No dia a dia, os guias trabalham com a orientação, recepção, e prestação de informações sobre história, serviços, procedimentos, cultura e lazer.
Segundo o professor J. M. Carvalho de Oliveira, do Instituto de Novas Profissões, em Lisboa, o guia deve ser “um verdadeiro embaixador de seu país, para uma impressão geral favorável ou negativa, e desempenha um papel muito importante na memória global que o visitante estrangeiro leva de volta ao país de origem”. Nessa missão, os profissionais da área comemoram hoje (10) o Dia Nacional do Guia de Turismo.
A profissão foi reconhecida pela legislação brasileira em 1993. As atividades de guiamento, no entanto, ocorrem desde a antiga Grécia, por volta de 440 a.C., sob os relatos do historiador Heródoto. De acordo com os primeiros registros, foram os soldados os precursores da história, em ações de orientação de militares durante as guerras por territórios desconhecidos por muitos.
Desde então, os guiamentos evoluíram e se tornam um sinônimo de receptividade. “Gosto de viajar e sei da importância de ser ter um apoio. Daí vem a minha decisão de me tornar guia”, conta Rosa Yida. Professora aposentada, Rosa trocou as aulas de literatura e português pela profissão de Guia de Turismo. Começou como Regional e hoje já sonha em partir para city tours internacionais. “Gosto de ser útil”, diz.
No dia a dia, os guias trabalham com a orientação, recepção, e prestação de informações sobre história, serviços, procedimentos, cultura e lazer. A rotina prazerosa atrai pessoas de perfis variados. Foi o caso da estudante Monique Aguiar. Prestes a se formar em fisioterapia, Monique recebeu um convite para atuar como atendente nos Centro de Atendimento ao Turista (CAT’s). Em poucos meses, a aluna trocou o curso por um de Guia de Turismo Regional.
“Fui me apaixonando e resolvi me especializar para oferecer o melhor de mim para os turistas. Acredito que a nossa grande missão seja acolhê-los de maneira calorosa, para que se sintam como se estivessem em casa”, afirma Monique. A estudante também adotou como missão desmistificar a imagem política da cidade. “Muitas pessoas já chegam pensando em políticos e coisas relacionadas a isso. Acho que quando vendemos a cidade com encanto, contando a história, mostrando a arquitetura mudamos essa perspectiva.”
O guia é um profissional liberal, sem vínculo empregatício. Para conseguir a licença para atuar, o candidato deve estar em dia com o serviço militar e com o Tribunal Regional Eleitoral, ter registro no Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), ensino médio completo e certificado de conclusão de curso reconhecido pelo Conselho estadual de Educação. Para trabalhar dentro da legalidade, é imprescindível ainda que o profissional seja cadastrado no Cadastur.
“Já vencemos uma grande batalha conseguindo reconhecer a profissão. O próximo desafio e conseguirmos mostrar a importância de se trabalhar na legalidade”, explica a presidente do Sindicato de Guias de Turismo do Distrito Federal, Damares Rodrigues. “É pela segurança do visitante e satisfação do visitante, que consegue as informações corretas e leva boas recordações, justamente, por que foi bem recebido.”
Atualmente, o Cadastur contabiliza cerca de 35 guias regionais e 60 nacionais registrados no DF (alguns com ambas as formações). Para fazer parte do cadastro, acessar a página do sistema e seguir as orientações. Se ainda não é guia e deseja se tornar um, o Senac-DF oferece cursos para as três modalidades. Interessados podem ligar para 3313-8877.
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