e que os governos precisam rever a ideia de deixar o mercado se regular – precisamos na verdade controlar esse mercado que pode acabar nos destruindo.

“Também devemos nos concentrar nas cadeias de suprimentos. Atualmente, a natureza é prejudicada toda vez que compramos algo através das matérias-primas utilizadas ou da maneira como os bens são produzidos”, argumentou.

Fontes: [TheGuardian, BBC, HuffPost]

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Magazine Luiza inicia compra da Netshoes

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A varejista Magazine Luiza anunciou recentemente a compra da Netshoes, e-commerce brasileiro especializado em artigos esportivos. A empresa pagou US$ 62 milhões na operação, adquirindo 100% das ações.

Uma vez finalizada a operação, a Netshoes se tornará uma subsidiária do Magazine Luiza. A operação ainda precisa passar pela aprovação da maioria dos acionistas, que se reunirão em uma assembleia geral. Além disso, é necessário que o processo passe também pela aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

Além da operação brasileira, a Netshoes também anunciou que vendeu a sua filial na Argentina. No entanto, detalhes sobre a operação, como valores envolvidos e informações sobre o grupo comprador não foram divulgados. 

Funcionando apenas na Internet, a Netshoes acumula prejuízos há anos. Em 2017, a empresa chegou a abrir seu capital na Bolsa de Nova York, com as ações valendo US$ 14,50 no primeiro dia do mercado. Hoje, após diversos maus resultados financeiros, os papeis valem cerca de US$ 2,65.


segunda-feira, 25 de março de 2019

A França é o primeiro país a proibir o uso de copos, talheres e pratos de plástico

A França aprovou uma lei que proíbe o uso de plástico convencional em materiais descartáveis, como copos, talheres e pratos.

As empresas de manufatura de tais produtos, obviamente, não gostaram nada disso. Elas afirmam que a decisão é uma violação da lei e pedem que a União Europeia lute contra ela.

Compostáveis

Como parte da iniciativa “Transição Energética para o Crescimento Verde (“Energy Transition for Green Growth”), todos os pratos, copos e talheres de plástico convencional serão proibidos na França a partir de 2020.

Com isso, o país espera minimizar o impacto ambiental da produção e utilização de materiais descartáveis. A lei, aprovada no verão de 2015, exige que todos os utensílios descartáveis sejam feitos de materiais compostáveis à base de plantas, em vez de plástico à base de petróleo convencional.

Produtos compostáveis são como produtos biodegradáveis (tudo o que é natural o suficiente para se degradar de maneira fácil e natural), mas também são ricos em nutrientes que são liberados no solo, tornando-os melhores para o meio-ambiente. Seu tempo de desagregação pode variar de um mês a seis meses.

É importante lembrar, no entanto, que as embalagens compostáveis precisam de um descarte adequado e consciente – ou seja, nada de simplesmente jogá-las em lixões. O descarte correto dos itens pode ser feito por degradabilidade, oxidegradação (através de sais metálicos), hidro-degradação (por meio de hidrólise), foto-degradação (com o uso de luz) ou mesmo de forma biodegradável, através da ação natural de microrganismos.

Críticas

A decisão francesa irritou – e muito – produtores de embalagens plásticas. A organização de fabricantes de embalagens europeus, Pack2Go Europa, com sede em Bruxelas, está ameaçando levar o assunto para o tribunal caso a Comissão Europeia autorize a França a prosseguir com a proibição.

“Estamos pedindo que a Comissão Europeia faça a coisa certa e tome medidas legais contra a França por violar o direito europeu”, disse o secretário-geral da Pack2Go, Eamonn Bates.

“A França está indo contra a regra de livre circulação de bens da União Europeia e esta ação é totalmente fora de proporção com o risco ambiental que a louça de plásticos descartáveis representa, na realidade”, complementou o presidente da Pack2Go, Mike Turner.

Os críticos da lei argumentam que não há provas suficientes dos benefícios ambientais da utilização de materiais obtidos de fontes biológicas para produtos descartáveis, e estão alegando que a lei não passa de um golpe publicitário.

Eles também afirmam que o uso de plásticos à base de plantas pode sair pela culatra, quando as pessoas assumirem automaticamente que eles se decompõem prontamente, jogando seus materiais descartáveis nos lugares errados.

Não está legal para você, plástico

Enquanto pode ser que os produtos compostáveis não sejam perfeitos, dados estatísticos não estão ajudando o caso dos plásticos convencionais. De acordo com o jornal francês The Local, a França joga fora 4,73 bilhões de copos de plástico a cada ano, e apenas 1% é reciclado.

A plataforma ecológica EcoWatch afirma que leva 500 a 1.000 anos para a substância se degradar. Atualmente, eles estimam que 40% da superfície dos oceanos do mundo estejam cobertas de restos de plástico.

