Dia Mundial da Saúde Mental (10 de Outubro) é um dia para o global de saúde mental a educação, a consciência e a defesa.
Foi celebrado pela primeira vez em 1992 por iniciativa da Federação Mundial para Saúde Mental, uma organização de saúde mental global, com membros e contatos em mais de 150 países.
Este dia, a cada outubro milhares de simpatizantes vêm para celebrar este programa anual de conscientização para chamar a atenção à doença mental e seus principais efeitos sobre a vida das pessoas em todo o mundo.
I
O Dia Mundial da Saúde Mental convida-nos a refletir sobre as necessidades especiais de algumas das pessoas mais vulneráveis do mundo: as crianças e adolescentes que sofrem de perturbações mentais, de perturbações do comportamento ou de perturbações emocionais.
Compreende-se cada vez melhor que o sofrimento ligado a estas doenças compromete o desenvolvimento saudável e o bem-estar das crianças e adolescentes do mundo inteiro. Estes jovens, que já são tão profundamente vulneráveis, podem ser alvo de rejeição social e de discriminação, ser privados dos cuidados de que necessitam e de oportunidades de educação adequada e nunca terem a possibilidade de construir o futuro, tal como todos os jovens merecem.
Tanto os países em desenvolvimento como os países desenvolvidos têm o dever de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para atenuar essas dificuldades, melhorando o diagnóstico e o tratamento bem como a sensibilização do público e a educação. Os governos devem estar à altura do dever estabelecido na Convenção sobre os Direitos da Criança -- o instrumento jurídico internacional mais ratificado da história -- de assegurarem "o desenvolvimento da personalidade da criança, dos seus dons e das suas aptidões mentais e físicas, na medida das suas potencialidades".
Neste Dia Mundial da Saúde Mental, reafirmemos a nossa determinação de fazer valer os direitos das crianças que são enunciados na Convenção. Prometamos prestar à saúde mental dos jovens toda a atenção que merece.
II
O Dia Mundial da Saúde Mental é dedicado aos efeitos dos traumas e da violência nas crianças e nos adolescentes. Para milhões de jovens de todo o mundo, a violência está presente na sua infância e adolescência sob a forma de maus tratos e de abandono, de violência sexual ou de bandos de rua. Em vários países, essa violência está a aumentar. As taxas mundiais de homicídio aumentaram para mais do dobro desde 1985.
A violência deixa sempre cicatrizes, mas muitas delas são difíceis de detectar à superfície. As crianças e adolescentes não precisam ser atingidas por uma bala ou agredidas fisicamente, para sofrer danos permanentes. Quando os vizinhos são baleados, quando as mães são espancadas, quando a sociedade vive sob a ameaça constante do crime ou da guerra, as crianças podem apresentar as marcas desse sofrimento durante muito tempo. Muitas vezes lutam sozinhas, pois a família e os amigos ignoram a situação difícil em que se encontram ou não as podem ajudar.
Temos de romper o silêncio que rodeia toda esta questão e ajudar a compreender melhor o que se pode fazer para ajudar os que são afetados por ela. Mediante o recurso de intervenções inovadoras, dando formação aos trabalhadores do setor da saúde, para que reconheçam os sinais de traumas e depressão, ajudando as famílias a apoiarem os seres que amam, eliminando o estigma associado às perturbações mentais e falando abertamente sobre os custos reais da violência para os jovens, podemos dar um contributo decisivo. Que este Dia Mundial da Saúde Mental sensibilize para a urgência dessa missão.
Fonte: Centro de Informação das Nações Unidas em Portugal
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