Quem não tem, quer ter ou terá. É assim que se pode resumir o consumo de smartphones nos dias de hoje. Segundo a Anatel - Agencia Nacional de Telecomunicações - o Brasil registrou em abril desse ano 283,52 milhões de linhas móveis ativas, em dezembro de 2012 esse número era aproximadamente 260 milhões.
O celular deixou de ser usado somente para ligações. Muita gente usa o aparelho como despertador, agenda de compromissos, e principalmente para acessar a internet e utilizar os diversos aplicativos, que aumentam a cada dia. Com isso, fica praticamente impossível se separar do aparelho, até mesmo na hora de dormir, o que gerou uma série de discussões: dormir com o celular perto faz mal?
Segundo Vinicius Miana, engenheiro elétrico e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, o celular funciona através de ondas eletromagnéticas que a todo momento são emitidas e recebidas. “Os aparelhos transmitem ondas eletromagnéticas o tempo todo para procurar o sinal e é isso que possibilita o aparelho receber chamadas e mensagens. Porém, é durante as chamadas que elas são emitidas com maior potência”, diz o professor. Mesmo quando não está em uso, o celular continua buscando sinal e emitindo essas ondas, mas isso não significa que provoquem algo no corpo.
“As ondas emitidas pelo celular são muito fracas, são as chamadas ondas não- ionizantes, e por isso não alteram o funcionamento do corpo. As ondas eletromagnéticas que comprovadamente podem causar o câncer são as ondas ionizantes presentes no raio-x, nos raios UV e nos raios gama (produzidos por elementos radioativos)”, afirma Vinicius.
Melhor afastar
Mas nem todos os pesquisadores estão de acordo com o professor. Um trabalho realizado em 2014 por cientistas da Universidade de Exeter, no Reino Unido, apontou que o armazenamento do celular nos bolsos da calça pode afetar a fertilidade masculina. A pesquisa indicou que as ondas emitidas pelos aparelhos e o calor produzido no local alteram a capacidade de movimentação do espermatozoide, e consequentemente alteram sua fertilidade.
O psiquiatra Dan Siegel, professor da Universidade da Califórnia, afirmou recentemente que conferir o smartphone antes de dormir prejudica o sono. “Ao entrar em contato com a luz emitida pela tela do celular, nosso cérebro entende que não é hora de dormir e não libera melatonina (o hormônio do sono)”, afirmou. Nenhum estudo comprovou ainda, mas especialistas não aconselham dormir ao lado do celular, já que as ondas ficam sendo emitidas ao longo da noite. O ideal seria colocar o aparelho a um metro de distância. Melhor prevenir, certo?
Fonte: http://www.pesproalto.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.