As empresas de fabricação de plástico estão certas em se preocupar, porém, visto que este movimento pode se estender a outros países. Em São Paulo, por exemplo, supermercados já são obrigados a usar sacolinhas feitas de matéria-prima renovável, menos prejudicial ao meio ambiente, o que resultou em muitos deles cobrando para distribui-las.

No final de 2014, entrou em vigor o Plano Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil, como uma forma de incentivar a reciclagem. Os brasileiros jogam fora 76 milhões de toneladas de lixo – 30% desse total poderia ser reaproveitado, mas isso só ocorre com 3%.


quinta-feira, 21 de março de 2019

Veja a alta eficácia da Noruega na reciclagem de lixo



Noruega tem um esquema insanamente eficaz que recicla 97% das garrafas plásticas utilizadas no país.

Quando se trata de reciclagem de resíduos plásticos, a Noruega está à frente do mundo todo: a nação escandinava criou um esquema que a permite reciclar 97% de todas as suas garrafas plásticas, com menos de 1% acabando no meio ambiente.

Além disso, 92% das garrafas recicladas produzem material de alta qualidade e podem ser utilizadas novamente como embalagens de bebidas.

Em alguns casos, o sistema já reutilizou o mesmo material mais de 50 vezes.

Infinitum

Por meio de uma organização chamada Infinitum, a Noruega criou uma das formas mais eficientes e ambientalmente corretas de reciclar garrafas plásticas.

Essa é uma conquista notável, especialmente considerando que o resto do mundo vai na contramão: em todo o globo, 91% do plástico produzido não é reciclado e 8 milhões de toneladas acabam no oceano anualmente. 

A título de comparação, os EUA possuem uma taxa de reciclagem de cerca de 30%, enquanto o Reino Unido tem uma entre 20 e 45%.

Então, o que a Noruega está fazendo diferente?

Para simplificar, a nação deu à reciclagem um valor que ela não tem na maioria dos lugares.

Hoje em dia, é geralmente mais barato criar plástico novo do que reciclar plástico velho. Sem um incentivo financeiro, empresas e consumidores não costumam se preocupar em fazer a coisa certa pelo meio ambiente.

O modelo da Noruega é baseado em um esquema de empréstimos: quando um consumidor compra uma garrafa de plástico, uma pequena taxa adicional equivalente a cerca de 13 a 30 centavos de dólar é cobrada.

Esta taxa pode então ser resgatada de várias maneiras. Os consumidores podem levar sua garrafa a uma “máquina de retorno automática”, que devolve dinheiro depois de escanear o código de barras da embalagem depositada. Também podem devolvê-la a várias pequenas lojas e postos de gasolina em troca de dinheiro ou crédito.


Os donos de lojas também recebem uma pequena taxa por cada garrafa que reciclam, e alguns argumentam que isso aumentou seus negócios.

“Queremos chegar ao ponto em que as pessoas percebam que estão comprando o produto, mas apenas tomando emprestada a embalagem”, disse Kjell Olav Maldum, diretor executivo da Infinitum, ao The Guardian.
Imposto

Ao mesmo tempo, o país também impôs uma taxa ambiental aos produtores de plástico, que pode ser reduzida com melhorias na reciclagem.

Se a reciclagem estiver acima de 95% em todo o país, então todos os produtores são isentos do imposto.

Embora essa possa soar como uma meta difícil de ser alcançada, já foi pelos últimos sete anos.


Mirem-se no exemplo da Noruega

Desde o advento deste esquema único, a Infinitum tem sido visitada por representantes de muitos países, incluindo a Escócia, Índia, China e Austrália, todos interessados em seguir o exemplo da nação.

A Alemanha e a Lituânia são alguns dos únicos países que podem competir com a Noruega, e ambos usam sistemas semelhantes.

No entanto, mesmo na Noruega, ainda há espaço para progresso. Este ano, a Infinitum estima que 150 mil garrafas não serão devolvidas e, se tivessem sido, teriam economizado energia suficiente para alimentar 5,6 mil residências no ano.

Quando postamos esses números, parece uma ótima razão para reciclar, não? 


domingo, 3 de março de 2019

Confira um Tutorial completo para preencher sua declaração de Imposto de Renda 2019

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A Receita Federal disponibilizou, nesta última segunda (25/02), o programa para declaração e envio do Imposto de Renda (IR) 2019. Para ficar em dia com o fisco, basta fazer o download do aplicativo e instalar no seu computador, para em seguida preencher os formulários.

ATENÇÃO: os dados só poderão ser enviados a partir de 7 de março, e o prazo para entrega vai até 30 de abril.

Para facilitar o processo de preenchimento da declaração deste ano, o pessoal do Canaltech resolveu criar e disponibilizar esse tutorial para todos. Confira:

Como o governo ainda não atualizou os possíveis descontos, que incidiriam sobre dependentes, saúde e educação, e nem corrigiu a tabela de pagantes, neste ano o contribuinte terá de pagar 3,75% a mais para o Leão.

