A cadeia de blocos, ou blockchain, é o sistema de registros que garante a segurança das operações realizadas por criptomoedas – as Bitcoins. E quanto antes você conhecê-lo, melhor.
Você certamente já ouviu falar de Bitcoin, a “criptomoeda” da internet. Com certeza já leu em algum lugar sobre essa tecnologia digital que permite reproduzir, em pagamentos eletrônicos, a eficiência dos pagamentos com cédulas. Deve ter visto que pagamentos com bitcoins em teoria são rápidos, baratos e sem intermediários. E que, além disso, eles podem ser feitos para qualquer pessoa, que esteja em qualquer lugar do planeta, sem limite mínimo ou máximo de valor. Agora, vale conhecer mais sobre a tecnologia que dá sustentação a todas essas transações, e que muitos consideram revolucionária: o blockchain.
Mas ouvi falar que o Bitcoin ainda não é seguro…
É, vale uma recapitulação a respeito dessa polêmica. Quando o Bitcoin surgiu em 2009, muitos suspeitaram da novidade, sobretudo pelo potencial em apoiar atividades ilegais. A natureza incerta e a falta de uma autoridade central transformaram a criptomoeda em algo conveniente somente para pessoas que não queriam que suas transações financeiras sejam rastreadas. Desta forma, drogas, armas ou qualquer outro comércio ilícito poderia ser negociado na web com pouca preocupação em relação a possíveis intervenções das autoridades legais. E o Bitcoin sobrevivia apenas online, evitado por bancos e instituições que ofereciam legalidade às redes financeiras.
Porém, cinco anos depois, a história mudou um bocado – uma transformação que só fez se acentuar ao longo de 2015. Talvez por conta do crescimento do Bitcoin e da aceitação por parte da indústria, ou mesmo pela sensação de que o sucesso é inevitável para algumas formas de oferta digital, as instituições financeiras agora estão à procura de formas de participar desse ecossistema cripto-financeiro. De acordo com este artigo do portal Executivos Financeiros, dados recentes da CoinDesk mostram que os investimentos em empresas Bitcoin subiram cerca de 250% – de 95 milhões de dólares em 2013, para 362 milhões de dólares em 2014. Até mesmo a Bolsa de Valores de Nova York entrou neste mercado com a criação de um índice de preços Bitcoin, e grandes empresas como a Dell e a Dish Network agora aceitam a moeda como pagamento.
E o que o blockchain tem a ver com isso tudo?
Muita coisa. Mas, antes, vale entendermos bem o que é essa tecnologia.
Ainda de acordo com o texto do Executivos Financeiros,
OS BLOCKCHAINS (CADEIA DE BLOCOS) SÃO UM SISTEMA DE CONTABILIDADE. SÃO UMA MANEIRA DE ESCLARECER E VALIDAR UM REGISTRO, UMA TRANSAÇÃO. PORÉM, AO CONTRÁRIO DE OUTROS SISTEMAS, O REGISTRO GERADO PELO BLOCKCHAIN É DISTRIBUÍDO; ESTÁ PRESENTE EM TODAS AS PARTES ONDE O SOFTWARE É RODADO.
Como tecnologia adjacente ao Bitcoin, por exemplo, os blockchains são preservados em milhões de computadores pessoais, bem como em data warehouses. Não existe um único banco que seja dono dos registros, e cada instância de blockchain do Bitcoin possui um total das transações no seu mercado.
A verificação da transação é feita com criptografia pesada que, no caso do Bitcoin, torna-se possível pelo poder de processamento por crowdsourcing, ou seja, pelo modelo de criação e/ou produção que conta com mão de obra e conhecimento coletivos para desenvolver soluções e criar produtos.
E para garantir que uma das partes envolvidas realmente tenha o Bitcoin prometido em uma transação, ou qualquer ativo que esteja sendo rastreado por este tipo de sistema, basta uma simples consulta do blockchain. Não há necessidade de um banco ou intermediário; dessa forma, os ativos dentro do blockchain existem como se o dinheiro estivesse nas mãos de uma pessoa. Qualquer indivíduo pode aceitar o Bitcoin como pagamento, porque sua existência é passível de verificação.
Mas ainda tá complicado de entender o que é blockchain…
É, a definição é um tanto técnica. Mas vamos pensar da seguinte forma: no caso do Bitcoin, como se pode impedir o gasto duplo com a criptomoeda? De acordo com esta matéria da InfoMoney, deve-se agrupar as últimas transações da rede em uma espécie de bloco, que contém uma referência ao bloco imediatamente anterior, e carimbá-lo com um código, o “hash“. E as novas transações seguirão o mesmo processo, o que formará uma corrente de blocos de registros – daí o termo blockchain.
Assim, o blockchain pode ser entendido como um grande livro-razão – aquele onde se registra todas as movimentações contábeis de uma empresa. Porém, como dissemos, é um livro-razão compartilhado por todos aqueles que participam do sistema – no caso, o Bitcoin -, no qual as transações são registradas de forma irreversível.
Em suma, é o registro em ordem cronológica de todas as transações que ocorreram na rede, e que foram compiladas e validadas. É público, único e compartilhado pelos participantes de um sistema específico.
Para concluir, o blockchain é a inteligência que dá sustentação àquela que promete ser uma das grandes revoluções corporativas dos próximos anos – o mercado das criptomoedas. E é por isso que, quanto antes você se familiarizar com a tecnologia, melhor preparado estará para utilizá-la.
Onde posso me informar mais?
Este site traz informações complestas sobre o Bitcoin no Brasil.
E este aplicativo, chamado Blockchain – Bitcoin wallet, funciona como uma carteira para suas moedas virtuais.
Leia mais em Endeavor @ https://endeavor.org.br/blockchain
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