Moura Ramos Indústria Gráfica: livros, revistas, embalagens, sacolas, agendas e impressos em geral.: iFood anuncia plano sustentável e quer emissão neutra de carbono até 2025

sábado, 27 de março de 2021

iFood anuncia plano sustentável e quer emissão neutra de carbono até 2025

(Foto: Getty Images)

iFood lança plano para acabar com a poluição plástica das operações de delivery e se tornar neutro em carbono até 2025. A empresa anunciou nesta última quinta-feira (25) o lançamento do seu programa de metas socioambientais, batizado de Regenera.

O iFood anunciou o lançamento de seu ambicioso programa ambiental, o Regenera, que tem duas frentes principais de trabalho: acabar com a poluição plástica das operações de delivery e tornar a companhia neutra na emissão de carbono até 2025. O investimento está estimado em R$ 100 milhões.

Segundo Gustavo Vitti, vice-presidente de Pessoas e Soluções Sustentáveis da foodtech, a ideia surgiu em parte por causa da pandemia. "No ano passado, do dia para a noite viramos serviço essencial. Naquele momento, entendemos que todo o nosso ecossistema dependia muito da gente, os entregadores, os restaurantes... Outro ponto importante é que acreditamos há bastante tempo que, no futuro, as empresas vão assumir um papel que vai muito além dos seus negócios. 

Elas vão resolver problemas da sociedade. Quando culminou tudo isso, tivemos um clique e vimos que precisávamos fazer alguma coisa. O nosso crescimento tem que andar de mãos dados com o meio ambiente e com a sociedade", diz o executivo.

A partir daí, a marca parou para entender qual seria o seu papel nisso tudo e o que poderia fazer para diminuir o seu impacto ambiental. Porém, admitindo que não entendia nada do assunto, antes de definir as metas socioambientais em que iria focar, a empresa foi conversar com quem conhece o setor – especialista em sustentabilidade, organizações não governamentais e privadas e formadores de opinião.

"Queríamos entender quais os melhores caminhos para seguir antes de começar a nossa jornada em um assunto tão urgente, principalmente para o Brasil, e que precisa de respostas rápidas e estruturadas. Esse processo foi iniciado em setembro e eu devo ter conversado com umas 40 pessoas. Quando escutamos todas elas, descobrimos que muito se fala sobre compensação ambiental, só que ela é parte do processo, não tem como não ser, mas também não pode ser o mais importante. No iFood, queremos entregar para o meio ambiente mais do que consumimos dele, queremos regenerar", pontua Vitti.

Diante disso, há uma série de iniciativas que a empresa está colocando em prática. Para reduzir e neutralizar as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), por exemplo, está investindo no uso de veículos não poluentes – em 2020, foram emitidas 128 mil toneladas de GEE, considerando as emissões de todas as entregas dos pedidos realizados no período.

Um dos projetos, lançado em outubro passado, é o iFood Pedal. Realizado em conjunto com a Tembici, ele oferece planos acessíveis para o aluguel de bikes elétricas exclusivamente para os entregadores parceiros. Atualmente, cerca de 2 mil estão cadastrados e compartilham 1.000 unidades em São Paulo e no Rio de Janeiro. Segundo o VP de Pessoas e Soluções Sustentáveis da foodtech, a meta é expandir gradativamente, inclusive para outras cidades.

Outra parceria é com a montadora Voltz, especializada em motos elétricas. E, para viabilizar e estimular o uso deste tipo de veículo, também fechou um contrato com um banco para oferecer uma linha de crédito acessível para os mais de 150 mil entregadores da sua base.

"O entregador precisa conhecer a moto elétrica, entender a autonomia, a economia, a potência. Para isso, vamos emprestar, a partir de abril, 30 unidades para eles testarem. Nosso compromisso é que, pelo menos, 50% de nossas entregas sejam feitas com veículos não poluentes até o final de 2025", afirma Vitti.


Gustavo Vitti, vice-presidente de Pessoas e Soluções Sustentáveis no iFood (Foto: Midori de Lucca/Divulgação)

Além disso, a foodtech tem um acordo com uma fazenda solar, para fornecimento de energia para os restaurantes parceiros. O piloto do projeto será iniciado nos próximos dias com 500 estalecimentos. E, visando fazer a compensação dos poluentes que não conseguir reduzir, a empresa fará reflorestamento e preservação ambiental – esse trabalho será comandado pela Moss.Earth.

Zero plástico

As soluções do iFood em relação ao plástico passam por evitar o seu uso e reciclar o que for utilizado. Para isso, Vitti conta que a empresa irá investir em inovação. "Vamos desenvolver uma embalagem sustentável que tenha como matéria-prima fontes renováveis. Uma das grandes dificuldade que encontramos é fazer isso em larga escala, mas em três semanas devemos lançar uma parceria com uma grande empresa do Brasil para uma linha de pesquisa nessa área", adianta o executivo.

Paralelamente a isso, a companhia trabalha na conscientização dos clientes, por exemplo, através de uma ferramenta no aplicativo que lhes dá a opção de escolher não receber talheres plásticos e outros itens descartáveis. Nos primeiros testes realizados, envolvendo 600 restaurantes, 90% dos consumidores utilizaram o recurso. Agora, ele será expandido para 40 mil estabelecimentos, mas a meta é atingir toda a base (200 mil).

Através do iFood Regenera, a foodtech também irá investir nas cooperativas de reciclagem, para melhoria de suas estruturas e maquinários, e na construção de uma nova central de triagem semi-mecanizada, em São Paulo, que tem potencial para aumentar as taxas de reciclagem na cidade e a renda dos cooperados.

"Esse é projeto extremamente ambicioso e inovador. Acreditamos que teremos muito aprendizado no meio do caminho e queremos ter sempre essa conversa aberta com os experts que nos ajudaram no início para saber se estamos no caminho correto, se o que estamos fazendo é suficiente ou se precisamos de algo mais. Nossa relevância e presença na vida das famílias brasileiras reforça ainda mais a importância destes compromissos ambientais para o planeta", finaliza Vitti.


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