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terça-feira, 26 de abril de 2016

26 de Abril - Dia da Primeira Missa do Brasil

A Primeira Missa, em tela de Victor Meirelles (1861).
A grande cruz, entretanto, só existiu na segunda missa.
Quatro dias após ter chegado em Porto Seguro, no Domingo de Páscoa, em 26 de abril de 1500, Cabral determinou que se realizasse uma missa no ilhéu da Coroa Vermelha. Foi a Primeira Missa celebrada em solo brasileiro e o evento foi documentado pela Carta de Caminha. Era o último ano do século 15.

Cabral ordenou a presença de todos os capitães na Missa. Mandou armar um esperavel, e dentro dele um altar mui bem corregido.

A Primeira Missa foi celebrada pelo frei franciscano Henrique Soares de Coimbra, auxiliado pelo padre Marcos de Oliveira Ferreira. No total, eram oito frades, todos franciscanos, todos presentes e todos rezaram em latim.

A bandeira de Cristo, trazida por Cabral de Belém, ficou hasteada durante a Missa. Não há menção de Caminha quanto a existência de uma cruz na Primeira Missa.

Acabada a Missa, frei Coimbra desvestiu-se e subiu numa cadeira alta, de onde fez uma pregação do Evangelho, terminando com referências à chegada dos portugueses na terra achada.

Elevação da Cruz em Porto Seguro, tela de Pedro Peres (1879).
Conforme o relato de Caminha, a grande Cruz foi usada apenas
na Segunda Missa, celebrada em 1º de maio.
A cerimônia foi também acompanhada pelos tupiniquins. No final, levantaram-se muitos deles, tangeram corno ou buzina, e começaram a saltar e dançar um pedaço. Esse foi o primeiro registro da música e da dança brasileira.

A Cruz e a Segunda Missa - 1º de maio

Uma grande cruz foi confeccionada por dois carpinteiros, entre 27 e 28 de abril, despertando a curiosidade dos índios, provavelmente devido às ferramentas usadas.

Essa Cruz foi a razão pela qual o rei Dom Manuel batizou o Brasil com o nome de Santa Cruz, em 1501. Veja os Nomes do Brasil:

Pindorama. Assim os índios chamavam essas terras quando Cabral chegou. Segundo Theodoro Sampaio, o termo da língua tupi pode ser traduzido como o país das palmeiras. A denominação continuou sendo usada pelos nativos, por muito tempo. Provavelmente, designava apenas parte do litoral do Nordeste.
Terra da Vera Cruz. Segundo a Carta de Caminha, esse foi o primeiro nome dado por Cabral, em 22 de abril de 1500.
Ilha de Vera Cruz. Nome usado por Caminha na assinatura de sua Carta, em primeiro de maio de 1500.
Ilha da Cruz aparece no regimento de D. Manuel entregue a João da Nova, no início de 1501, que deveria fazer escala no Brasil, à caminho da Índia. O mesmo nome, ou com variações como ylha da † ou ylha da Cruz, aparece em outros textos portugueses até 1507. A cruz referida foi aquela erguida em Porto Seguro para e Segunda Missa.
Terra de Santa Cruz ou simplesmente Santa Cruz. Esse nome foi registrado em 29 de julho de 1501, na carta, em espanhol, do rei Dom Manuel, que informou aos Reis Católicos a descoberta do Brasil. D. Manuel cita também em outra carta de 1505 (download, 83MB), aos mesmos reis: "...á qual terra puz o nome de Santa Cruz: e isto foi porque na praia arvorou uma cruz muito alta. Outros chamam-lhe terra nova ou novo mundo". O nome Terra de Santa Cruz continuava sendo usado, em 1640, como indica o Atlas de João Teixeira Albernaz.
Terra dos Papagaios. Essa denominação foi feita, principalmente por italianos, desde 1501, e depois na França. A denominação está em alguns mapas feitos até os anos 1520.
Brasil. Sua origem é incerta, mas o nome era usado séculos antes da descoberta do Brasil.

Monumento à Primeira Missa erguido em
Coroa Vermelha, em abril de 2000.
Em 30 de abril, Cabral ordenou que os portugueses se ajoelhassem e beijassem a grande Cruz, que estava encostada em uma árvore, na margem de um rio. Buscavam mostrar aos índios a reverência que tinham por aquele símbolo. Os portugueses acenaram aos índios, que os observavam, para que repetissem o gesto, o que fizeram.

Em primeiro de maio, Cabral desembarcou com sua bandeira e definiu um local, na praia, bem visível para se fixar (chantar) a Cruz em terra. Ela foi trazida de onde estava, com os frades franciscanos à frente, cantando como em uma procissão. Apareceram alguns índios que se dispuseram a ajudar a carregar a Cruz. Ela foi, então, fixada com as armas e a divisa do rei de Portugal. Um altar foi armado em sua base e o frei Coimbra rezou a Segunda Missa do Brasil. Os índios presentes acompanharam os portugueses, imitando os rituais. Após a pregação, Coimbra colocou crucifixos de estanhos em vários índios.


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