Quando e onde começa a história do Circo
Mais do que um divertimento, procurar a resposta para essa pergunta tem sido um exercício de imaginação para pesquisadores e historiadores do Brasil e do mundo. Imprecisos, os antecedentes históricos do circo estão envoltos em lendas e versões desencontradas.
“ A rigor é muito difícil, de fato, precisar a data de origem dos espetáculos, em recintos abertos ou fechados, que marcam o surgimento do gênero”.
Escreve Roberto Ruiz em seu livro “Hoje tem espetáculo?”, no qual, com muita graça, levanta uma hipótese curiosa: o remoto ancestral do artista de circo deve ter sido aquele troglodita que, num dia de caça surpreendentemente farta, entrou na caverna dando pulos de alegria e despertando, com suas caretas, o riso dos seus companheiros de dificuldades.
Uma versão que leva a outra: tudo pode ter começado mesmo com o primeiro homem a fazer uma brincadeira engraçada, o que hoje chamamos de palhaçada. Não é a toa que o palhaço é a alma do circo.
Há registros de que o circo tem suas raízes nos hipódromos da Grécia antiga e no grande Império egípicio, onde já havia a doma de animais. Os espetáculos começavam com uma procissão solene e apresentavam cortejos que celebravam as voltas das guerras, com o desfile de homens fortes conduzindo os vencidos como escravos e animais exóticos que demonstravam o quão longe os generais vencedores tinham ido.
Diversos números circenses faziam parte das Olimpíadas , justificando a relação forte que tem o circo com o esporte, a ginástica olímpica e as suas categorias, como barras, argolas, solo, solo, etc.
No Coliseu de Roma eram apresentadas muitas excentricidades. Homens louros nórdicos, animais exóticos, engolidores de fogo, gladiadores, etc. O Império Romano entrava no primado do pão e circo. Ao tempo de Nero (imperador de Roma de 54 á 68 dc), as arenas passam a ser ocupadas por espetáculos sangrentos, com a perseguição aos cristãos, que são atirados às feras. Isso provocou uma queda no interesse pelas artes circenses que se prolongou por muito tempo. Os artistas passaram a improvisar suas apresentações em praças públicas, feiras e entradas das igrejas.
Os chineses porém tem outra versão: “foi na China que tudo começou”. e com a arte acrobática, tão antiga quanto a sua música, a sua dança e o seu teatro. A acrobacia chinesa já existia na sociedade primitiva, quando se celebrava um torneio chamado “ A batalha contra Chi-hu” (Chi-hu era o nome de um chefe de tribo).
Tratava-se de um exercício de batalha, com os participantes portando chifres nas cabeças, arremetendo uns contra os outros em grupo de dois ou três. Conhecido como o “jogo das cabeçadas” na era do imperador Wu, da dinastia Han (220-206 AC), transformou-se e passou a homenagem a visitantes estrangeiros. Eles foram brindados com apresentações acrobáticas tão surpreendentes que o imperador decidiu que a partir dali, todos os anos, seriam realizados espetáculos do gênero durante o Festival da Primeira Lua.
Fonte: www.petecaecia.com
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