Lembrando que a isenção ocorre só para quem recebe menos de R$ 1.903,99 ao mês — o que deveria valer, se as correções fossem devidamente realizadas, para quem recebesse menos de R$ 3.689,94. Ou seja: muito mais gente se enquadraria como isento.

Mas, como a realidade do brasileiro ainda está longe desse cenário, é melhor ficar de olho nas datas para preencher e enviar seu IR o quanto antes e evitar cair na malha fina. Neste ano, as pessoas terão uma semana a menos para entrega, então é melhor ficar atento aos prazos e evitar deixar tudo para a última hora.

Download e instalação

Antes de começarmos, um aviso importante: cuidado com sites não-oficiais ou desconhecidos. Como aproximadamente 30,5 milhões de brasileiros, segundo expectativa do governo, estão correndo para baixar o app, cibercriminosos se aproveitam da demanda para publicar, sob a máscara do programa gerador, malwares e apps maliciosos, sequestradores de dados. A dica do Canaltech é baixar o Imposto de Renda 2019 direto do site da Receita Federal, pelo link abaixo:


Ao entrar no site da receita, você poderá escolher o sistema operacional de sua preferência. Vamos usar o macOS neste tutorial, mas o passo a passo é o mesmo para Windows, Linux, Solaris, Android e iOS. O requisito é que a Máquina Virtual Java (JVM), versão 1.8 ou superior, esteja instalada, pois programa foi desenvolvido nesta linguagem. Pode ser necessário reiniciar o seu navegador após a instalação. 


Windows - Baixe e instale o arquivo IRPF2019Win32v1.0.exe. 

Linux - Para instalar, é necessário adicionar permissão de execução, por meio do comando "chmod +x IRPF2019Linux-x86_64v1.0.bin", ou "chmod +x IRPF2019Linux-x86v1.0.bin", ou conforme o Gerenciador de Janelas utilizado. 

Mac - Para instalar, é necessário executar o IRPF2019v1.0.dmg. 

Solaris - Este é o arquivo JAR do instalador do IRPF2019. Para utilizá-lo, execute " java -jar IRPF2019v1.0.jar" na linha de comando. 

Multiplataforma 

Esta opção dispensa instalador, diferentemente das demais opções que são os arquivos executáveis do instalador. Destina-se aos usuários ou administradores de sistemas que necessitam exercer maior controle sobre a instalação. Para usar esta opção, descompacte os arquivos do IRPF2019-1.0.zip no local desejado e utilize as instruções do arquivo Execute.txt. 

Documentação

Antes de começar, tenha em mãos seus informes de rendimento (solicite no seu trabalho ou faça o download pelo internet banking, declarando todas as contas bancárias que você tiver), além de:
  • Extratos bancários de contas e pagamentos do INSS; 
  • Envelopes de seus pagamentos, férias, 13º e outros rendimentos atuais e passados; 
  • Comprovantes de despesas; 
  • Comprovantes de benefícios da previdência; 
  • Comprovantes de saúde e educação, como escola, cursos, planos de saúde, consultas e procedimentos; 
  • Rendimentos tributáveis e não tributáveis nos fundos de investimento; 
  • Comprovantes de compra/venda de bens (veículos, imóveis etc.); 
  • Comprovantes de quaisquer transações envolvendo lucro ou ganho obtido. 
É importante ter atenção redobrada ao preencher os dados e evitar qualquer erro de digitação — ou você pode cair na malha fina por descuido.

Lembrete importante: se você já tem a declaração passada salva no computador, pode importar os dados e economizar tempo. Basta abrir a guia Importação e carregar o arquivo.

Primeiro passo: preenchimento das Fichas

Temos dois modelos disponibilizados para preenchimento: o completo e o simplificado. Nós vamos usar, para este tutorial, a primeira opção para mostrar as diversas deduções envolvidas. Segundo o consultor tributário Valdir Amorim, da Sage Brasil, vale uma ressalva: após o preenchimento, pode haver diferença no valor final do imposto. O contribuinte pode, portanto, optar pelo de menor valor para envio.

"O desconto simplificado está limitado a 20% dos rendimentos tributáveis da declaração. Se esses 20% forem maior que 16.754,34, prevalece o valor do limite", informa.

Ao abrir o programa, você vai se deparar com a seguinte tela:
IRPF 2019

Aqui, você pode optar por criar uma nova declaração, do zero, importar os dados da declaração do ano passado ou importar uma declaração preenchida anteriormente (se você já tiver dados enviados à receita ou salvos em declarações passadas, escolha uma destas opções). Para todos os efeitos, vamos partir do zero neste tutorial.

Identificação do Contribuinte

Primeiro passo: escolha se vai fazer uma declaração original ou retificadora. Vamos partir do princípio, neste exemplo, de uma declaração original.

