Há também as chamadas embalagens verdes ou biodegradáveis, produzidas com materiais abundantes na natureza e que, quando descartadas, são absorvidas mais rapidamente sem gerar danos ao meio ambiente. O maior problema quanto a esse tipo de embalagem, é que a maioria delas são novidade e ainda estão em fase inicial de desenvolvimento. O que torna o custo delas caro se comparado as embalagens tradicionais feitas com papel ou plástico.
Mas, para quem não consegue imaginar a vida sem embalagens, saiba que é possível! A exemplo disso temos o primeiro caso do mundo de um supermercado sem embalagens, o Original Unverpack. Ele foi inaugurado em 2014, em Berlim, na Alemanha. Nele os consumidores levam seus frascos de vidro para comprar os alimentos que são vendidos à granel. O projeto foi pensado por duas mulheres e levou 2 anos para se tornar real. Segundo as criadoras, só na Alemanha, 16 milhões de toneladas em embalagens são descartados anualmente, dessa forma, algo precisa ser repensado para aumentar a conscientização da população como um todo. Sem dúvida, foi uma enorme inovação!
Há também casos de inovações que estão sendo colocadas em prática pelo mundo, e que breve chegarão ao Brasil. Por exemplo, embalagens que dão uma experiência sensorial ao consumidor fazendo com que ele tenha uma prévia do que vai comprar, como a textura do produto. Embalagens de alimentos pré-prontos que podem ser abertas para acrescentar mais algum ingrediente, agitar e já ter uma massa de cup cake ou panqueca pronta para assar ou fritar, sem sujar vasilhas. Um iogurte em pó que pode ser levado para qualquer lugar na bolsa, sem refrigeração, e preparado em 3 minutos apenas adicionando água, entre outras inovações que também irão facilitar o nosso dia a dia, cada vez mais corrido.
Outro caso que merece destaque são embalagens re-fechadas, que permitem ao cliente utilizar uma determinada quantia do alimento e guardar o resto sem afetar as características do produto para uma utilização posterior. As embalagens re-fechadas atendem a uma demanda de mercado para pessoas que consomem quantidades mais reduzidas e desejam guardar de volta o alimento que sobrou para consumo posterior.
O pesquisador Renato Cruz, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), expôs 4 soluções possíveis para acabar ou amenizar, o acúmulo de lixo. São elas, a reciclagem, a incineração (que apesar de também poluir, pode ser a única solução para alguns lugares do mundo), as embalagens biodegradáveis, e a conscientização do ser humano para a sua responsabilidade na poluição.
Especificamente sobre as embalagens biodegradáveis, Renato disse que se houver disponibilidade de matéria prima, tecnologias inovadoras para a redução de custos, políticas governamentais de incentivo e integração entre os setores agroindustriais, elas podem sim ser uma medida possível. Mas ele também critica que somente o simples fato de produzi-las não vai solucionar o problema.
As embalagens criativas ajudam no diferencial do produto na hora da venda e do marketing. Um exemplo disso são o de pipocas comercializadas em dois tipos de embalagem, uma ziplock plástica que permite ser re-fechada e guardada sem perda da qualidade, e uma lata de metal, semelhante à de leite em pó cuja embalagem pode ser utilizada como um presente em ocasiões especiais, por ter um design elegante e criativo.
As Embalagens Criativas são uma realidade cada vez mais necessária, que muito além de chamar a atenção do consumidor, estão caminhando ao lado da tecnologia para criar formas inovadoras de armazenamento aliado ao preparo de alimentos, bem como um descarte que traga menos danos ao meio ambiente.
O mundo está passando por transformações, os clientes estão mudando e se tornando cada vez mais exigentes e conscientes. As marcas precisam estar atentas a esta mudança de comportamento e, para acompanhar este movimento, é preciso inserir o consumidor como parte da construção nos processos, escutando as suas necessidades e desejos e criando experiências relevantes e adequadas a cada grupo.
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