Quando pensamos na ação voluntária, associamos imediatamente à ideia de alguém numa situação superior que vai de encontro ao inferior, ao carente, ao necessitado de ajuda. E é normal que pensemos assim.
No episódio das torres gêmeas, em Nova Iorque, por exemplo, assistimos muitas pessoas auxiliando os bombeiros a tentar achar sobreviventes entre os destroços e mesmo a limpar a área atingida.
Uma imagem que nos faz pensar no que foi dito acima: pessoas que estão livre do problema em questão ajudando os que se encontram em situação difícil.
Mas acontece que o ato do voluntariado é algo bem mais profundo e sensível.
Estendermos as mãos ao próximo, ao semelhante, é um ato que exige primeiro coragem, ou seja, disposição em se comprometer, em doar seu tempo ou seu talento, segundo generosidade, que também pode ser entendida como real solidariedade, aquela que não espera nada em troca, e terceiro que enfrentemos nossa própria fraqueza.
E estar diante da própria fraqueza é admitir que, ao ajudar, queremos nos sentir melhores, curar nossas próprias feridas, superar nossas próprias limitações.
O ato voluntário, por isso, é antes de tudo - ou deve ser antes de tudo - um ato impensado, mas não impensado no sentido de não refletir (ao contrário! Exige de nós muita reflexão e equilíbrio interior), mas impensado no sentido de se lançar.
De se jogar de peito aberto.
Como quem diante de uma grande onda, ao invés de recuar, mergulha.
Fonte: www.ibge.gov.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.