Pesquisadores do IFCE desenvolvem ferramenta capaz de traduzir em tempo real documentos físicos e virtuais para o método braille.
Não é de hoje que a tecnologia é utilizada como ferramenta de inclusão social. Dessa vez, pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) desenvolveram um dispositivo capaz de traduzir em tempo real documentos físicos e virtuais para o braille, tradicional sistema de leitura tátil, utilizado por deficientes visuais.
O “Projeto PORTÁCTIL – Dispositivo portátil óptico-mecânico de tradução Braille” consiste em um kit, que tem como objetivo o incremento da inclusão educacional e produtiva dos deficientes visuais, eliminando do dia a dia dessas pessoas obstáculos que impedem o uso massivo de meios de informação, conhecimento e comunicação.
O kit é composto por um mouse braille e um tablet, baseado no sistema Android, que permite aos usuários redigir e criar seu próprio conteúdo, com recursos acessíveis para leitura e escrita.
Ele também possibilita o acesso a diversos materiais físicos, como cardápios, materiais pedagógicos, documentos públicos, jornais, revistas, integrando equipamentos distintos de eletrônica, como câmeras de vídeo, a subsistemas inovadores, como microsensores elétricos para impressão em braille.
O funcionamento desse sistema não é complicado: O mouse contém um leitor óptico na parte inferior, que funciona como um digitalizador do conteúdo escrito. Na parte de cima, há pinos em alto relevo, que permitem a leitura táctil. O conteúdo do tablet é enviado para o mouse, por meio de conexão Bluetooth. O kit também permite a reprodução em áudio do conteúdo traduzido, mais uma opção de leitura.
Arquivos físicos, como páginas de jornais e revistas, por exemplo, também podem ser lidos. O usuário deve fotografar o documento com seu tablet, que enviará automaticamente a fotografia captada para o software específico do PORTÁCTIL, que irá transformar aquela fotografia em um arquivo de leitura tátil que será exposta no mouse braille.
A vice-presidente do Instituto dos Cegos da Paraíba, Ana Lúcia Leite, comentou a importância da tecnologia para o dia a dia do deficiente visual. “Para o cego é uma notícia fantástica. As pesquisas em benefício da inclusão social ainda são muito pequenas. Precisamos que esse dispositivo seja produzido em grande escala e que o deficiente visual tenha acesso a ele. Não adianta criar um dispositivo que tenha alto custo, pois nem todo deficiente poderá usá-lo. Acredito que o mundo da tecnologia surgiu para ajudar a vida dos deficientes visuais, só é necessário maior investimento público nessa área”, comentou.
Heyde Leão, colaborador da equipe desenvolvedora do dispositivo, comentou a ideia de investir em um projeto deste tipo.
“Pensamos em lançar todo um 'ecossistema' de soluções para o deficiente visual. Queremos que essas pessoas tenham acesso irrestrito às informações, da maneira que ela julgar melhor”, comentou.
Nesta primeira fase do projeto, o sistema necessita da atuação conjunta entre mouse e tablet, integrados por um software. Em uma segunda fase, o mouse funcionará em qualquer computador, pois vai interagir com outros sistemas operacionais, como IOS e Windows, sem a necessidade de instalação do software.
No total, já foram encomendados 200 kits, que serão utilizados por alunos deficientes visuais matriculados na rede de ensino cearense. A princípio, o dispositivo será utilizado para fins educacionais, mas a ideia é ampliar a tecnologia, transformando o dispositivo em ferramenta de trabalho das pessoas e expandindo para outros estados, a exemplo da Paraíba.
O “Projeto PORTÁCTIL” contou com investimentos de R$ 180 mil não reembolsáveis, do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci), do Banco do Nordeste. O projeto teve a coordenação do professor Anaxágoras Girão, especialista em Sistemas Embarcados e apoio de professores do campus de Fortaleza, do Instituto Federal do Ceará e da empresa incubada AED Tecnologia. (Especial Pesquisadores de IFCE desenvolvem ferramenta capaz de traduzir em tempo real documentos físicos e virtuais para o método braille.
Não é de hoje que a tecnologia é utilizada como ferramenta de inclusão social. Dessa vez, pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) desenvolveram um dispositivo capaz de traduzir em tempo real documentos físicos e virtuais para o braille, tradicional sistema de leitura tátil, utilizado por deficientes visuais.
O “Projeto PORTÁCTIL – Dispositivo portátil óptico-mecânico de tradução Braille” consiste em um kit, que tem como objetivo o incremento da inclusão educacional e produtiva dos deficientes visuais, eliminando do dia a dia dessas pessoas obstáculos que impedem o uso massivo de meios de informação, conhecimento e comunicação.
O kit é composto por um mouse braille e um tablet, baseado no sistema Android, que permite aos usuários redigir e criar seu próprio conteúdo, com recursos acessíveis para leitura e escrita.
Ele também possibilita o acesso a diversos materiais físicos, como cardápios, materiais pedagógicos, documentos públicos, jornais, revistas, integrando equipamentos distintos de eletrônica, como câmeras de vídeo, a subsistemas inovadores, como microsensores elétricos para impressão em braille.
O funcionamento desse sistema não é complicado: O mouse contém um leitor óptico na parte inferior, que funciona como um digitalizador do conteúdo escrito. Na parte de cima, há pinos em alto relevo, que permitem a leitura táctil. O conteúdo do tablet é enviado para o mouse, por meio de conexão Bluetooth. O kit também permite a reprodução em áudio do conteúdo traduzido, mais uma opção de leitura.
Arquivos físicos, como páginas de jornais e revistas, por exemplo, também podem ser lidos. O usuário deve fotografar o documento com seu tablet, que enviará automaticamente a fotografia captada para o software específico do PORTÁCTIL, que irá transformar aquela fotografia em um arquivo de leitura tátil que será exposta no mouse braille.
A vice-presidente do Instituto dos Cegos da Paraíba, Ana Lúcia Leite, comentou a importância da tecnologia para o dia a dia do deficiente visual. “Para o cego é uma notícia fantástica. As pesquisas em benefício da inclusão social ainda são muito pequenas. Precisamos que esse dispositivo seja produzido em grande escala e que o deficiente visual tenha acesso a ele. Não adianta criar um dispositivo que tenha alto custo, pois nem todo deficiente poderá usá-lo. Acredito que o mundo da tecnologia surgiu para ajudar a vida dos deficientes visuais, só é necessário maior investimento público nessa área”, comentou.
Heyde Leão, colaborador da equipe desenvolvedora do dispositivo, comentou a ideia de investir em um projeto deste tipo.
Fonte: Jornal da Paraíba e FUNAD
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