Bruce Lee é um dos maiores ídolos das artes marciais de todos os tempos e pronto! Criador do estilo Jeet Kune Do, Lee juntou várias técnicas de artes marciais e foi responsável por divulgar e aumentar o interesse em artes marciais no mundo ocidental, graças a seus filmes, como por exemplo, The Big Boss, Fist of Fury, Way of the Dragon e Game of Death.
Infelizmente, Lee faleceu com apenas 32 anos, em 1973. Entretanto, mesmo após 40 anos de sua morte, continua a ser influência e referência, graças à sua filofosia de vida e disciplina.
Há poucas semanas do 40º aniversário de sua morte, Lee, ou a sua versão em CGI, retorna para um tributo (ou melhor, comercial) da Johnnie Walker, veiculado na China.
A ação da marca causou frisson, porém por questões negativas.
Muitos julgaram o comercial de mau gosto, uma vez que Lee não ingeria álcool, e o fato de Lee estar falando em mandarim, idioma não dominado por ele. Não apenas isso, Lee defendia para “sempre sermos nós mesmos, temos que ter fé em nós mesmos, não olhar para alguém de sucesso e tentar duplicar isso”. E esse comercial, bem, é exatamente o oposto.
Enquanto a filha de Lee, Shannon Lee, que administra os direitos de uso de imagem do pai, explica que se trata de um tributo e não um comercial, os segundos finais do filme dizem o contrário.
Será que a Johnnie Walker foi longe demais? Replicar a voz, feições e características físicas de uma pessoa já falecida, disseminando e associando-a com uma marca, seria algo de extremo mau gosto ou este limite não existe na nossa sociedade atual, totalmente voltada para o consumo?
De qualquer maneira, em termos técnicos, é no mínimo fantástico que algo assim possa ser feito. “A equipe usou fotos do Bruce Lee como referência, e centenas de modelos de cabeças do Bruce foram criadas com cada característica meticulosamente modelada para obter nuances e expressões faciais completamente corretas. O que cada um queria alcançar era um desempenho perfeito, tão convincente que, quando você assistisse o Bruce, você pudesse ver suas emoções reais e acreditar que está assistindo o verdadeiro Bruce Lee, não um modelo, nem pixels ou wireframes, e por isso foi tão importante criar animações feitas manualmente. O desafio e nível de detalhamento envolvidos nesse projeto são coisas que todos nós estamos imensamente orgulhosos”, explicou Andy Dill, diretor de arte 2D do projeto, encabeçado pela BBH China.
Joseph Kahn, diretor do filme, comenta “O produto final é algo verdadeiramente belo, e seus talentos brilham através dele. Acho que levamos a geração de imagem humana por computação gráfica a um nível totalmente novo e é esse novo nível que todos vão procurar agora.”
Sou fã do Bruce e ainda estou em cima do muro, mas entendo aqueles que se ofenderam. Talvez se o projeto tivesse sido feito por uma marca de esportes, e não bebidas, o resultado seria menos controverso… De qualquer maneira, não podemos negar a força das palavras ditas pelo Brucee Lee virtual. Só me pergunto se ele estivesse vivo, concordaria com esta ação de marca e se diria estas palavras.
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