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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ex-governador Anthony Garotinho é preso pela Polícia Federal no Flamengo, na Zona Sul do Rio



O secretário de Governo de Campos e ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, foi preso por volta das 10h desta quarta-feira pela Polícia Federal de Campos, em um apartamento na Rua Senador Vergueiro, no Flamengo, na Zona Sul da cidade. O mandado de prisão preventiva foi decretado pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da Justiça Eleitoral de Campos. Trata-se de mais uma fase da Operação Chequinho, que investiga o uso eleitoral do programa social Cheque Cidadão.

A superintendência da Polícia Federal em Campos dos Goytacazes informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva por crime eleitoral contra Garotinho. O órgão afirmou que daria mais informações sobre o tipo do crime ao longo do dia, já que a operação ainda está em andamento. Garotinho deve ser levado inicialmente para a sede da PF no Rio e, em seguida, conduzido para Campos, ainda nesta quarta-feira.

— Ele é lider de uma organização criminosa. Usou o programa Cheque Cidadão para comprar votos e, consequentemente, fraudar as eleições em Campos — diz o delegado Paulo Cassiano, da Polícia Federal de Campos, responsável pela operação.

De acordo com o delegado, Garotinho ainda está no Rio, mas será levado nesta quarta-feira para Campos. Lá, ele será conduzido a uma delegacia e, em seguida, irá para o presídio.

A filha de Garotinho, a deputada federal Clarissa Garotinho, deixou às pressas a reunião com o governador Luiz Fernando Pezão no Palácio Guanabara e a bancada federal do Rio sobre a crise financeira no Estado. Ela foi direto para a superintendência da Polícia Federal do Rio.

No último dia 12, o advogado criminalista Fernando Fernandes impetrou um habeas corpus com pedido de liminar para garantir que o Juízo da 100ª Zona Eleitoral não decretasse qualquer prisão provisória contra o político.

O advogado Jonas Lopes Neto, que representa a defesa de Garotinho, classifica a prisão como arbitrária e indevida.

— A prisão é baseada em fatos totalmente inverídicos e nós estamos bastante confiantes de que vamos conseguir em breve a liberdade dele — diz.

De acordo com o advogado, a defesa de Garotinho irá impetrar pedidos de habeas corpus no Tribunal Regional Eleitoral e no Tribunal Superior Eleitoral para tentar reverter a prisão.

Em nota, o criminalista Fernando Augusto Fernandes afirma que a prisão de Garotinho "vem na sequência de uma série de prisões ilegais decretadas por aquele juízo e suspensas por decisões liminares do Tribunal Superior Eleitoral". De acordo com o advogado, a prisão do político é "abusiva e ilegal e decorre de sua constante denúncia de abusos de maus tratos a pessoas presas ilegalmente naquela comarca. Estas denúncias de abuso foram dirigidas à Corregedoria da Polícia Federal e ao juiz, que nenhuma providência tomou. Pessoas presas mudaram vários depoimentos após ameaças do delegado. No entanto, o TSE já deferiu quatro liminares por prisões ilegais. A Justiça certamente não permitirá que este ato de exceção se mantenha contra Garotinho.”

Outros presos

No dia 1° de novembro, a ex-assessora particular da prefeita Rosinha e vereadora eleita Linda Mara Silva (PTC) foi presa em Copacabana, na Zona Sul, na segunda fase da operação. Também foram presas a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice Alvarenga, e a radialista Beth Megafone. Elas foram consideradas foragidas por cinco dias.

Desencadeada no dia 26 de outubro, a segunda fase da operação também levou à prisão o vereador Kellinho (PR) e a ex-coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele Koch. Três dias depois, foi a vez do vice-presidente da Câmara, Thiago Virgílio, do mesmo partido de Linda Mara. Ele já estava afastado de suas funções e proibido de entrar no prédio do Legislativo.

Na primeira fase da operação, em 19 de outubro, foram presos os vereadores Miguel Ribeiro machado, de 51 anos, e Ozéias Martins, de 47. Ambos também tentaram evitar a prisão com habeas corpus, mas tiveram os pedidos negados pela Justiça.

De acordo com a PF, eles colhiam documentos de eleitores para cadastrar eleitores no Cheque Cidadão. Segundo as investigações, a prática causou uma explosão na base social do programa, elevando o volume de benefícios em mais de 100% de junho de 2016 a ocasião.

Entre os 30 mil beneficiários do cheque cidadão, o MP aponta que 18 mil fariam parte do esquema, com um desperdício de R$ 3,5 milhões por mês.

Fonte: Extra Globo

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