A
estiagem característica do inverno volta a ameaçar o fornecimento de
energia em muitas cidades brasileiras. E mesmo a pouca chuva que cai não
tem sido suficiente para abastecer os reservatórios das hidrelétricas.
Enquanto campanhas são promovidas no intuito de conscientizar a
população a economizar água em casa, algumas soluções que poderiam
contribuir para os problemas previsíveis nesse período não podem ser
colocadas em prática por pura ineficiência e, como quase tudo, falta de
planejamento.
Estou me referindo à energia eólica, que seria uma dessas soluções. Após
os últimos leilões, em que a fonte foi sucesso de vendas, superando as
fontes térmicas e usinas a gás natural nas disputas, várias usinas
eólicas foram erguidas, especialmente na região Nordeste, porém muitas
delas não foram colocadas em atividade por falta de linhas de
transmissão e subestações.
Não houve sequer o início das obras, resultando em um grande
desperdício, uma vez que a usina está lá podendo produzir energia
suficiente para abastecer estados inteiros, e prejuízo ao consumidor
final, que agora se vê ameaçado por racionamentos e falta de energia.
Um próximo leilão de oferta de energia eólica está previsto para agosto
deste ano e mudanças estão sendo estudadas para garantir que a produção
seja realmente bem aproveitada. Entre as mudanças, será determinado pela
Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelo leilão, que só
poderão competir empreendimentos em áreas onde há subestações e linhas
de transmissão já prontas. Mesmo afetando a competitividade da energia
eólica, neste momento é a solução mais acertada para evitar novas
perdas.
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