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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Saiba mais sobre embalagens sustentáveis

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Embalagens sustentáveis: o que são, exemplos e vantagens

Embalagens sustentáveis causam menos danos ao meio ambiente e à saúde, mas também possuem desvantagens. 


Embalagens sustentáveis são uma forma de reduzir os danos causados pelos descartes. São consideradas embalagens sustentáveis principalmente as feitas de material orgânico e/ou recicláveis, que não demandam muita energia e recursos naturais em sua produção e que, após o seu descarte, tenham impactos ambientais reduzidos, podendo ser medidos por meio da Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) de produtos.

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Esse é o caso, por exemplo, das embalagens biodegradáveis de fibra de coco, de papel reciclado, entre outras. Esses tipos de embalagem são alternativas ao plástico convencional. Mas o mercado também lançou embalagens de plástico oxibiodegradável que disputam a categoria de "embalagem sustentável". 

Veja a seguir exemplos de embalagens sustentáveis e conheça as vantagens e desvantagens de cada uma:

Embalagem de vidro

Por essa você não estava esperando? Pois saiba que as embalagens de vidro são consideradas sustentáveis! Apesar de utilizarem areia em sua produção, elas podem ser facilmente reutilizadas (até mesmo em casa), não liberam substâncias tóxicas e podem ser recicladas diversas vezes (quando descartadas corretamente).

A vantagem do vidro em relação às embalagens biodegradáveis (que utilizam matérias-primas vegetais) é que a sua produção não compete espaço com a produção de alimentos.

Embalagem de alumínio

Apesar de dependerem da atividade mineradora, as embalagens de alumínio pode ser consideradas sustentáveis, pois são infinitamente recicláveis! Além disso, o alumínio não é tóxico para o organismo (mas é preciso tomar cuidado com o bisfenol, um tipo de plástico que reveste latas de alimentos e age como um disruptor endócrino).

Disruptores endócrinos alteram sistema hormonal e podem provocar distúrbios mesmo em pouca quantidade.

Embalagem de cogumelo
Imagem: Embalagem biodegradável feita pela Ecovative Design, utilizando biomaterial de micélio a partir de resíduos agrícolas por mycobond está licenciado sob (CC BY-SA 2.0)

As embalagens de cogumelo são feitas a partir de raízes de cogumelos crescidas em folhas mortas, húmus e uma variedade de substâncias, que levam a materiais de diferentes texturas, flexibilidade e durabilidade. Além de biodegradável, o material é comestível (mas não é aconselhável ingeri-lo).

As desvantagens da embalagem biodegradável de cogumelos são seu elevado custo e o fato de ser potencialmente competitiva com recursos que poderiam ser utilizados para produzir alimentos.

Embalagem de papel reciclado

As embalagens de papel reciclado também são embalagens sustentáveis. Elas são desenvolvidas principalmente para exercer a função de proteção de utensílios que precisam ser carregados. Os principais benefícios das embalagens de papel reciclado são a potencialização do tempo de vida do produto e a maximização do valor extraído das matérias-primas. Outra vantagem é a energia economizada. Porém, a cada nova reciclagem, o papel perde a qualidade e possibilidade de ser reciclado.

Embalagem de fécula de mandioca

As embalagens de fécula de mandioca também fazem parte da categoria de embalagens sustentáveis. Elas são compostáveis, biocompatíveis e recicláveis. No entanto, o custo é mais que o dobro do que se paga pelo isopor. E elas só podem ser utilizadas para alimentos secos ou de consumo imediato. Do contrário, em contato com umidade por muito tempo, se desmancham.

Embalagem de bagaço de cana-de-açúcar

Uma jovem curitibana criou embalagens biodegradáveis para substituir o isopor. Sayuri Magnabosco, de apenas 16 anos, utilizou bagaço de cana-de-açúcar para fazer um material que se decompõe em apenas um mês.

Seus custos e potencialidade de ser implementada em larga escala, no entanto, não foram contabilizados.

Embalagem de plástico PLA

O plástico PLA, ou melhor dizendo, plástico de poliácido láctico, é um plástico biodegradável que pode ser utilizado como embalagem alimentícia, cosmética, na produção de sacolas, garrafas, canetas, vidros, tampas, talheres, entre outros.

No processo de produção do plástico PLA, as bactérias produzem o ácido lático por meio do processo de fermentação de vegetais ricos em amido, como a beterraba, o milho e a mandioca.

Além de biodegradáveis, as embalagens feitas de plástico PLA são recicláveis mecânica e quimicamente, biocompatíveis e bioabsorvíveis. Elas são obtidas de fontes renováveis (vegetais) e, quando descartadas corretamente, transformam-se em substâncias inofensivas porque são facilmente degradadas pela água.

A desvantagem do plástico PLA é que, para ocorrer a degradação adequada, é preciso que os descartes de plástico PLA sejam feitos em usinas de compostagem, onde há condições adequadas de luz, umidade, temperatura e quantidade correta de micro-organismos e, infelizmente, a maior parte do resíduo brasileiro acaba indo parar em aterros e lixões, onde não há garantias de que o material se biodegrade 100%. E pior, normalmente as condições dos lixões e aterros fazem com que a degradação seja anaeróbia, ou seja, com baixa concentração de oxigênio, fazendo com que haja liberação de gás metano, um dos gases mais problemáticos para o desequilíbrio do efeito estufa.

Outra inviabilidade é que o custo de produção de embalagem biodegradável de PLA ainda é elevado, o que torna o produto um pouco mais caro que os convencionais.

E as normas brasileira, européia e estadunidense permitem a mistura do PLA com outros plásticos não biodegradáveis para melhorar suas características e, ainda assim, se enquadrarem como biodegradáveis.


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