Hoje, a Associação dos Lustradores de Calçados de Curitiba conta com 30 associados. “Já foram mais de 200”, diz João de Lima Paulino, lustrador há 30 anos e presidente da associação. Hoje a “Boca do Brilho” comporta 28 cadeiras. Há mais algumas na Rua XV também. Porém, os profissionais que ali atuam estão há décadas lustrando e trazendo brilho, não só aos sapatos, mas também a cidade. O mais novo integrante da turma está há 13 anos na “Boca do Brilho”. Osni Teodoro, de 39 anos é de Guaíra, já foi lustrador em Foz do Iguaçu, mas fixou moradia e profissão na capital. “A clientela é boa. Depois da reforma, o movimento aumentou 100%. Antes, as pessoas tinham receio de sentar naquelas cadeiras, também tínhamos trabalho para manter limpo. Agora está muito bom”, diz o lustrador que já lustrou os pés do governador Beto Richa e do apresentador Ratinho.
Por reconhecer como tradicional refúgio dos homens da cidade, a Omar Calçados fornece, há 5 anos os uniformes para todos os associados. “É muito importante isso, porque nós prezamos pela aparência. Não permitimos trabalhar de bermuda ou regata. Assim como nossos clientes, precisamos manter a elegância”, diz Sr. João. Há também à disposição dos clientes os principais jornais da cidade para leitura, cedida cordialmente pelas empresas. “O cliente vem aqui, lê seu jornal, alguns batem um papo, outros ficam quietos ou no celular, mas é um momento agradável para ele”, diz Sr. Osni.
E assim, a tradicional Boca do Brilho mantém seu glamour. A profissão resistiu ao tempo, aderiu a alguns modismos, mas não perdeu seu charme. “Cada um tem seus segredos. Clientes tem para todos e respeitamos isso”, diz o lustrador.
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