HISTÓRIA DO VOLEIBOL
Em 1895 o basquete era o esporte da moda nos Estados Unidos. Em apenas quatro anos, o jogo criado por James Naismith alcançara grande popularidade, especialmente no nordeste do país. Na pequena Holyoke, no Estado de Massachusetts, bola ao cesto também fazia muito sucesso entre os sócios da ACM, a Associação Cristã de Moços.
Os jogadores de mais idade, porém, reclamavam do novo esporte, que exigia um demasiado esforço físico e os levava à exaustão. Preocupado com queixas, o pastor Lawrence Rinder solicitou ao professor William G. Morgan, diretor do Departamento de Educação Física, a idealização de um jogo que atendesse às necessidades dos mais velhos. Assim, como atividade recreativa para os trabalhadores que freqüentavam a ACM no período noturno, nasceu o minnonette.
Inspirado no tênis e no handebol, Morgan colocou, no centro da quadra, uma rede a aproximadamente 1,90m de altura, sobre a qual a bola deveria ser enviada, por meio de toques com a mão, de um lado para o outro. Não havia limitações quanto ao número de jogadores, a nova modalidade despertava o espírito de equipe e proporcionava - sem provocar o cansaço do basquete - uma boa dose de exercícios a seus praticantes.
No início, houve alguma dificuldade para definir o tipo de bola que seria usado naquele novo esporte. A primeira experiência foi realizada com a bola de basquete, considerada pesada e de tamanho inadequado. Depois, passou-se a utilizar apenas a câmara daquela bola, que por ser leve e pouco veloz também não deu certo. Enfim, Morgan solicitou à A.G. Spalding & Brothers, empresa especializada em materiais esportivos, a confecção de uma bola que satisfizesse às exigências do jogo por ele criado. Após uma série de testes e pesquisas, o fabricante conseguiu conceber a nova bola que, conservando suas características básicas, é usada até os dias atuais.
As animadas partidas no ginásio de Holyoke, rapidamente, ganhavam mais e mais simpatizantes. Um ano depois da sua invenção, o minnonette foi apresentado no Congresso de Professores de Educação Física, na Universidade de Springfield. Duas equipes, com cinco jogadores de cada lado, encarregaram-se de fazer a demonstração.
Um verdadeiro sucesso, que imediatamente entusiasmou os congressistas. A bola mantida no ar em movimento, em uma espécie de voleio, sugeriu ao professor Halstead, de Springfield, a idéia de rebatizá-lo como volleyball.
A nova denominação pegou, e o volei começou a ser conhecido em todo o Estado de Massachusetts e em parte da região da Nova Inglaterra. Em 1900, o jogo já ultrapassava as fronteiras americanas e chegava ao Canadá. Divulgado pela ACM internacional, o volei foi conquistando outras praças. Cinco anos depois, já era jogado em Cuba e, logo em seguida, tornou-se conhecido em Porto Rico. Na América do Sul, chegou, em 1910, ao Peru. Dois anos depois, seria introduzido no Uruguai.
Em quadras brasileiras, a primeira partida de volei registrou-se no Colégio Marista de Pernambuco, no Recife, em 1915. Um ano mais tarde, o jogo fazia parte das atividades regulares da ACM em São Paulo. Na mesma época, os asiáticos e os europeus mantinham os contatos iniciais com o esporte idealizado por Morgan. Entre 1910 e 1913, Filipinas, China e Japão receberam as noções básicas do volei. Durante a Primeira Guerra Mundial, as tropas americanas mostraram na Europa o jogo que era comum em recreações e campeonatos entre militares. Em 1936, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Berlim, houve o primeiro passo com vistas à organização de uma federação internacional. Onze anos depois, em Paris, foi fundada a Fédération Internationale de Volley-Ball (FIVB), com 14 membros: Brasil, Bélgica, Egito, França, Holanda, Hungria, Itália, Polônia, Portugal, Romênia, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Estados Unidos e Uruguai.
Naquela altura, o volei já contava com milhões de praticantes espalhados pelos cinco continentes. O Campeonato Europeu de Roma, em 1948, foi a primeira competição a nível internacional e contou com a presença de seis seleções. Em 1949, na Tchecoslováquia, disputou-se o I Mundial masculino, dando a largada para uma série de torneios em todo o mundo. Enfim, firmou-se como esporte competitivo ao ser incluído entre modalidades olímpicas em 1964. Hoje, a FIVB tem cerca de 163 países filiados, quase 100 milhões de jogadores inscritos e pode ser considerado, em muitos aspectos, a maior federação esportiva do planeta. Algo que ao inventar seu despretensioso jogo, William G. Morgan não poderia sequer imaginar.
Os jogadores antigamente, sacavam fraco, não existia a violência que existe hoje, então, não havia a necessidade de pegar a bola de uma maneira mais complicada, de toque bastava.
CURIOSIDADE
Acredite se quiser - mas o voleibol nasceu na Alemanha. Nasceu, aliás, entre os militares que, no final do século passado, já sonhavam com a nação tedesca na liderança da Europa e do planeta. Originalmente, se tratava de um esporte de pontaria e de agilidade. Num espaço retangular, demarcado num areial ou num gramado, se levantava uma corda, em sentido horizontal, bem no meio da figura geométrica. Duas equipes, de dois até nove atletas, dependendo do tamanho do espaço, se dispunham em posições opostas, nos lados da corda.
Então, com alguma graça e a tentativa da precisão, os contendores cuidavam de atirar uma pelota, com os braços ou com os punhos, por cima da corda, na direção do campo inimigo. As regras permitiam duas batidas no chão. As pelejas não tinham tempo para terminar.
Na verdade, aliás, mais interessava o esforço físico, a procura da concentração do que o resultado final, um vencedor. A brincadeira ganho o nome de FAUSTBALL - no idioma germânico, FAUST significa punho. Apenas nos Estados Unidos, pórem, ela se transformou efetivamente numa modalidade de competição com William G. Morgan.
Fonte: www.geocities.com
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