Superstições - Agosto vocação contra o azar
Agosto é o mês por excelência da Pastoral Vocacional. Por outro lado, a mentalidade mágica faz dele o mês do azar. E quando o dia 13 desse mês coincide com a sexta-feira, ele fica ainda mais azarado.
Muitos noivos deixam de se casar em agosto, não por mero costume social, mas porque acreditam mesmo no azar. Por esta palavra entendo as superstições e crendices de todo o tipo e não qualquer insucesso casual. Muitas pessoas acreditam de fato numa força oculta e misteriosa que traz a má sorte. Por isso, decisões, opções, negócios e comportamentos ficam sujeitos ao pensamento mágico.
Em coisas importantes, como é o casamento, e em coisas banais, como é passar por baixo de uma escada aberta ou cruzar com um gato preto. O arsenal de superstições e crenças não tem fim: figas e amuletos jogo de búzios e cartas de taro, despachos e mau olhado ou "olho gordo", horóscopos e cartomantes, magia e feitiçaria.
Costumam misturar-se com a religião e, mesmo se ficam de fora, dificultam uma prática religiosa honesta. Santo Tomás de Aquino assim definiu as superstições: "prestar culto divino a quem não se deve prestar, ou como não se deve prestar". Exemplos? As "orações fortes"; as adivinhações; os benzimentos.
Em sua pureza integral, a religião não é questão de sentimentos e emoções subjetivas, nem medo de forças ocultas misteriosas ou um destino cego. Uma verdadeira convicção religiosa empenha e enobrece a mais nobre faculdade do homem: a razão.
Ora, o simples fato de se dar valor às superstições e crendices revela a falta de lógica e também a falta de confiança em si, nos outros e, menos ainda, em Deus e em sua divina providência.Todo o tipo de superstição é uma espécie de covardia consigo mesmo.
E medo da própria responsabilidade. A grandeza, o poder, a liberdade da pessoa humana estão dentro dela. À medida que somos conscientes de nossa dignidade, distinguimos nossos direitos e deveres e cultivamos hábitos saudáveis para o corpo e o espírito. Aí seremos capazes de submeter ao "pente fino" do senso crítico os acontecimentos, a propaganda, a influência da mídia (Tv, Revistas, Rádio,Jornais).
Se não podemos decifrar o enigma da vida, podemos aprofundar cada vez mais nossa consciência vocacional: quem somos? De onde viemos, para onde vamos e para que servimos?
O mistério da vida revela-nos ao mesmo tempo nossa grandeza e nossa miséria. Mas a luz da fé em Cristo transforma nosso viver em "vocação cristã".Viver em Cristo! Viver como Cristo! Ele é para nós o "homem novo" e manifesta plenamente o homem ao próprio homem.
Na verdade, quanto mais viva a consciência vocacional, tanto mais útil, servidora, bonita e feliz será nossa passagem por este mundo. Não precisamos de horóscopos, numerologia, forças ocultas ou poderes fictícios. A vocação cristã é o sopro de Deus. É o alento de seu Espírito em nós.
Se nos chamou à vida é porque nos ama. Fez em cada um de nós um investimento especial para nos humanizarmos plenamente. Esta certeza é a grande força de nossos projetos, esperanças, trabalhos e lutas. Vocação e azar (superstições) se excluem: eis uma questão de fé!
Fonte: www.catequisar.com.br
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