Vírus e outros tipos de malwares já são problemas bem conhecidos por quem utiliza os computadores. Porém, as ameaças, antes restritas aos desktops e notebooks, têm agora um novo alvo: o seu smartphone. Em número crescente, esses aplicativos atrapalham o desempenho dos gadgets e tentam roubar dados pessoais dos usuários. Mas será que os vírus de celular agem igual aos de computadores? Acompanhem este post elaborado pelo pessoal do TechTudo e saiba a resposta:
Smartphones estão cada vez mais expostos à vírus (Foto: Elson de Souza/TechTudo)
Diferenças entre infecções de computadores e de smartphones
Infecções ocorrem através da troca de dados
(Foto: Marlon Câmara/TechTudo)
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Nos computadores, os programas são executados em diferentes níveis de seguranças dentro de camadas de atividades. Os mais importantes rodam em ambientes mais seguros e menos acessíveis do sistema operacional, já os menos essenciais ficam em um local mais exposto e sujeito à alterações.
É justamente na camada mais vulnerável que grande parte dos malwares começam a ser executados, podendo enviar cópias e estender suas ações a outros aplicativos, também situados neste grau de segurança. Já os programas mais agressivos conseguem burlar os níveis de segurança do sistema e se enraizar nas camadas importantes podendo comprometer o desempenho do computador e colocar em risco todo o seu funcionamento.
Enquanto isso, o processo de infecção é bastante diferente nos smartphones. Os sistemas Android e iOS possuem arquitetura com somente duas camadas: uma mais restrita, com as principais execuções e os apps nativos do sistema, e outra onde estão as informações, arquivos e programas baixados pelo usuário.
Quando um malware infecta um smartphone, suas ações irão se restringir ao nível mais exposto, limitando-se aos dados dos usuários e, raramente, tendo acesso às funções vitais do sistema. Porém, aparelhos desbloqueados via jailbreak ou root aumentam o risco de que malwares, mesmo inofensivos, comprometam as funções essenciais do sistema.
Como acontecem as infecções?
Atualmente, para contaminar seu smartphone com estas “pragas digitais” basta estar conectado a internet ou receber arquivos maliciosos por transmissões via bluetooth, SMS e MMS. Qualquer método que receba dados de outro aparelho é uma porta de entrada para estes programas danosos. A maneira mais segura para se utilizar o celular ainda é no “Modo Offline”.
O Android é uma das plataformas mais vulneráveis
a malwares (Foto: TechTudo)
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Grande parte dos malwares para celulares encontram-se nas próprias lojas oficiais de aplicativos, como a Google Play. No entanto, um relatório recente mostrou que essas ameaças começaram a circular via spams. Alguns desses programas, uma vez baixados, roubam seus dados e alteram configurações do sistema, com a possibilidade de enviar cópias de si mesmo ou de outros malwares por diferentes meios de transmissão de dados.
As consequências de um smartphone infectado
Um dos primeiros sintomas da presença de um malware, tanto em smartphones quanto computadores, é o comprometimento do desempenho do sistema. Devido às operações desses aplicativos nocivos, o processamento de dados do sistema passa a ter um maior gasto de memória, o que acaba por deixar o sistema mais lento, propenso a erros e congelamentos.
Outro indício de “contágio” é o aumento significativo da transmissão de dados pela rede, além do envio de SMS, MMS, e-mails e outras mensagens pela internet sem o conhecimento dos usuários.
Essas duas características são comportamentos padrões de malwares. Como foram desenvolvidos para roubar e transmitir dados, sejam eles imagens, contatos, relatórios de navegação na web e até informações bancárias, esses softwares acabam comprometendo o funcionamento de seu smartphone.
Malware mais nocivos, no entanto, podem atrapalhar a performance do seu celular, interromper ou impedir ligações, podendo ainda contaminar outros aparelhos. Esses apps maliciosos são capazes também de transmitir mensagens, executar aplicativos, destruir o sistema operacional, aumentar o consumo da bateria de seu aparelho e até danificar o hardware.
Como se prevenir?
A primeira coisa a ser feita para manter o celular a salvo de aplicativos nocivos é estar atento aos dados enviados e recebidos pelo aparelho. Procure se assegurar sempre se os downloads tem uma procedência segura, observando comentários sobre comportamentos suspeitos e reclamações.
Os malwares também pode estar camuflado em vídeos, músicas, aplicativos e fotos enviadas por e-mails, SMS, MMS e em transmissões via Bluetooth. Portanto, confirme o conteúdo com a pessoa que lhe enviou o arquivo, antes de abri-lo.
Além desses cuidados, é bom ter em seu smartphone um bom antivírus para garantir que seu sistema está seguro e evitar futuras infecções. Nas lojas de aplicativos online, há uma boa quantidade de diferentes antivírus gratuitos, que poderão ser muito uteis na proteção de seu aparelho.
Fique atento aos sites que visita, pois, caso seu celular não tenha um antivírus ou firewall, você estará mais sujeito a infecções por pequenos malwares que poderão abri portas para softwares mais perigosos. Lembre-se de agendar varreduras periódicas com os antivírus instalados em seu aparelho. Isso pode evitar o aparecimento de pequenos erros e impedir instalações que possam camuflar infecções mais sérias.
Como os smartphones são dispositivos desenvolvidos para transmitir e receber informações de forma intensa, estes aparelhos se tornaram ambientes muito mais vulneráveis a vírus e malwares do que os computadores. Por isso, mantenha-se informado a respeito de novos tipos de infecções e sobre o funcionamento de seu smartphone. Caso seu celular esteja apresentando algum comportamento suspeito, instale ou troque seu antivírus e, se o problema continuar, leve-o a assistência técnica.