Moura Ramos Indústria Gráfica: livros, revistas, embalagens, sacolas, agendas e impressos em geral.: PostScript e PDF/X-1a – O que são, para que servem e como gerar?

terça-feira, 10 de setembro de 2013

PostScript e PDF/X-1a – O que são, para que servem e como gerar?

Em muitas empresas gráficas o fluxo de trabalho gira em torno de arquivos PostScript e PDF, este último vem sendo muito mais utilizado ultimamente. Estes tipos de arquivos são amplamente utilizados no mundo todo e precisam, obrigatoriamente, serem estudados com um cuidado especial para que os trabalhos de impressão sejam executados mantendo a qualidade e fidelidade nas cores. Sendo assim, é importante que abordemos este assunto, para que você conheça e saiba exatamente para que servem, e como criar estes tipos de arquivos.
Neste artigo vamos falar sobre arquivos PostScript e PDF, mais especificamente o PDF/X-1a, uma simples e poderosa maneira de compartilhar arquivos no segmento gráfico, que garante qualidade, fidelidade e agilidade na hora de executar os trabalhos de distribuição e de impressão.

O que é PostScript?

O postscript é uma linguagem criada pelos fundadores da Apple e Adobe no inicio dos anos 80 (eu nem tinha nascido ainda), esta linguagem representa dados, e é capaz de descrever para um dispositivo, neste caso, a impressora, informações precisas sobre o layout de um documento a ser impresso. Para que isto ocorra, a impressora deve possuir uma placa que seja capaz de interpretar estas linhas de comando, desta forma, ela criará uma cópia da estrutura do documento em sua memória interna e realizará a impressão.
Os espertalhões da Wikipédia tem um artigo sobre isto, e descrevem o sistema PostScript da seguinte maneira:
PostScript é uma linguagem de programação especializada para visualização de informações, ou uma linguagem de descrição de páginas, originalmente criada para impressão e posteriormente modificada para o uso com monitores (‘display PostScript’).
A linguagem fornece uma máquina de pilha e comandos específicos para o desenho de letras e figuras, incluindo comandos de traçado e formas de representação de imagens.
Foi desenvolvida pela Adobe, tendo como inspiração uma linguagem desenvolvida na Xerox, a InterPress.(Wikipedia – PostScript)
Este sistema permite selecionar diferentes padrões de qualidade de impressão capazes de gerar desde fotolitos finos para utilização em gráficas, até padrões de pontos mais abertos, muito utilizados em silkscreen, que não suporta pontos fechados devido às limitações de malha e tinta.
Foi graças ao PostScript que obtivemos as primeiras LaserWriter (Impressoras a laser), antes dele, os sistemas de impressão utilizavam esferas, tambores e os mais bizarros métodos para transferir a tinta para o papel (o Paulo deve conhecer algum destes métodos pré-históricos[risos]).
A linguagem PostScript juntou o melhor dos Plotters e das Impressoras. Como nos Plotters, ofereceu uma linguagem gráfica de alta qualidade e de controle único, que podia ser utilizada em qualquer marca e modelo de impressora. Como as impressoras matriciais, ofereceu uma forma simples de gerar páginas de texto e imagens.
Quando você adquire uma impressora a laser, esta muitas vezes acompanha dois drivers diferentes, que podem ser um PCL (Printer Control Language – Linguagem simples útil para impressão diária de escritórios) e um PostScript, que deverão ser escolhidos no momento em que você instalar a impressora, o mais legal é que você pode instalar os dois tipos de linguagem e utilizar o mais recomendado para cada tipo de trabalho, desta maneira é como se você tivesse em seu computador duas impressoras diferentes instaladas, porém fisicamente será o mesmo equipamento.

E o tal do PDF? (Portable document format)


O formato PDF foi criado pela Adobe, e é composto por todas as informações contidas no PostScript, a principal diferença é que o PDF pode ser aberto e visualizado pelo usuário em seu computador, diferente do PS que apenas as impressoras interpretam. Os arquivos PDF tornam o trabalho de distribuição de arquivos mais versátil, sendo independe do sistema em que tenha sido criado, ou seja, você pode abrir um arquivo PDF gerado no Mac diretamente no Windows sem nenhuma burocracia, além de poder fazer pequenas modificações sem precisar recorrer ao software de criação do arquivo. Este tipo de arquivo é uma revolução nos quesitos de praticidade, compatibilidade e compactação, nele estão contidas todas as fontes, gráficos raster e vetoriais utilizados em uma peça (nunca mais você precisará pedir aquela fonte que está faltando no arquivo .AI ou .CDR), é hoje o padrão mais adotado pelas empresas do setor gráfico, além de ser o tipo de arquivo mais utilizado para compartilhamento de informações na internet, como apostilas, publicações e até mesmo o seu extrato bancário que chega por e-mail.
Os arquivos PDF permitem a incorporação de grande quantidade de recursos, inclusive multimídia (sons, filmes, animações etc), funções de formulários (menus automáticos, campos para preenchimento etc.), recursos de internet e bancos de dados (hiperlinks e catalogação automática), anotações e comentários de revisão, proteção por senha etc.
Justamente por causa desta grande quantidade de opções disponíveis para se transformar um arquivo PostScript em PDF, ou gerar um PDF nativo de uma aplicativo de editoração eletrônica, se viu a necessidade de criar um padrão de PDF específico para uso gráfico (conhecidos como PDF/X), no qual elementos desnecessários e que podem causar erros de processamento não fossem incorporados ao PDF.
O padrão PDF/X-1a é um desses padrões internacionais, normalizado pela ISSO (ou seja, é poderoso). O padrão PDF/X-1a prevê arquivos seguros e confiáveis, montados a partir de informações genéricas e universais, permitindo seu uso por todos os sistemas de fluxo de trabalho gráfico que suportam o formato PDF, independente do aplicativo e da plataforma em que os documentos originais foram criados. O objetivo final é garantir um intercâmbio de arquivos no modo conhecido como “troca cega” (blind exchange): O criador do arquivo não precisa obter nenhuma informação sobre o sistema de trabalho do fornecedor destinatário (bureau de serviços, gráfica, editora etc.), e este também não necessita de informações adicionais sobre o processo de geração do arquivo PDF/X-1a.
Eu poderia descrever os principais pontos para criação de um arquivo PDF para impressão profissional, porém teríamos uma postagem gigantesca e cansativa, falando de uma matéria que pode facilmente ser encontrada no Guia prático do novo padrão internacional para arquivos de uso gráfico, que você pode baixar completo e com exclusividade clicando aqui.
Baixe e leia o guia com atenção, é uma fonte de informações muito importante para quem trabalha no ramo gráfico, seja em agências que preparam os materiais para serem enviados para a gráfica, seja para gráficas que recebem arquivos de diferentes clientes e fornecedores. Utilizando estes recursos, você pode criar um padrão de qualidade inigualável para o seu estabelecimento, garantindo a perfeição e confiabilidade de seus trabalhos.
Segue este vídeo mostrando como gerar arquivos PDF para impressão profissional.
Referências do vídeo: Produção Gráfica All4PG
Fonte: Cardquali

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