Evangelista cristão de formação grega nascido em Antióquia, na Síria, autor do terceiro dos evangelhos sinóticos e dos Atos dos Apóstolos, seus textos são os de maior expressão literária do Novo Testamento.
Por seu estilo literário, acredita-se que pertencia a uma família culta e abastada e, de acordo com a tradição, exercia a profissão de médico e tinha talento para a pintura.
Converteu-se ao cristianismo e tornou-se discípulo e amigo de Paulo de Tarso, porém segundo seu próprio relato, não chegou a conhecer pessoalmente Jesus Cristo, pois ainda era muito criança quando o Messias foi crucificado.
Paulo o chamava de colaborador e de médico amado e segundo o testemunho dos Atos dos Apóstolos e das Cartas de São Paulo, que constituem os únicos dados biográficos autênticos, acompanhou o apóstolo em sua segunda viagem missionária de Trôade a Filipos, onde permaneceu por seis anos seguintes.
Depois novamente acompanhou Paulo, desta vez numa viagem de Filipos a Jerusalém (57-58). Também esteve presente na prisão do apóstolo em Cesaréia e o acompanhou até Roma.
Com a execução do apóstolo e seu mestre (67), deixou Roma e, de acordo com a tradição cristã, enquanto escrevia seu Evangelho, teria pregado em Acaia, na Beócia e também na Bitínia, onde teria morrido (70). Porém existem várias versões sobre o local e como morreu.
Uma versão registra que foi martirizado em Patras e, segundo outras, em Roma, ou ainda em Tebas.
Comprometido com a verdade histórica, registrou em seu evangelho o que ouvira diretamente dos apóstolos e discípulos que testemunharam a vida de Jesus.
Uma tradição bizantina mais tardia, no século VI, quase com certeza apócrifa, considera que ele também se dedicava à pintura e chegou a lhe atribuir alguns retratos de Maria, mãe de Jesus.
O exame do vocabulário de seu Evangelho levou a crítica moderna a confirmar a antiga tradição de que era um médico e excelente escritor, preocupado em manter-se fiel aos fatos históricos e, politicamente, com as injustíças sociais.
Seu símbolo como evangelista é o touro e, na tradição litúrgica, seu dia é comemorado em 18 de outubro.
OBS.: Os outros evangelhos sinóticos são os de Marcos e o de Mateus. Os três Evangelhos são assim chamados porque permitem uma vista de conjunto, dada a semelhança de suas versões e apresentam Jesus como uma personagem humana destacando-se dos comuns pelas suas ações milagrosas.
O Quarto Evangelho, o de João, descreve um Jesus como um Messias com um carácter divino, que traz a redenção absoluta ao mundo, relatando a história de Jesus de um modo substancialmente diferente, pelo que não se enquadra nos sinópticos.
Em bom português sinóptico vem do grego synoptikós, que significa de um só golpe de vista entender várias coisas. Relativo a sinopse; que tem forma de sinopse; resumido.
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
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