Há 11 anos, na Conferência Educação para Todos, na Tailândia, a Unesco se comprometia a diminuir os índices mundiais de analfabetismo. Hoje, apesar de a situação ter melhorado, cerca de 25% de adultos e jovens dos países em desenvolvimento e pobres ainda são analfabetos, o que corresponde a cerca de 900 milhões de pessoas.
Entre as causas que dificultaram e dificultam a erradicação do analfabetismo mundial está o fato de que em alguns países da África do sub-Saara e Sul da Ásia, por exemplo, apresentaram alto crescimento das taxas demográficas, além de guerras e conflitos, que obrigaram a um aperto orçamentário, levando a uma queda do gasto per-capita com educação. Além disso, embora os governos dos países em desenvolvimento invistam a maioria dos recursos da educação no ciclo básico (escola primária), os resultados não têm se mostrado satisfatórios. Nos países pobres, a situação é ainda pior.
No entanto, é preciso deixar claro que só a limitação orçamentária não pode ser aceita como a única explicação para o problema do analfabetismo nos países pobres e em desenvolvimento. O trabalho de alfabetização ainda se mantém no fundo da escala de orçamentos tanto de agências nacionais quanto de doadores multilaterais.
Como se pode perceber, a situação não é nada boa, mas já esteve pior. Segundo dados da Unesco e ONU, em 1950, o índice de analfabetismo na África era de 84%, na Ásia de 63% e na América Latina e no Caribe de 42%. Dados de 2000 indicam que esses índices caíram respectivamente para 39%, 25% e 12%.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, o índice de analfabetismo no Brasil caiu de 17,2% em 1992 para 13,3% em 1999. , conforme dados do IBGE da Síntese de Indicadores Sociais 2000. Apesar da queda, o índice brasileiro ainda pode ser considerado muito alto, uma vez que o número de adultos analfabetos no país, ao fim da década de 90, ficou acima dos 15 milhões.
Definição – Nos países mais desenvolvidos, os critérios para se definir um indivíduo como alfabetizado tornaram-se mais exigentes a partir de da década de 90. Mas no geral, uma pessoa é considerada alfabetizada se souber assinar o próprio nome, ler e escrever pelo seu próprio pensamento e compreender leituras compatíveis à terceira série primária.
Fonte: Usp ; Vestibular 1
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