Depois, preencha seus dados com nome, CPF, data de nascimento, título de eleitor, endereço e ocupação. As fichas da declaração seguem abaixo.

Dependentes e Alimentandos

Nestas seções, você vai listar seus dependentes e alimentandos (se houver) com o CPF de cada um, além dos rendimentos tributáveis relacionados a eles. Lembrando que o valor limite é de R$ 16.754,34. Se não houver o preenchimento, a declaração não vai ser impedida de ser enviada.

E se o dependente não tiver CPF?

"Em alguns municípios, já existe a inscrição do CPF na certidão de nascimento da pessoa. Caso você não tenha o CPF da criança, temos algumas alternativas", esclarece Andrea Nicolini, coordenadora de tributos IOB e contabilidade da Sage Brasil. Nesse caso, você pode conseguir o CPF do dependente através dos Correios, da Caixa Econômica Federal ou da própria Receita Federal, pagando uma taxa de aproximadamente R$ 7.

Rendimentos tributáveis

Tal como no ano passado, nestas áreas de rendimentos tributáveis, você vai incluir tudo aquilo que significou ganho recebido de pessoa jurídica em 2018. Salários, benefícios, décimo-terceiro etc. serão contabilizados nas duas abas, de titular e de dependentes. Muita atenção para não esquecer de incluir esses últimos, caso tenha. Para adicionar, clique em Novo.

Na próxima seção, se tiver ganhos de pessoas físicas ou do exterior, você também deverá incluí-los tanto para titular quanto para dependentes, com nome de quem pagou e de quem recebeu.

Rendimentos Isentos e Não Tributáveis
Nesta ficha, o contribuinte irá preencher itens como rendimento da caderneta de poupança, indenização de seguro por roubo, lucros e dividendos recebidos, bolsas de estudo e seguro-desemprego. Todos os ítens que entram nessa parte estão discriminados no menu do aplicativo na hora do preenchimento. Basta clicar em Novopara adicionar.

A cada novo item, você deverá preencher corretamente: beneficiário, fonte pagadora (CNPJ e nome) e, por último, o valor.

Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva

Se você, em 2018, realizou aplicações financeiras, recebeu mais dinheiro sobre capital próprio e/ou participou de lucros e resultados, deverá deduzir tudo no Imposto de Renda na seção de Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva. Preenchê-los na declaração é importante para ficar em dia com o fisco. Como nas opções anteriores, basta clicar em Novo para incluir os itens.

Proceda da mesma maneira com os Rendimentos Tributáveis recebidos de PJ (Imposto com Exigibilidade Suspensa) e Rendimentos Recebidos Acumuladamente.

Imposto Pago/Retido

Se você pagou imposto complementar no ano passado, deverá deduzir a soma de todos os campos 7 dos DARFs gerados. Se por acaso você ou seus dependentes realizaram o pagamento no exterior, também poderá deduzi-lo no programa da Receita. Para saber mais sobre o preenchimento desse último item, você pode consultar a ajuda no próprio aplicativo.

Impostos retidos na fonte também são calculados nesta mesma aba do programa gerador, bem como os dados do Carnê-Leão (sempre levando em conta o titular e dependentes).

Pagamentos e Doações (efetuadas em 2018 ou na declaração)

Todos os pagamentos efetuados no ano-calendário de 2018 podem ser deduzidos, desde que se enquadrem na tabela e possuam recibo. Aqui nesta seção, o titular (dependentes e alimentandos, também) pode incluir itens como honorários de advogados, despesas com profissionais da saúde no Brasil ou no Exterior, previdência complementar, pensão alimentícia etc. Basta selecionar um item correspondente da lista e preenchê-lo com os dados do prestador de serviço/instituição e, se quiser, você ainda importar arquivos do plano de saúde (verifique com seu convênio, se possuir).

Pagamentos

Um processo similar pode ser feito na lista de doações, na aba seguinte à de Pagamentos. A cada novo item, clique no botão Novo e preencha os campos necessários de acordo com os dados do beneficiário.

Se quiser, você pode cadastrar doações diretamente na declaração. Essa guia serve para contribuintes que desejam destinar verbas a fundos nacionais, distritais, estaduais ou municipais de amparo à criança e ao adolescente.

Bens e direitos

Esta aba funciona de maneira bem semelhante às seguintes, de dívidas e ônus, espólio e doações políticas. Basta clicar em Novo e seguir com o preenchimento.

Imóveis, lojas, dinheiro em espécie, VGBL, título de clube, consórcio não contemplado e tudo o que significar finanças acumuladas pode e deve ser declarado. Ao preencher esta seção, você será apresentado a todas as opções para incluir com valor e discriminação, tudo por data. É só clicar em Novo a cada item.

