Esse assunto não interessa apenas a designers que trabalham diariamente com edição de imagens, mas também a todo profissional que precisa enviar arquivos digitais com conteúdo de imagens ou editorial para a gráfica.
Parece amador, mas é muito comum ocorrerem erros deste tipo mesmo entre aqueles já atuam muito tempo na área e depois receber um resultado totalmente diferente daquilo que você esperava. E se você já utilizou esse serviço, com certeza deve ter se deparado com algum imprevisto.
Para não ter surpresas desagradáveis na hora de receber seu material impresso, alguns cuidados devem ser observados antes mesmo de enviar o pedido para a gráfica. Fique atento às dicas e você nunca mais se incomodará com impressões desajustadas.
1- Não utilize RGB
O primeiro cuidado deve ser com o sistema de cores. Nos editores, você pode trabalhar com CMYK e RGB. Os processos de impressão offset e flexografia utilizam o CMYK, um sistema de cores substrativas. Portanto, você deve trabalhar com CMYK, que é compatível com o processo de impressão da gráfica. Se o arquivo estiver em RGB, as cores serão convertidas automaticamente para CMYK na impressão. O que acontece é que, como o CMYK não alcança a vasta gama de cores do RGB, a conversão fica destorcida. Então, se alguma vez você mandou uma arte bem colorida, cheia de vida e recebeu uma impressão desbotada, com cores totalmente diferentes do que estava no seu computador, o problema foi o sistema de cores que você utilizou. Não utilize arquivos de imagens, contornos nem preenchimentos em RGB! Configure o software de edição para CMYK.
2- Deixe espaço para a sangria
Antes mesmo de começar o seu documento, você deve configurar a sangria - ou sangra. Essa é uma área a mais que você terá no documento para assegurar que tudo ficou dentro do espaço delimitado ou para evitar que uma bordinha branca apareça na sua impressão. A sangra precisa ter de 2 a 3mm. Deixando essa pequena margem, você já melhora o acabamento do material, que poderá ser refilado sem qualquer ônus.
3- Escolha imagens em alta resolução
A qualidade necessária para uma impressão satisfatória é de 300 dpi. Se você utilizar imagens em baixa resolução, elas perdem a definição e ficam borradas ou pixeladas. Muito cuidado ao pegar imagens da internet, porque aqui a resolução normalmente é de 72 dpi, uma qualidade muito inferior à mínima necessária. Outro fator importante é que as imagens da internet estão em RGB, não em CMYK, como já explicamos ser o ideal.
4- Converta todo texto em curvas
Converter o texto em curvas significa transformá-lo em vetor. Como sabemos, os vetores não mudam de forma. Então, para que a sua tipografia não se altere, para que o texto não saia do lugar nem troque de tamanho, você deve converter o texto em curvas. Faça isso inclusive dentro de powerclips e máscaras.
5- Cuide os efeitos
Ao utilizar sombras, texturas e outros efeitos do tipo, é preciso cuidar porque pode ser que aconteça algum desastre em termos de impressão. Você pode usar esses efeitos à vontade, mas, antes de gerar o PDF, converta tudo isso em bitmap CMYK 300 dpi.
Algumas considerações importantes:
Algumas gráficas como a Moura Ramos sempre verificam as condições do arquivo antes de aceitá-lo e quando possível fazem alguns dos ajustes necessários antes de aceitá-lo e validá-lo para a impressão final.
Porém é recomendável que o responsável pelo fechamento do arquivo verifique estes detalhes antes, pois ajuda a evitar perda de tempo, retrabalho, imprevistos de planejamento e atrasos na produção do material gráfico.
Fonte: Designers Brasileiros
Dicas do Colaborador: Rodrigo Rodrigues, CEO da Acesso Shop
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