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terça-feira, 19 de julho de 2016

19 de Julho - Dia da Caridade

Madre Tereza de Calcutá

O que é a caridade?

No versículo 3 do capítulo 13 da primeira Epístola aos Coríntios, o grande São Paulo diz

“Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!”.
Isto quer dizer que mesmo na distribuição de todos os meus bens em sustento dos pobres… pode não existir caridade?
Resposta
São Mateus narra que um doutor da lei, a mando dos fariseus para tentá-lo, perguntou a Jesus: “Mestre, qual é o grande mandamento da lei? Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu espírito.
Este é o máximo e primeiro mandamento.
E o segundo é semelhante a este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas” (Mt 22, 36-40).
Como, pois, São Paulo parece separar uma forma de caridade (amor de Deus) da outra (amor do próximo)? A exaltação da caridade, que se encontra no referido capítulo 13 da primeira Epístola aos Coríntios, é considerada uma das mais belas páginas da Sagrada Escritura, não só por seu conteúdo, como também por sua forma literária.
Ao falar da caridade, São Paulo multiplica os contrastes para levar seus ouvintes aos mais altos páramos possíveis do amor de Deus, nesta Terra.
Interpretam alguns comentaristas que ele evoca essa situação para mostrar quanto o amor de Deus é superior ao amor ao próximo.
Isto para mostrar que de nada valeria praticar os mais insignes atos de desprendimento de si mesmo e de amor ao próximo, sem possuir amor de Deus!
Segundo essa interpretação, a separação entre o amor ao próximo e o amor de Deus é um recurso oratório que São Paulo utiliza para mostrar aos destinatários de sua carta quanto devem crescer no amor de Deus para que cresça ao mesmo tempo seu verdadeiro amor ao próximo.
Assim dizem alguns comentaristas.
Este caso nos mostra como é uma utopia pretender que cada fiel chegará sozinho a interpretar adequadamente a Sagrada Escritura sem a ajuda dos estudiosos, que se dedicam a estudá-la e analisá-la, em conformidade com os Santos Padres e Doutores da Igreja, para explicar as incontáveis passagens que estão acima da compreensão dos simples fiéis.
Daí o fenomenal equívoco de Lutero, de declarar que cada indivíduo está em condições de interpretar, por si mesmo, a palavra de Deus constante das Sagradas Escrituras.
Isso nos leva a entender também quão sábia é a Igreja em formar longamente os pregadores.

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