ATENÇÃO: Ao declarar seus imóveis, tome cuidado com a área total — o preenchimento mudou em 2019. "No caso de prédios, galpões, casas ou construções deve constar a área do imóvel construída. No caso de apartamento, sala, loja e outros, como garagem ou depósito no imóvel, tem que constar a área do imóvel privativa", explica Valdir.

Inclusive, deve-se prestar muita atenção ao importar esses dados de imóveis da declaração do ano-calendário passado. "No ano anterior, cada um preencheu de forma diferente. Muito embora seja facultativo, ainda, constar essas informações, o alerta é necessário", reforça.

Dívidas e Ônus Reais

Toda sorte de empréstimos, débitos e ônus no nome do titular da declaração também devem ser inseridos. Pelo programa gerador, é possível detalhar a situação desde 31/12/2017 até 31/12/2018, com o valor pago referente ao ano-calendário da declaração.

Espólio
Se você é inventariante, também precisa colocar o espólio na declaração do seu imposto de renda, já que é o responsável legal pelos bens. Para preencher a aba Espólio, basta inserir nome, CPF e endereço.

Doações a partidos políticos e candidatos

2018 foi ano eleitoral e, caso você tenha contribuído com o fundo de campanha de alguém ou de algum partido, deve colocar o valor na sua declaração. Aqui, é só preencher com CNPJ e nome (do partido ou candidato), além, claro, do valor doado.

Importações

Esta aba pode ser uma mão na roda caso você já tenha os dados arquivados de outros programas, como Carnê-Leão, ganhos de capital, atividade rural, informe de rendimentos e informe do seu plano de saúde. Importar os arquivos facilita bastante na hora de preencher a declaração.

Ao clicar em Importar, um prompt logo se abrirá para que você localize os arquivos e os selecione. Dê Ok para efetuar a importação.
Quase lá...

Ok, a esse momento você já deve ter preenchido vários itens na sua declaração e pode ser que algum tenha passado batido, certo? Para se certificar, clique em Verificar Pendências que o programa vai te mostrar quais campos indicativos estão errados ou não foram preenchidos. Lembrando que essa opção não checa valores, apenas dados obrigatórios que foram inseridos incorretamente ou deixados em branco.

Deixamos alguns erros propositais no tutorial para ilustrar como a verificação funciona. Ela também envia avisos. Veja só:
Verificar Pendências

Você preencheu todas as fichas principais. Agora, o programa gerador conta com mais três abas preenchíveis: 
  • Atividade Rural 
  • Ganhos de Capital 
  • Renda Variável 
Falaremos brevemente sobre cada uma delas a seguir.

Segundo passo: Atividade Rural

Só se deve preencher esta parte quem trabalha no campo; se não for este o seu caso, pule para o terceiro passo.

Seguindo o mesmo esquema de preenchimento das fichas, você agora irá, com muita atenção, detalhar o que aconteceu no campo e que te rendeu ou custou dinheiro. A renda aqui é declarada da seguinte forma:

A) se você apurou resultado positivo da atividade rural;

B) se você obteve receita superior a R$ 142.798,50, em 2018, como participação nas receitas brutas de propriedades rurais (em parceria ou em condomínio);

C) se você deseja compensar prejuízos de 2018 e anos anteriores.

Receitas e despesas

Preencha a tabela do programa com a receita bruta e a despesa em cada mês de 2018 (no Brasil e no Exterior).

Apuração do resultado

De posse de suas finanças, nesta parte, você deverá informar o saldo de prejuízos dos anos anteriores que deseja compensar e fazer o cálculo de receita e despesa, para depois optar pela forma de apuração do resultado tributável: se com 20% sobre a receita bruta total ou diretamente sobre o resultado.

Aqui também você apura o resultado sobre o qual não incidirá imposto.

Movimentação do rebanho

Os valores em reais sobre aquisições, perdas, nascimentos, vendas e estoque de animais serão preenchidos aqui.

Bens da atividade rural

Maquinário agrícola, imóveis, culturas e instalações também serão discriminados, com seus respectivos valores.

Dívidas da atividade rural

Com base na situação da dívida no ano-calendário de 2018, preencha os itens e discrimine cada um deles.

Importação da AR 2018

Se você está na atividade rural há mais de um ano, provavelmente já fez e enviou sua declaração de imposto de renda. É possível simplificar o preenchimento e importar os dados anteriores no programa gerador. Basta tê-los no computador.

Terceiro passo: Ganhos de Capital

Aqui o declarante irá detalhar, se houver, todos os ganhos que acumularam renda em 2018, significando ganhos. São eles: 
  • Bens Imóveis 
  • Direitos/Bens Móveis 
  • Participações Societárias 
  • Moedas em espécie 
  • Quarto passo: Renda Variável

É investidor? Trabalha com bolsa de valores? Então deverá preencher esta seção. Do contrário, pode pular.

