MANUAL DE ATENDIMENTO - Cuidado é bom. Mas na medida certa.
O Governo Federal criou o Passe Livre para Pessoas Carentes Portadoras de Deficiência em viagens interestaduais. Com essa medida, o número de passageiros com deficiência certamente vai crescer. E todos os funcionários precisam estar preparados para receber esses novos clientes. É você quem vai atender, orientar e acompanhar esses passageiros na estação de embarque, no transporte e no desembarque. Ofereça a sua ajuda, mas não exagere. Se for preciso, pergunte ao passageiro como você pode auxiliá-lo. Trate o portador de deficiência como um passageiro normal e não como um incapaz. Cuidado é bom. Mas na medida certa. Neste manual, você vai encontrar algumas dicas básicas de como atender a um portador de deficiência. Leia com atenção, use o bom senso e faça sua parte. Ajude a fazer do Brasil um país mais solidário.
Assentos e bagagens
- Os assentos reservados para os portadores de deficiência devem estar, de preferência, na primeira fila das poltronas.
- Os acompanhantes devem ser instalados em poltronas próximas às dos portadores de deficiência.
- A bagagem e os equipamentos especiais devem ser transportados gratuitamente.
- Os equipamentos indispensáveis à locomoção da pessoa portadora de deficiência devem ser transportados em lugar adequado e de fácil acesso.
Dicas de Comportamento
1. Deficiência mental
- A pessoa com deficiência mental, na maioria das vezes, é carinhosa, disposta e comunicativa.
- Não use palavras como "doentinho" ou "maluquinho", quando se referir a um portador dessa deficiência.
- Cumprimente-o normalmente.
- Quando for uma criança, trate-a como criança. Se for adolescente ou adulto, trate-o como tal.
- Dê atenção. Expresse alegria e converse com ele até onde for possível.
- Evite superproteção. Ajude somente quando for necessário.
- A pessoa portadora de deficiência deve tentar fazer tudo sozinha.
2. Paralisia cerebral
- Em geral, a pessoa com paralisia cerebral é inteligente e sensível.
- Ela sabe que é diferente dos outros.
- A pessoa com paralisia cerebral faz gestos faciais involuntários, anda com dificuldade ou, às vezes, não anda.
- Não se impressione com seu aspecto. Comporte-se de forma natural. Ela merece todo seu respeito.
- Você pode ajudá-la a seguir seu ritmo. Se não entender sua fala (ela pode ter problemas na fala), peça que repita.
3. Deficiência visual (pessoa cega)
- Não se intimide em usar palavras como "cego", "ver" ou "olhar".
- Os cegos também as usam.
- Ofereça ajuda quando perceber que há necessidade.
- Peça explicações ao cego como ele quer ser ajudado.
- Para guiar uma pessoa cega, ofereça seu braço. Nunca a oriente pelo pescoço.
- Oriente a pessoa cega para evitar obstáculos – meios-fios, degraus e outros.
- Ao explicar direções a um cego, seja o mais claro possível.
- Fale sobre os obstáculos à frente.
- Indique as distâncias em metro.
- Se não souber direcionar a pessoa cega, seja honesto. "Eu gostaria de ajudar, mas não sei como".
- Ao guiar um cego para uma cadeira, direcione suas mãos para o encosto. Informe-o se a cadeira tem braços ou não.
- Em lugares estreitos para duas pessoas passarem, ponha seu braço para trás. Desta forma, a pessoa cega pode segui-lo com menor dificuldade.
4. Deficiência auditiva (pessoa surda)
- Não grite diante de uma pessoa com deficiência auditiva.
- Fale em tom normal, a não ser que ela peça para levantar a voz.
- Fale claramente, em velocidade normal, de frente para a pessoa surda. É importante para ela enxergar sua boca.
- Use gestos e expressões faciais. Mudanças do tom de voz indicando sarcasmo ou seriedade não podem ser compreendidas pelos surdos.
- Se um surdo estiver acompanhado de intérprete, fale diretamente ao surdo, não ao intérprete.
- Ao conversar com uma pessoa surda, mantenha contato visual. Se você dispersar o olhar, para ela a conversa pode ter acabado.
- Se você quiser falar com um surdo, chame sua atenção, sinalizando ou tocando no seu braço.
- Se você não entender o que um surdo está falando, peça para repetir. Se mesmo assim não entender, peça para ele escrever. O importante é comunicar-se.
5. Deficiência física (em cadeira de rodas)
- Não se apoie na cadeira de rodas. Ela é como a extensão do corpo da pessoa.
- Se quiser oferecer ajuda, pergunte antes e nunca insista.
- Caso aceite a ajuda, deixe o deficiente físico dizer como quer ser ajudado.
- Não receie usar palavras como "correr" ou "caminhar". Os portadores de deficiência também as usam.
- Se a conversa for demorar, sente-se no mesmo nível do olhar do usuário da cadeira de rodas.
- Ao ajudar um usuário de cadeira de rodas a descer uma rampa ou degrau, use a marcha a ré. Isso evita que a pessoa perca o equilíbrio e caia para frente.
6. Deficiência física (com muletas)
- Antes de ajudar, pergunte se a pessoa quer ajuda e como a quer.
- Acompanhe o ritmo de sua marcha.
- Tome cuidado para não tropeçar nas muletas.
- Deixe as muletas sempre ao alcance da pessoa portadora de deficiência.
Fonte: www.transportes.gov.br
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