A devoção à Nossa Senhora dos Navegantes teve início na Idade Média. Ao utilizar o Mar Mediterrâneo para chegar à Palestina, os cruzados invocavam a proteção de Maria, a Estrela do Mar.
A tradição teria chegado ao Brasil já na época do Descobrimento, através dos navegadores portugueses e espanhóis. O culto à Nossa Senhora disseminou-se entre os nativos, originando o surgimento de santuários nas regiões pesqueiras.
Em Porto Alegre, a santa foi eleita padroeira da cidade. Desde 1871 é realizada no Lado Guaíba uma procissão fluvial em sua homenagem. Esta tradição foi interrompida entre 1989 e 2000, em decorrência do naufrágio do barco Bateau Mouche, no Rio de Janeiro, quando o país inteiro se alertou para o perigo de passeios fluviais em embarcações sem equipamentos de segurança suficientes.
Nesta ano, os organizadores esperam contar com mais de 200 "navegantes". Participam do evento barcos de turismo, pesca, de esportes náuticos e de particulares.
Neste dia há também a homenagem à Iemanjá , orixá das grandes águas, dos mares e oceanos. É a correspondente de Nossa Senhora dos Navegantes nas religiões afro-brasileiras. São feitas homenagens nas praias, com os devotos lançando ao mar pequenas embarcações com oferendas compostas de cocadas brancas, lírios, velas brancas, perfumes, espelhinhos, etc... Sua popularidade é imensa, sendo cultuada como a rainha do mar e também chamada de: Oguntê, Marabô, Kaiala e Sobá... Oloxum, Inaiê, Janaína, Iemanjá (já cantava Marisa Monte).
Os filhos de Iemanjá são doces, carinhosos, sentimentais e preocupados em ajudar os outros, apresentando uma certa tendência a consertar a vida de todos os que o cercam. Gostam de luxo, de jóias caras e de tecidos vistosos. Mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, como diferencial.
Fonte: www2.portoalegre.rs.gov.br
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