Na declaração, é necessário inserir alienações de ações, ativos financeiros, ouro e mercadorias realizadas em operações comuns ou day-trade. Também deverão ser incluídas operações nos mercados a termo, de opções e futuro realizadas na bolsa. Operações realizadas em fundos de investimentos imobiliários também constam aqui.

Resumo da declaração

Tudo certo até aqui? Ótimo, partamos para o resumo da declaração. Aqui nesta opção você confere todos os rendimentos tributáveis e deduções, calcula o imposto e obtém informações referentes à declaração.

Demais opções 

Declaração: você pode salvar, recuperar, deletar e importar dados anteriores. 
Imprimir: imprima a declaração ou seu recibo, bem como o DARF do IRPF, os informes e até as multas. 

Ferramentas: para evitar transtornos, você pode ir salvando cópias, usar a calculadora do programa, verificar atualizações (muito embora estejamos até hoje na versão 1.0 do programa gerador) e restaurar o arquivo salvo. 

Ajuda: o bicho pegou? Talvez a ajuda do programa possa ser útil. Além de área de perguntas e respostas e instruções, a parte boa é que você pode acessar um conteúdo e um tutorial do próprio programa para sanar suas dúvidas. A parte ruim é que roda em Flash. 

Uber, Cabify, AirBNB e moedas virtuais

E quem trabalha por meio de aplicativos, como deve declarar?

Você trabalha com aplicativos e precisa entregar sua declaração? Se liga nessas dicas, caso o rendimento do ano tenha superado o limite anual de R$ 28.559,70:

Apps de transporte de passageiros

Quem trabalha como motorista (até mesmo de táxi, inclusive), não pode deduzir livro-caixa, devido a um desconto de 60% já aplicado sobre estes serviços para o imposto de renda. Segundo Valdir, o ideal é entrar em contato com a empresa do aplicativo para conseguir um informe para adequar sua declaração.

AirBNB

Você trabalha com aluguel por temporada ou diárias via AirBNB? Se liga na dica da consultora Andrea Nicolini:

"Se você locar o imóvel pelo site, vai declarar todos os rendimentos auferidos com essa locação. Se locou para pessoa física, você tem uma ficha própria de rendimento recebido de pessoa física. Se locou para pessoa jurídica, igual: tem uma ficha de rendimento recebido de pessoa jurídica. O ponto de atenção é que você precisa ter um controle mensal desses valores, pois eles podem ficar sujeitos a tributação no Carnê-Leão. Também é importante pedir essas informações para a empresa", pontua.

Moedas Virtuais

Criptomoedas representam ganhos e podem entrar na declaração

Para quem negocia moedas virtuais, a recomendação é conversar com a exchange ou o gerente de banco que intermediou as operações e ter todos os comprovantes de rendimento relacionados a transações com criptomoedas, para saber qual é o saldo no ano-calendário de 2018, bem como quantidade e tipo de transação efetuada.

"O que a Receita Federal esclarece é que, embora a atividade de moeda virtual ainda não tenha sido regulamentada, a pessoa física deve declarar como ganho de capital, recolhendo os 15% sobre transações que superaram os 30 mil reais", explica Andrea.

Tanto o saldo quanto as operações realizadas entre 31/12/2017 e 31/12/2018 devem ser obtidas junto à corretora de criptomoedas.

Quem fica isento?

Aposentados podem se enquadrar como isentos no IRPF

Todos aqueles que se enquadram nas situações abaixo serão considerados isentos de pagamento do IRPF:

• Pessoas rendimento mensal inferior a R$ 1.999,18;

• Proprietários de bens com valor superior a R$ 300 mil, desde que uma parte deles pertença a companheiro ou cônjuge de união estável, mediante regime parcial de bens;

• Dependentes do titular de outra declaração;

• Aposentados maiores de 65 anos cuja renda seja exclusivamente a aposentadoria;

• Quem recebe rendimentos exclusivos de pensão por morte ou reforma militar;

• Portadores de enfermidades graves (alienação mental, AIDS, cardiopatia grave, tuberculose ativa, esclerose múltipla, espondiloartrose anquilosante, fibrose cística, Parkinson, hanseníase, Paget em estado avançado, nefropatia e hepatopatia grave, contaminação por radiação, cegueira, paralisia incapacitante e irreversível) – em acordo com a Lei 7.713/88.

Desde 2008, quando foi extinta a Declaração Anual de Isento (DAI), o contribuinte pode se declarar isento mediante declaração escrita e assinada pelo próprio interessado, conforme previsto na Lei 7.115/83. Quem não tiver renda suficiente para declaração devem renovar seu CPF anualmente para mantê-lo ativo.

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Como funciona a aposentadoria em outros países

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A reforma da previdência que altera a idade mínima de aposentadoria e prevê um novo cálculo do benefício tem causado um debate nacional. Pensando nisso, resolvemos pesquisar sobre como funciona os sistemas previdenciários dos principais países.

