Para discutir sobre os aspectos atuais e futuros do tema “A Indústria
Gráfica”, a Senai-SP editora recebeu no dia 15/08/2012,
profissionais e empresários do setor em seu estande na 22ª Bienal
Internacional do Livro, que aconteceu até o dia 19 de agosto no Anhembi,
em São Paulo.
Participaram da mesa-redonda Fábio Mortara, presidente da Associação
Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) e do Sindicato das Indústrias
Gráficas do Estado de São Paulo (Sindigraf); Cláudio Baronni, presidente
do conselho consultivo da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica
(ABTG); Flávio Botana, professor de graduação e pós-graduação da
Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica; e Manoel Manteigas, diretor da
Escola Senai Theobaldo de Nigris e diretor técnico da ABTG.
Os convidados concordaram que não morrerá tão cedo o produto
impresso, seja livro, jornal ou revista. Entretanto, na opinião de Fábio
Mortara, falta arrojo, empolgação e percepção geral de que a
comunicação impressa se sobressai às demais. “A mensagem eletrônica pode
durar alguns anos, mas o livro dura séculos. A publicação impressa é
portadora da mensagem e da memória”, afirmou o presidente da Abigraf e
do Sindigraf.
Para Cláudio Baronni, da ABTG, a competição entre o papel e o digital
terá efeitos diferentes de produção para produção e de região para
região. “A mídia impressa nunca vai acabar. Mas qual foi a última vez em
que vocês consultaram uma lista telefônica?”, perguntou aos
espectadores, que empunhavam seus smarphones e tablets.
“A era digital veio e não acabou com as empresas, que vivem
essencialmente de publicidade; é a ‘vaca leiteira’ de qualquer veículo
de qualquer editora ou meio de comunicação”, analisou Baronni, ao falar
que as publicações convivem com outras mídias e se complementam em
muitos casos.
Baronni considera que as agências digitais estão “arrancando”, mas se
valendo de papel para transmitirem suas mensagens, principalmente
institucionais. “O papel admite inúmeras inovações, e gestão é a
palavra-chave”, argumentou o diretor do conselho da ABTG.
A título de informação, Baronni citou que a produção de livros
digitais (e-books) nos Estados Unidos já se igualou à do impresso,
enquanto no Brasil representa apenas 2%. “As gráficas ainda continuarão
funcionando por muito tempo”, arrematou.
Boa impressão
Ao contrário do que se possa imaginar, a produção correta de livros
ajuda na preservação do meio ambiente, na visão de Manoel Manteigas,
diretor da Escola Senai Thebaldo De Nigris.
“A celulose utilizada na impressão de livros provém de florestas
plantadas. E quanto mais papel produzido com manejo controlado,
existirão mais áreas com árvores sequestrando gases de efeito estufa”,
explicou Manteigas.
Com relação à administração das gráficas como negócio, o diretor da
Escola Thebaldo De Nigris ressaltou que a gestão amadora não tem mais
espaço no segmento. “Muitas gráficas são empresas de família,
tradicionais de geração para geração que amam o que fazem, mas faltam
profissionalismo e visão estratégica”, acredita.
Edgar Marcel, Agência Indusnet Fiesp (http://www2.fiesp.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.