O Dia Internacional do Jovem Trabalhador é comemorado anualmente em 24 de abril, uma iniciativa da OIT? Organização Internacional do Trabalho para destacar a importância de novos profissionais no mercado de trabalho no mundo todo.
A data foi instituída para incentivar a contratação de profissionais sem maior experiência, destacando para os empregadores que os jovens profissionais podem acrescentar muito ao mercado de trabalho. Com suas novas ideias, os jovens podem contribuir para a evolução das empresas, servindo também para a descoberta de novos talentos.
O mundo atual para o jovem trabalhador
Os últimos anos não têm sido muito favoráveis para os trabalhadores sem experiência, que estão entrando agora no mercado de trabalho. A desaceleração da economia, no mundo todo, aumentou o desemprego entre os mais jovens, conforme relatórios da OIT.
Na Europa, em média, cerca de 12,7% dos jovens não trabalha ou estuda e, na América Latina, esse percentual chega a 10%. Alguns países trazem uma situação mais complicada, a exemplo da Grécia, onde o índice de jovens desempregados atinge a marca recorde de 59%.
Uma preocupação da Organização Internacional do Trabalho com relação aos jovens está na grande exigência dos empregadores em troca de salários mais baixos, levando mesmo alguns críticos a usar o termo 22-22-22, que se refere à exigência das empresas na hora de contratar um profissional mais jovem: são pessoas em torno de 22 anos, que ganham até 22 mil dólares por ano (em torno de 916 dólares mensais) e trabalham 22 horas por dia. Evidentemente, a situação é um exagero, mas reflete uma situação recorrente.
O jovem trabalhador leva alguma vantagem, na hora da seleção, em relação aos mais experientes. A Fundação Getúlio Vargas, que realizou levantamentos sobre o assunto, mostra que, nas empresas brasileiras, os jovens profissionais são mais flexíveis e mais adaptáveis a mudanças dentro da empresa.
Nesse sentido, as empresas nacionais afirmam que enxergam nos mais jovens menor acomodação quanto à carreira e maior reconhecimento de lideranças mais experientes, mantendo também maior atenção e dedicação a novas tecnologias, sendo mais atualizados em relação ao mercado de trabalho.
Em busca de solidificação da carreira, o jovem trabalhador, de uma maneira geral, mostram maior paixão pelo trabalho, criando novos cenários para a economia e tendo, ainda, no empreendedorismo, uma nova força surgindo, com a criação de novas empresas e de novas opções para o mercado consumidor.
O jovem trabalhador no Brasil
O Brasil, até 2014, mostrava um cenário diferente com relação ao mercado de trabalho, com taxa de desemprego em queda há mais de uma década, e isso principalmente porque os mais jovens decidiram estudar por mais tempo antes de buscar seu primeiro emprego, entrando mais preparados no mercado de trabalho e, assim, conseguindo salários mais condizentes.
A crise de 2015 tem aumentado a taxa de desemprego, embora não ainda a níveis preocupantes, esperando-se que entre 2016 e 2017 o cenário volte a ser favorável.
No Brasil, os mais jovens podem entrar no mercado de trabalho a partir dos 16 anos, havendo apenas a exceção para os menores aprendizes, que podem, por legislação específica, entrar no mercado a partir dos 14 anos, embora mais na condição de alunos do que de profissionais. Isso dá condições ao jovem de complementar o seu aprendizado conhecendo melhor a empresa e podendo visualizar o seu planejamento de carreira.
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