Confiram!

Nos Estados Unidos, a idade mínima para se aposentar, que era de 66 anos em 2014, subirá gradativamente até 2022 para 67 anos. A elegibilidade para o benefício depende do número de anos de contribuição, sendo o mínimo necessário de 10 anos. Segundo dados da Administração de Seguridade Social, no país, é possível antecipar a aposentadoria para os 62 anos, mas com recebimento do valor parcial. Ou, adiar até os 70 anos, com o acréscimo do benefício. 

Já na França, a reforma da previdência realizada em 2010 prevê idade mínima entre 60 e 62 anos em 2017, dependendo do ano de nascimento do contribuinte. No entanto, neste caso, o valor do benefício é parcial.

Para obter o valor integral, a idade mínima passará de 65 para 67 até 2022. Atualmente o tempo de contribuição exigido é de 172 trimestres. Enquanto na Alemanha, a idade é de 65 anos e dois meses, com um mínimo de cinco anos de contribuição. Até 2022, esse patamar será elevado para 67 anos.

O sistema de aposentadoria da Dinamarca, considerado por especialista como um dos melhores do mundo, combina benefícios pagos pelo Estado com sistemas de previdência obrigatórios entre empresas e funcionários. 

No país, não há tempo mínimo de contribuição, mas o valor do benefício leva em conta os anos de pagamento no mercado de trabalho. Atualmente a idade mínima sairá de 65 anos para 67 anos entre 2024 e 2027 ao ritmo de seis meses por ano.

Na Itália, a idade mínima é de 66 anos, porém subirá para 67 até 2019. No entanto, no ano passado foi definido que a partir de 1º de maio de 2017, os contribuintes poderão antecipar a aposentadoria. O benefício, chamado de “Ape” (acrônimo de “anticipo pensionistico”), poderá ser pedido por contribuintes com pelo menos 63 anos de idade, ou seja, três anos e sete meses antes da aposentadoria por velhice definida pela legislação, no caso dos homens, ou dois anos e sete meses para as mulheres.

Contudo, o italiano que antecipar a aposentadoria sofrerá uma redução de até 5% no valor bruto pago pela Previdência Social para cada ano adiantado. Também é preciso ter pelo menos 20 anos de contribuição.

Em Portugal, a idade mínima para aposentadoria é de 66 anos, com no mínimo 15 anos de contribuição. No entanto, trabalhadores com 65 anos ou mais que permanecem trabalhando têm diminuição da contribuição previdenciária, como uma maneira de incentivá-lo.

Na Espanha, recentemente o país aprovou o aumento da idade que passou de 65 para 67 anos, com a alteração sendo feita entre 2013 a 2027. Lá, é possível se aposentar com 35 anos de contribuição. Já no Japão, que tem expectativa de vida de 84 anos, a idade mínima, tanto para homem como mulher, é de 65 anos, e o tempo de contribuição é de 40 anos. 

Na Argentina, a idade mínima para se aposentar é 60 anos para a mulher e 65 anos para os homens. Além disso, o trabalhador argentino precisa ter contribuido durante 30 anos e o valor do benefício é definido pela média dos últimos 10 anos. A idade para se aposentar no Chile é igual a dos argentinos, porém lá o trabalhador pode continuar empregado e receber tanto seu salário como o benefício. 

Assim como atualmente é no Brasil, o Canadá adota um teto para o benefício pago na aposentadoria. O plano de previdência do governo exige uma contribuição de 35 anos e o trabalhador só garante o valor máximo a partir dos 65 anos. 

Já na Colômbia, a idade subiu de 60 para 62 anos para homens e de 55 para 57 anos para mulheres. Na Grécia, desde 2012 ficou estabelecido que a idade passará de 65 para 67 anos para ambos os sexos, enquanto a contribuição subiu de 37 para 40 anos. No entanto, a partir de 2020 será definida com relação a expectativa de vida. (ANSA)

Por meio destes exemplos, podemos notar que os modelos propostos pelo governo brasileiro não são muito diferentes, mas é importante lembrar que na maioria dos casos citados acima, a qualidade de vida é melhor, assim como a expectativa de vida é maior e a renda média do cidadão comum. Os serviços públicos são muito superiores e em especial os de saúde. Sem contar os de segurança pública, assistência social, educação (...)


domingo, 17 de fevereiro de 2019

Simples atitudes que levam pessoas a terem uma boa vida financeira


Se conhecerem bem suas finanças pessoais, o sucesso será uma consequência", avalia Juliana Inhasz, professora de economia da FECAP 

Entre finalizar os estudos, iniciar uma especialização e se estabilizar no trabalho, a maioria das pessoas na faixa dos 30 anos tem algo em comum: a maioria deseja alcançar o sucesso financeiro.

