Segundo os números oficiais da Unicef quase 4 milhões de infantes brasileiros são órfãs pelo menos de mãe ou de pai. Entre os países em desenvolvimento o Brasil é o nono em número de crianças que perderam muito cedo algum dos pais, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Grande parte desses pequenos não tem nenhum dos pais e vive portanto com parentes, amigos da família ou foram deixadas cedo em orfanatos.
Qual a origem dessa celebração?
A ideia do dia do órfão ser celebrado no mesmo dia em que se celebra a véspera de Natal se relaciona ao fato de que a data está aí para trazer a reflexão de todos nós sobre essas crianças, que por razões variadas não podem estar na companhia dos pais em nenhum momento do ano, mas também não os tem nos instantes mais especiais e tradicionais, que mais evocam o sentimento de compartilhamento e de família.
A partir da lembrança dessas pequenas crianças podemos então levar até elas um pouco de alegria ou de esperança em uma vida de comunhão, de calor e de amor fraternal.
O que é comemorado nesse dia?
Não se trata de uma comemoração propriamente dita, com festa e empolgação. A proposta é ajudar aqueles que não estão nesse lugar a pensar nesses pequenos que desde muito cedo enfrentam a ausência daqueles que deveriam protege-los, cuida-los e ama-los incondicionalmente.
É a possibilidade de fazer alguma coisa por essas crianças, ter algum gesto de solidariedade e de carinho com seres humanos tão jovens e já tão carentes. Se você conhece um órfão nas suas redondezas que vive com amigos ou com parentes porque não leva-lo para passear ou dar um presente? Também é positivo visitar um orfanato e oferecer afeto, ouvidos e compreensão, já que normalmente no resto do ano esses pequenos são mais deixados de lado, mais esquecidos;
Outro ponto que é muito estimulado nesse dia é a reflexão sobre a possibilidade de se adotar uma criança. Se você tem interesse, vale saber que para iniciar um processo de adoção é preciso ser maior de 21 anos e ter 16 anos a mais do que aquele que por você será adotado. Além disso, a lei ainda não prevê que casais homo afetivos adotem crianças, mas já existem jurisprudências a esse favor e muitos juízes são a favor desse tipo de medida.
O processo de adoção costuma ser longo e curiosamente a fila de crianças disponíveis para adoção é menor que a de espera. O motivo disso é que grande parte daqueles que querem adotar desejam que a criança seja mais nova, normalmente branca e de preferência menina, o que contrapõe com o que vemos na maioria dos abrigos. É importante discutir esse tema e mostrar à sociedade que o importante aqui é o ato de se doar a outro ser, não importando sua história, sua cor, seu gênero ou idade!
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