A cada virada de ano que se aproxima é comum falarmos em resoluções. Os objetivos individuais variam. Uns buscam um novo emprego, outros querem perder peso.
O fato é que essa é uma época de reflexões importantes. Então, que tal pensar um pouco no todo e colocar algumas atitudes sustentáveis em prol da coletividade nas suas metas para 2018?
Com o milênio chegando cada vez mais perto da maioridade, nosso planeta começa a sentir os impactos causados pelo homem. Do uso excessivo de energia elétrica ao número cada vez maior de automóveis circulando por aí, o impacto ambiental negativo causado por nossas ações no dia a dia tem afetado drasticamente o meio em que vivemos.
Temas como poluição, aquecimento global, derretimento de geleiras e extinção de animais estão presentes em rodas de conversa desde a virada do milênio. Porém, só conversar não basta: precisamos agir! E logo!
Há um grande debate mundial sobre como podemos manter o equilíbrio ecológico na Terra. Entretanto, devemos ir além de atitudes como tomar banhos rápidos ou desligar a torneira enquanto escovamos os dentes. Essas práticas são excelentes e necessárias, não me entenda mal, meu ponto é que esse tipo de ação é o básico: precisamos urgentemente pensar em atitudes sustentáveis que fujam do óbvio.
Nesse artigo veremos como algumas empresas e instituições tem contribuído para a melhor utilização de nossos recursos – naturais ou não.
Você já ouviu falar em "economia compartilhada"?
2017 foi o ano da explosão da economia compartilhada. Empreendedores, organizações e cidades ao redor do mundo têm apostado nesse modelo de negócio sustentável. E isso é ótimo para o planeta.
"A economia compartilhada (ou colaborativa) é um sistema socioeconômico construído em torno da partilha de recursos humanos e físicos (crowdsourcing). Ela inclui a criação, produção, distribuição, comércio compartilhado e consumo de bens e serviços por pessoas e organizações diferentes, de diferentes lugares e culturas". ( Crowdtask)
Os exemplos mais famosos nesse sentido são Airbnb, onde pessoas de mais de 190 países podem se cadastrar para receber viajantes, alugando quartos ou a casa toda, e Uber, que oferece um serviço semelhante ao táxi tradicional através de um aplicativo que conecta seus motoristas aos passageiros.
O Uber, porém, não é o único a contribuir por uma mobilidade urbana mais sustentável. Uma velha conhecida da população está cada vez mais em alta. Nos últimos anos, muita gente tem trocado seus carros ou até mesmo o transporte público por bicicletas. E essa é uma tendência global. Antes de migrar para o home office, por exemplo, me desloquei de bicicleta durante quatro anos até o escritório onde trabalhava. A escolha foi boa não só para o meio ambiente, mas também para a minha saúde.
A popularidade de Airbnb e Uber, inclusive, tem impulsionado empreendedores e empresas do mundo todo a oferecerem serviços baseados na economia compartilhada e colaborativa.
É o caso dos sites de financiamento coletivo. O global Kickstarter e os brasileiros do Catarse têm ajudado pequenos empreendedores e artistas a tirarem suas ideias do papel. Em 2014, por exemplo, os capixabas do Dead Fish, famosa banda da cena punk brasileira, arrecadaram quase R$ 260 mil para a gravação do seu sétimo álbum de estúdio. O projeto só foi adiante graças à ação colaborativa de mais de 3000 pessoas que contribuíram financeiramente com a banda através do Catarse – o valor mínimo para a contribuição era de R$ 25,00.
O crowdfunding, como é conhecido esse sistema de financiamento coletivo, também tem mobilizado e engajado pessoas a fazer o bem. Através do Vakinha, site que, como o nome sugere, tem o objetivo de organizar as famosas "vaquinhas", a pequena Gigi, que nasceu com uma síndrome rara que a impedia de enxergar, conseguiu doações para realizar um tratamento com células-tronco que tornou realidade o seu sonho de enxergar a luz do dia. A campanha, criada por sua avó, arrecadou mais de R$ 400 mil para o tratamento de sua neta.
Espaços compartilhados: reduzindo custos de forma sustentável
Quando falamos em economia compartilhada, podemos trazer o sentido literal do termo para dentro das empresas e do modo como nos relacionamos com os nossos trabalhos.
Como muitas funções são feitas hoje de forma remota, ou seja, não há mais a necessidade da presença física do empregado na sede das organizações, muitos trabalhadores têm exercido suas atividades em suas casas, em cafés ou em espaços compartilhados conhecidos como coworkings.
Estes espaços compartilhados são ótimos para todos os envolvidos. As empresas podem, entre outros custos, reduzir o consumo energia elétrica. Os colaboradores, por sua vez, trabalham mais felizes, são mais produtivos e aumentam seu networking, segundo mostra um estudo da TINYpulse – e também a minha experiência pessoal.
Além disso, também é bom para o meio ambiente: com seus trabalhadores executando suas tarefas de forma remota, muitas empresas fecharam seus escritórios próprios. Ou seja, quanto maior a concentração de empresas num espaço compartilhado, menor será o impacto negativo no meio ambiente.
Construções com tecnologia sustentável
Compartilhar espaços na hora de trabalhar pode reduzir os impactos ambientais, mas podemos ir além na equação entre relações humanas x espaços físicos: hoje é possível construir prédios e moradias com tecnologia sustentáveis.
A CAIXA, por exemplo, financiou em 2016 o primeiro prédio construído em madeira no Brasil. O empreendimento de três pavimentos com tecnologia sustentável foi montado em 40 horas no município paranaense de Araucária.
Já a Urban 3D, startup brasileira do ramo de construção civil, está investindo na criação de moradias de baixo custo usando tecnologias revolucionárias e sustentáveis. Sua fundadora, Anielle Guedes, quer lançar um substituto do concreto – um dos maiores vilões quando falamos em meio ambiente.
Talvez você não saiba, mas, dentre todas as atividades humanas sobre a Terra, a construção civil é uma das que causam mais impacto na natureza. Apenas no Brasil, 35% dos materiais naturais extraídos são destinados para este segmento e mais de 50% da produção de energia elétrica do país é destinada para a alimentação de casas e condomínios.
Além das construções com tecnologias sustentáveis de iniciativas como as da CAIXA e Urban 3D, uma outra alternativa para diminuir esses impactos ambientais seria o investimento em luz solar natural.
Alimentação saudável – e sustentável
Vimos alternativas sustentáveis de transportes e habitações, mas você sabia que o agronegócio também causa diversos impactos ambientais? Embora eu (ainda!) não seja vegetariano, reduzi bastante meu consumo de carne. A alimentação consciente também é uma pauta que deve ser debatida para garantirmos a saúde do nosso planeta nas próximas décadas.
Ainda dentro da economia compartilhada, tem crescido o número de hortas comunitárias no Brasil. Algo já comum no exterior, essa é uma ótima iniciativa para reduzir o impacto gerado pela produção de alimentos e, de quebra, abastecer a população local.
Resoluções para 2018
E aí, aceita o desafio de pensar em resoluções sustentáveis que beneficiem toda a população?
Se cada um fizer sua parte, mesmo que pequena, com ações dentro de sua casa, empresa ou comunidade, tenho certeza que essa mudança de pensamento e de atitude alcançará cada vez mais pessoas! É aquela velha história de "trabalho de formiguinha", sabe?
Adoraríamos ler nos comentários suas experiências nesse sentido! Vamos levar essa corrente do bem para frente! :)
Fonte: https://www.linkedin.com
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