Moura Ramos Indústria Gráfica: livros, revistas, embalagens, sacolas, agendas e impressos em geral.: Fotorrealismo – Usar ou não usar, eis a questão.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Fotorrealismo – Usar ou não usar, eis a questão.

Muito se fala sobre o fotorrealismo, mas será que ele deve ser usado sempre? Existem situações onde ele não é bem vindo? Vamos ver nesta matéria!

O Fotorrealismo não deve ser usado para tudo, apenas quando necessário, no lugar certo, no momento certo, na campanha certa. mas você sabe quando?

Um pouco sobre o Fotorrealismo

A técnica de fotorrealismo consiste basicamente em reproduzir em computação gráfica um elemento da forma mais convincente possível, de forma que possa enganar nossos cérebros a ponto de não sabermos se é uma foto ou imagem trabalhada em softwares 3D.
Durante anos os artistas digitais se esforçam em atingir este objetivo e sempre ficamos limitados aos processadores, simulações de iluminação e limitações técnicas que antes só estavam disponíveis aos grandes estúdios de cinema. Mas atualmente, depois de longa espera, toda esta tecnologia está ao nosso alcance. Hoje podemos fazer tudo que achávamos impossível em casa.
Temos nos filmes atores sendo substituídos por computação gráfica e monstros inconcebíveis contracenando com atores de verdade e de forma muito real, mas o melhor uso da computação gráfica está nos momentos em que você não percebe em que ela está sendo usada, como é o caso do filme O Grande Gatsby.



Mas então, depois de finalmente chegarmos ao ápice do realismo, porque devemos voltar atrás?

É uma questão de Estilo

Aqui vou tocar em um ponto delicado, talvez uma comparação delicada e polêmica, mas nós designers, que trabalhamos em computação gráfica, seja Photoshop seja 3D Max, Maya ou qualquer outros software, também somos artistas assim como grandes pintores em suas épocas. Somos imaginativos, criativos, conhecemos profundamente nossas ferramentas de trabalho e somos capazes de resolver os problemas entregues a nós.
Então aqui eu digo, usar o fotorrealismo ou não é uma questão de estilo, é a visão do artista que vai determinar o sucesso de determinada obra.
Será que Picasso seria o que foi se tivesse ficado na Fase Azul ao invés de se aventurar no Cubismo?
Obras de Picasso da Fase Azul ao Cubismo
Obras de Picasso da Fase Azul ao Cubismo

As crianças

Sim, não podemos esquecer das crianças, quando vamos desenvolver uma nova arte, precisamos saber qual público precisamos atingir e no caso de crianças do que adiante ter uma arte totalmente realista e sóbria? Criança quer o colorido, o diferente, a fantasia. Se ela quiser realidade é só olhar em volta.Imagens e Personagens infantis, muitas cores, fantasia e sem preocupação com realismo.
Imagens e Personagens infantis, muitas cores, fantasia e sem preocupação com realismo.

Os adolescentes

Porque não? Também precisamos saber se eles fazem parte do público que precisamos atingir. As histórias em quadrinhos e os super heróis seriam a mesma coisa se fossem realistas, não só no traço, mas também nas histórias? Que graça teria acompanhar a história de Gothan City tendo o crime exterminado só por policiais, sem um maluco milionário vestido de morcego? Ou mesmo sem os super vilóes? Só bandidos normais, sem risadas macabras e planos mirabolantes? Se o adolescente quiser ver polícia correndo atrás de ladrão é só assistir ao Datena.
Histórias em quadrinhos, arte pensada em adolescentes, ainda abstraindo o realismo.
Histórias em quadrinhos, arte pensada em adolescentes, ainda abstraindo o realismo.
Deixo aqui mais uma questão: será que os filmes da Pixar teriam a mesma graça se fossem com atores reais?
Filmes da Pixar, certamente não teriam a mesma graça se fossem com atores.
Filmes da Pixar, certamente não teriam a mesma graça se fossem com atores.
É por isso que precisamos sempre escolher bem qual caminho seguir antes de iniciar um novo Job, quais públicos precisamos atingir, o que o mercado envolta daquele Job oferece e se teremos a opção de revolucionar a arte.

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