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domingo, 6 de abril de 2014

Ouvindo o Silêncio


Você já parou para ouvir o silêncio? Até perece gracejo, mas ouvir o silêncio é uma necessidade, quando praticamos estamos visitando nosso mundo interior.

Na cultura em que vivemos fica difícil imaginarmos o silêncio, parece impossível abandonar o barulho, a agitação na qual vivenciamos. O silêncio não é apenas a inexistência do ruído, o silêncio, está em nós, na nossa consciência, ou seja, é uma ação de julgamentos de atos realizados ou a serem realizados, é o senso de responsabilidade e de como percebemos as coisas.

O silêncio de certa maneira é assustador, é você está mais próximo de si, é, a alma em sintonia mais “aberta”, ficando audível ao silêncio.

E o que necessariamente é o silêncio? Podemos responder de duas maneiras. Temos o silêncio externo, o que conhecemos como ausência de ruídos e o silêncio interno, são as atitudes onde governamos a nós mesmo de maneira onde ficamos integrado e completo com nossas ações e pensamentos.

O filosofo Krishnamurti coloca na prática do silêncio interno a ação do homem como fonte de luz própria. Se estivermos nos escutando, rejeitando toda a estrutura da sociedade, dos prazeres, dos conflitos, estamos sós, ou seja, silenciosamente consigo.

Segundo os pensamentos do mesmo filosofo, se você está em silêncio, pode falar de dentro deste silêncio, embora para dialogar neste silêncio seja preciso começar a viver experiências e tomar conhecimento dos pensamentos mais internos, deixando-o levar a conflitos e explosões.

A importância da prática do silêncio interno possibilita o desenvolvimento de pensamentos, reflexões e consequentemente, ideias. A grosso modo, o silêncio interno seria um projeto para a construção de comportamentos mais maduros. Vale a pena ouvir este silêncio.

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