“Se conhecer bem suas finanças pessoais, o sucesso será uma consequência”, avalia Juliana Inhasz, professora de economia da FECAP. Confira a seguir 5 atitudes que os jovens devem ter se quiserem alcançar o sucesso financeiro: 

1. Eles sabem exatamente o quanto gastam todos os meses

É essencial ter controle do que é gasto, para que a partir disso você tome decisões financeiras. “Você precisa saber quando determinando tipo de gasto aumenta ou reduz, para saber se as despesas que você tem são realmente necessárias”, afirma Melo. 

“Pessoas bem-sucedidas administram sua vida pessoal como empresas”, exemplifica Rômulo Freire, consultor financeiro da W1 Finance. Segundo ele, “o ponto central em ter esse controle é conseguir projetar o que irá acontecer no futuro e não apenas verificar seu 'extrato' do que fez no passado”. 

Ele explica, que uma empresa que tem vida financeira saudável não empata gastos e receita. “Ela tem lucro, caso contrário a empresa está fadada a falência. Dessa forma não precisa ser diferente na vida pessoal”, afirma. . 

2. Eles sabem exatamente o quanto ganham 

Da mesma forma que é importante controlar os gastos, o jovem profissional deve saber exatamente quanto ganha. “É preciso ter um controle por escrito, confrontando gastos e ganhos, e mais importante ter uma disciplina para administrá-los”, explica o professor do Ibmec/MG.

“Conhecer seus gastos implica controlar também suas receitas, pois o planejamento não fica restrito somente no "onde gastar", mas também no "quanto posso gastar"”, explica Inhasz.

“O jovem profissional de sucesso sabe exatamente seu pró-labore e seu salário e também (se tiver) sua renda variável”, afirma Freire. Ele explica que se a receita provém de uma atividade autônoma é 100% variável.

3. Eles pensam no futuro 

Pensar no futuro quando se é jovem é o que diferencia os que são bem-sucedidos ou não. “Desde planejar uma aposentadoria ou plano de saúde, até a compra de um imóvel a médio prazo, considerar os próximos passo é crucial, ainda mais quando se é jovem e há a oportunidade de mudar alguns hábitos”, explica Melo. 

Segundo Freire, é preciso guardar 30% das receitas antes de pagar a primeira conta do mês. “Parte deste dinheiro, cerca de 10%, deve ser destinado a aposentadoria, você vai envelhecer e vai querer uma vida mais tranquila no futuro, acredite”, afirma. 

“Você deve ter uma estimativa do que pretende comprar ou para onde quer viajar, por exemplo, daqui 2 ou 3 anos", explica Melo. Com isso em mãos você sabe mais ou menos quanto precisa guardar e como proceder com seu dinheiro. E assim você vai conquistando a capacidade de alcançar seus objetivos.

“Ser bem-sucedido é sinônimo de manutenção do padrão de vida ao longo do tempo. Pessoas que são bem-sucedidas pensam no futuro de forma madura", complementa a professora da FECAP. 

4. Eles têm um fundo de emergência

“Ter um fundo de emergência é reconhecer que a vida é inesperada”, afirma Melo. Em determinado momento você vai precisar de uma reserva para fazer frente a uma despesa que não foi prevista. “É uma forma de se proteger financeiramente”, diz. Segundo ele, quando aparecer um gasto inesperado, você vai usar parte dessa reserva e aos poucos vai recompondo - com disciplina.

“Mais importante que a rentabilidade do fundo é a rapidez. Ter acesso fácil, no próprio dia ou no máximo dia seguinte, é sempre muito importante”, avalia Freire. Ser acontecer alguma emergência, como por exemplo perder o emprego ou despesas médicas, “é necessário ter a grosso modo, ao menos 6 meses de receitas guardados”, afirma. 

A professora da FECAP Juliana Inhaz explica também que a ausência de reservas requer empréstimos que, por sua vez, levam a pagamentos de juros, tornando as operações mais caras. “Manter uma determinada reserva evita o pagamento com juros”, diz.

5. Eles diversificam os investimentos com inteligência

Segundo o professor Melo, diversificar os investimentos é importante porque aumenta sua segurança. “Mas por outro lado, diversificar demais pode fazer com que você perca rentabilidade”, pondera.

Segundo ele, diversificar demais, nem sempre é uma estratégia interessante. “Você deve espalhar seus investimentos em frentes diferentes, mas é preciso fazer isso pensando em seus objetivos pessoais, e não apenas diversificar sem rumo”, diz.

Melo afirma também que é preciso se conhecer. “Você tem que saber seu perfil, sua aversão à risco para poder diversificar. O que deixa você mais inseguro em relação a investimentos? Não faz sentido buscar uma maior rentabilidade se isso fará com que você não durma pensando que pode dar errado”, explica.

“Estar tranquilo e seguro é essencial para investir bem e conciliar as responsabilidades”, complementa.