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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ninguém é perfeito e a Apple pode provar isto


Conheça os 5 maiores fiascos da Apple em 2012

Mapas com bugs no iOS 6, demissão de executivo veterano, e chegada de novo iPad sete meses após o anterior foram alguns dos pontos negativos da empresa no ano.

Tom Kaneshige, CIO/EUA

Assim como o preço das suas ações, a Apple teve um ano cheio de altos e baixos. Apresar de grandes eventos como os lançamentos do iPhone 5 e do iPad mini, a empresa de Cupertino também enfrentou alguns percalços durante a temporada que termina daqui cerca de 30 dias.

Confira abaixo os cinco maiores fiascos da Apple neste ano.

Os mapas perdidos do iOS 6

A polêmica em torno do aplicativo Maps da Apple levou o CEO Tim Cook a publicar um pedido de desculpas público e até sugerir serviços de rivais como Microsoft, Google e Nokia – duas atitudes raras em se tratando de Apple. 

Não é para menos. O app é realmente ruim, e causou indignação entre usuários por indicar direções erradas e imagens com defeito, além de não trazer recursos essenciais, como rotas de transporte públicos. Por isso, os Apple Maps viraram “a piada” por algumas semanas, ganhando um Tumblr específico e sendo até tema de piadas em programas da TV nos EUA.

O app de mapas do iOS 6 é o maior fiasco da Apple neste por várias razões. A principal é que o Maps é um dos aplicativos mais importantes no iPhone para um grande número de usuários. Você não pode simplesmente receber informações erradas dessa maneira.

Além disso, a decisão de abandonar o Google Maps em troca do novo aplicativo cheio de bugs pareceu algo mesquinho. Ainda mais para uma empresa que sempre teve como mantra colocar a experiência do usuário acima de tudo.

A chegada desse app, apenas um ano após a morte de Jobs, não é um bom cartão de boas-vindas para as pessoas no comando da empresa.

Novo iPad não é mais tão novo assim

Sempre que a Apple lançava uma nova versão do iPad no passado, havia duas coisas certas: a equipe de marketing da empresa tinha feito seu trabalho fazendo o hype crescer cada vez mais, e a própria Apple atendia às expectativas com um novo recurso que impressionava o público.

O iPad original praticamente criou o mercado de tablets – que ainda lidera. O segundo modelo era mais rápido, leve e tinha uma câmera frontal. Já a terceira geração trouxe um grande avanço em termos gráficos, além da Tela Retina.

Há cerca de um mês, a Apple anunciou a quarta geração do iPad. Você talvez nem tenha ouvido falar sobre ele; o novo tablet foi uma “nota de rodapé” durante o anúncio do iPad mini, no mesmo evento.

Não há nada de realmente novo no iPad de quarta geração, além de um processador mais rápido e o conector Lightning. A Apple chama essa versão de “o iPad com Tela Retina”, mas foi o modelo anterior que marcou a chegada da tela de altíssima resolução.

Pior ainda, o iPad de terceira geração, que a Apple chamava de “o novo iPad”, foi lançado há apenas sete meses. Obviamente que muitas pessoas ficaram irritadas com isso. Assim como no caso do app Maps do iOS 6, a Apple esqueceu os usuários do iPad de terceira geração.

Demissão de Scott Forstall

No final de outubro, a Apple anunciou a demissão do protegido de Steve Jobs, Scott Forstall, apontado como um dos responsáveis pelo fiasco do app Maps, e dividiu suas tarefas entre outros executivos. Cook disse que as mudanças de gerenciamento (leia-se a demissão de Forstall) vai “encorajar ainda mais colaboração”. Assim como Jobs, Forstall é apaixonado por produtos e, segundo relatos, difícil de trabalhar. Ele teria se recusado várias vezes a pedir desculpas pelos problemas do Apple Maps. 

A demissão de Forstall, que estava na empresa há cerca de 15 anos, sinaliza um novo tipo de Apple pós-Jobs, liderada por um guru de cadeias de fornecimento (Cook) que acredita em colaboração. Será que a Apple está ficando “mole”?

Lightning "matou" os acessórios iOS

Quando a Apple apresentou um novo conector para o iPhone 5 e a quarta geração do iPad, chamado Lightning (que substitui o antigo dock de 30 pinos), os consumidores que possuem diversos acessórios de aparelhos iOS respiraram fundo. Companhias como hoteis que equiparam quartos com esses acessórios respiraram ainda mais fundo. (Sim, há uma solução que não foi aceita numa boa por todos os usuários: adaptadores na faixa de 30 e 40 dólares nos EUA).

Esse é o mundo da Apple, em que a empresa controla o hardware e o software dos seus produtos. Enquanto isso, os fabricantes de acessórios iOS, como dock stations, comemoraram: “os consumidores antigos voltaram a ser novos!”.

A queda do iMessage e do FaceTime

Neste mês, os serviços iMeessage e FaceTime inesperedamente pararam de funcionar – foram duas vezes em quatro dias. Claro, quedas acontecem (basta perguntar para a RIM). Mas uma das mensagens mais conhecidas de marketing da Apple sempre foi “Simplesmente funciona” (“It just works”). Bom, não dessa vez. Apesar de a queda em si não ser algo importante, a mensagem subliminar é o fiasco real: a Apple está se tornando apenas mais uma empresa de tecnologia.


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