A época da descoberta do vidro não está ainda bem determinada, havendo a este respeito opiniões contraditórias. Porém, todos concordam em atribuir-lhe uma grande antiguidade, ainda que mais ou menos remota.
Não são conhecidos dados precisos sobre a sua origem e apenas se pôde chegar à conclusão de que, depois da descoberta de objetos de vidro nas necrópoles egípcias, ele deveria ter sido conhecido 3000 anos a.C.
Parece que Tebas foi o verdadeiro berço da indústria vidreira egípcia. Os egípcios são, por isso, os povos que, antes de quaisquer outros, cultivaram em tempos remotos a arte da vidraria e a elevaram a um alto grau de esplendor.
Desde o ano 1550 a.C, até ao começo da era cristã, o Egito conservou o primeiro lugar na indústria do vidro, que foi gradualmente centralizada em Alexandria, de onde se diz que os mercadores fenícios a levaram a todos os mercados do Mediterrâneo.
Diz-se que esta indústria se estabeleceu em Roma no tempo de Tibério, aperfeiçoando-se e suplantando, desde logo, a indústria egípcia.
Sem dúvida, os Romanos aprenderam, pelas suas relações com o Egito, esta arte e se tornaram exímios nela, chegando a conhecer os mais adiantados processos de lapidagem, pintura, colorido, gravura e mesmo a moldagem do vidro assoprado.
Os Romanos espalharam a indústria do vidro por todos os países que conquistaram.
Quando se deu a invasão dos bárbaros, esta indústria esteve em risco de desaparecer; e teria mesmo desaparecido, se não fora a previdência do imperador Constantino Magno.
Este, ao mudar a capital para Bizâncio, hoje Constantinopla, levou no seu séquito exímios artistas do vidro.
Assim, começou desde logo o Oriente a ter o monopólio deste comércio, devido principalmente à proteção que Teodósio II dispensou aos seus fabricantes, isentando-os de diferentes impostos e dando-lhes outros benefícios de alto valor social e comercial.
Consta que os Romanos, quando invadiram o Egito, no tempo de Júlio César, estabeleceram como imposto de guerra o fornecimento de artefatos de vidraria, tal era a importância que davam a estes produtos.
As mais importantes personagens alemãs dos séculos XVII e XVIII, que nesta arte se salientaram, foram os vidreiros: Scaper, Benchat, Keyell e o quimico Kunkel.
Logo a seguir à Alemanha, distinguiu-se a Checoslováquia (uma vez insta lada a indústria na Boémia), onde se iniciou o fabrico do vidro e cristal gravado e lapidado, cuja descoberta se deve a Gaspar Lehman, a quem o imperador Rodolfo II concedeu o título de Gravador Real ou da Corte.
Na França, a indústria existia já do tempo em que os Romanos conquis taram as Gáleas; mas, a partir do séc. XIII, tornou-se notável.
E, nos finais do séc. XVIII, especialmente com as iniciativas de Colbert, a indústria vidreira fixou-se ali e prosperou.
Fonte: Terravista
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