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sábado, 10 de maio de 2014

10 de Maio - Dia Mundial do Lúpus

LÚPUS: DOENÇA INFLAMATÓRIA CRÔNICA DE ORIGEM AUTOIMUNE
Por Higia Faetusa

O Lúpus é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, ou seja, o sistema imunológico, responsável pela produção de anticorpos (defesa) e organização dos mecanismos de inflamação, ataca o próprio organismo.
São reconhecidos dois tipos principais de lúpus: o cutâneo ou discoide, que se manifesta apenas com manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas, daí o nome lúpus eritematoso), principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas, colo e nos braços); e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos.
Os sintomas podem surgir isoladamente, ou em conjunto, as manifestações mais comuns são fadiga, febre, emagrecimento, perda de apetite, sensibilidade ao sol (fotossensibilidade), inflamações na pele, articulações (dores e inchaços nas juntas), rins, nervos, cérebro e membranas que recobrem o pulmão (pleura) e o coração (pericárdio). Algumas vezes apresentam linfonodos aumentados (gânglios/ ínguas). Esses sintomas podem ocorrer ao mesmo tempo ou de forma sequencial.
O diagnóstico depende do reconhecimento pelo médico de um ou mais sintomas, pois não existe um exame 100% específico para a detecção do lúpus eritematoso sistêmico (LES). O exame chamado FAN (fator ou anticorpo antinuclear), principalmente com títulos elevados, em uma pessoa com sinais e sintomas característicos de LES, permite um diagnóstico mais certo. Outros testes laboratoriais como os anticorpos anti-Sm e anti-DNA são muito específicos, mas ocorrem em apenas 40% e 50% das pessoas com LES. Ao mesmo tempo, alguns exames de sangue e/ou de urina podem ser solicitados para auxiliar não no diagnóstico do LES, mas para identificar se há ou não sinais de atividade da doença.
O tratamento deve ser individualizado, conforme o tipo de manifestação apresentada e inclui medicamentos para regular as alterações imunológicas do LES e para regular outras que a pessoa apresente em consequência da inflamação causada pelo LES, como hipertensão, inchaço nas pernas, febre, dor etc. Os medicamentos que agem na modulação do sistema imunológico no LES incluem os corticoides (cortisona), os antimaláricos e os imunossupressores, em especial a azatioprina, ciclofosfamida e micofenolato de mofetil, além do uso dos fotoprotetores que devem ser aplicados diariamente em todas as áreas expostas à claridade.
O acompanhamento médico constante e a disciplina do paciente quanto ao uso da medicação prescrita devem ser considerados como primordiais no tratamento do lúpus. Quanto ao tempo de duração do tratamento não há como ser estipulado, pois o LES, ou apenas lúpus, é uma doença crônica, assim como são a hipertensão, diabetes, várias doenças intestinais, alergias e outras doenças reumatológicas.
Como o lúpus intercala fases ativa e de remissão (não ativa da doença), a pessoa com lúpus deve ter cuidados especiais com a saúde. Inclusas atenção com alimentação, higiene (diminuição do risco de infecções), evitar estresse, uso de anticoncepcional a base de estrogênio, cigarro, além de manter uma atividade física, preferencialmente aeróbia, para o controle da pressão, da glicose no sangue, e da qualidade dos ossos.
Fonte: lupus.org.br

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