Nicolau realmente existiu e foi um bispo em Mira, atual Turquia. As histórias que falam sobre ele dão conta de sua bondade e generosidade. Duas delas eu conto aqui para explicar a doçura do dia 6 de dezembro.
A primeira fala do que Nicolau fez quando soube que em uma cidade no ocidente as pessoas estavam passando fome. Ele reuniu nozes, maçãs, frutas secas e grãos de trigo. Para ajudar, as mulheres da cidade fizeram pães de mel. Encheram um navio e mandaram para a tal cidade. A embarcação demorou muito para chegar e aportou no seu destino apenas à noite, quando todos dormiam. Então os tripulantes dividiram os alimentos e deixaram nas portas das casas. Depois foram embora.
Outra história conta que um viúvo tinha três filhas e estava passando por grandes necessidades. Seu sofrimento era saber que não tinha dote e que não poderia casar as meninas. São Nicolau, então, juntou um saquinho de moedas de ouro e jogou à noite pela janela. O saquinho foi cair dentro de um sapato e o viúvo conseguiu casar a primeira filha. A história se repetiu mais duas vezes e todas foram casadas, graças aos presentes dos sapatinhos.
Dessas duas lendas vem o sapatinho na janela - sim, aquele da musica. Do dia 5 para o dia 6 as crianças deixam sapatinhos na porta e as que foram bem comportadas ganham pacotinhos do São Nicolau, com nozes, pão de mel, frutas secas... E por onde ele passa deixa estrelinhas para iluminar o caminho.
Desde o tempo da minha vó, muita coisa mudou. Dia 24 o Bom Velhinho visita a nossa casa e entrega os presentes em mãos, a ceia é beliscada à medida em que fica pronta, passamos do tempo de desmontar o presépio e esse ano teremos a mudança mais triste de todas: a ausência da minha vó na mesa. Mas o dia 6 de dezembro continuará a ter gostinho de pão de mel.
Fonte: http://ipco.org.br/
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