A internet de todas as coisas

Você já ouviu falar na internet das coisas?

Se você ainda não ouviu falar na internet das coisas é melhor passar a se acostumar com esse termo que, em pouco tempo, fará parte de nossas vidas, afinal, a internet será literalmente das coisas!

Conexão sempre foi uma palavra muito utilizada na internet, só que seu sentido se tornou ainda mais abrangente, não se restringindo somente à conexão de pessoas: agora a conexão vai muito além! Podemos seguramente dizer que a internet não é somente um meio onde as pessoas se conectam…

Hoje a internet pode ser compreendida como uma grande rede virtual que conecta pessoas, coisas e tudo mais que você imaginar, ao qual possa ser adicionado uma etiqueta eletrônica (também chamadas de tags).

A internet de informações está se fundindo com a internet das coisas – e o mundo nunca mais será o mesmo.

Essa transformação faz parte de uma das maiores revoluções da internet e você como empreendedor digital deve estar preparado para as mudanças que irão modificar todas as relações de consumo que já ouvimos dizer até aqui.

Entraremos na era da conectividade e a vinda da internet das coisas promete mudanças radicais na forma como vivemos, na maneira como podemos resolver problemas e como nos recuperamos de uma dificuldade. 

Mas, afinal o que é a internet de todas as coisas?

A internet de todas as coisas (ou internet of everything – IOE) é uma evolução da internet das coisas (ou internet of things no inglês – OIT) é a conexão em rede de pessoas, processos, dados e coisas de forma inteligente. A internet ligará os objetos do mundo de um modo sensorial e inteligente (em proporções bem maiores a que já temos visto).

Esse conceito nasceu no laboratório Auto-ID do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e se refere a tecnologia RFID (Radio-Frequency Identification) que usa frequências de rádio para identificar os produtos. O RFID nada mais é do que um transponder (repetidor de rádiofrequência) que pode ser colocado em pessoas, animais, embalagens e produtos de maneira geral, veículos, equipamentos, etc. 

De acordo com a Cisco System (líder nessa transição), a internet das coisas reúne pessoas (humanos), processos (gere a forma como as pessoas, dados e as coisas funcionam em conjunto), os dados (informações) e as coisas (objetos inanimados) e dispositivos para fazer conexões de rede mais relevantes e valiosas do que nunca – transformando informações em ações que criam novas capacidades, experiências mais ricas e oportunidade econômica sem precedentes para as empresas, indivíduos e países.

Internet das coisas transforma objetos do cotidiano em dispositivos inteligentes.

Atualmente existem 9,5 bilhões de aparelhos conectados à internet. O número é alto mas representa apenas 1% dos equipamentos que existem, portanto, restam 99% (o que representa um mercado estimado de 14,4 trilhões de dólares até 2022).

A internet das coisas transformará
a maneira como vivemos!

Um relatório da empresa também concluiu que as organizações que otimizarem as conexões entre pessoas, processos, dados e coisas, para se tornarem mais eficientes e criarem novas experiências para os clientes, gerarão lucros maiores. “A internet de todas as coisas tem potencial para reformular consideravelmente nossa economia e modernizar os principais setores. A questão é quem sairá na frente e irá prosperar nessa nova economia. Este estudo nos mostra que o sucesso não será baseado na localização ou tamanho da empresa, mas sim em quem se adaptará mais rapidamente”, diz Rob Lloyd, presidente de desenvolvimento e vendas da Cisco.

Veja que interessante esse vídeo sobre o surgimento dessa tecnologia e o potencial desse mercado:

E qual o impacto disso no “mundo real”?

Sim, estamos caminhando para um mundo instrumentado, no qual a inteligência será amplamente distribuída em toda a paisagem física, transformando tudo em, uma “máquina”, de fato.

E as máquinas podem ser qualquer coisa: sensores em carros conversando com os centros de dados que falam de telefones celulares que falam para monitores de pressão arterial que falam de chips RFID, etc. Estes sensores irão gerar enormes quantidades de dados – que nunca tivemos antes no mundo físico. Eles vão, quase sem exceção, ser ligados entre si através de uma rede em constante expansão: a comunicação será machine-to-machine (M2M) ou máquina a máquina.

A  comunicação M2M usa dispositivos (como sensores) para capturar um evento (como nível de estoque, por exemplo), que é enviado através de uma rede (internet sem fio, com fio ou híbrida) para a aplicação (programa) que transforma o evento capturado em informação útil.

Em breve, por exemplo, eletrodomésticos, carros e computadores poderão falar uns com os outros, graças a uma estrutura de código aberto que tem o apoio de fabricantes de eletrônicos de consumo em uma nova aliança da indústria. Esse é o projeto AllSeen Alliance que é apoiado pela Fundação Linux e tem entre seus membros Cisco, D-Link, Haier, LG Electronics, Qualcomm, Panasonic e Sharp.

O que o futuro próximo reserva?

Você está preparado para a internet de todas as coisas?

Em 2020, haverá 50 bilhões de conexões

Não. Não estamos falando de algo muito distante. Em agosto de 2013 a Cisco inaugurou no Rio de Janeiro seu primeiro centro de inovação no mundo organizado segundo soluções verticais (que focará setores inteiros como educação, saúde, energia, esportes, etc.) o que confere ao Brasil um papel de destaque.

Apenas para ter uma ideia da dimensão do mercado, em 2020, haverá 50 bilhões de conexões, claramente muito mais do que apenas os dispositivos de consumo que as pessoas agora têm nos lares, como telefones, câmeras e consoles de jogos.

Veja outras projeções:

Em pouco tempo teremos mais coisas conectadas 

na internet do que a soma do número de dispositivos

Projeção até 2020

Os desafios

Junto com as grandes oportunidades, o surgimento da internet de todas as coisas apresentará desafios associados à tecnologia (estrutura, segurança, etc.), organização e processos (incluindo os processos regulatórios, culturais) e outros.

É preciso que essas barreiras sejam resolvidas coletivamente, uma vez que a maior conectividade permitirá as empresas e a sociedade superarem essas mesmas limitações.  

Trata-se de uma nova realidade na qual o poder pertencerá a quem tiver capacidade de criar ecossistemas e se adaptar às tecnologias emergentes. 

Insights para seu negócio

Estima-se que até 2020, tudo o que conhecemos hoje, deixará de ser feito da mesma forma. Se pararmos para pensar, na verdade as principais tendências já apontam para uma era de transição do mercado, combinadas à IOE (a começar pela própria inovação disruptiva).

Portanto, saiba que:

• As empresas e indústrias que utilizarem rapidamente os benefícios da IOE serão recompensadas com uma fatia maior do mercado e um aumento da rentabilidade. Isto acontecerá em detrimento dos que esperarem ou não se adaptarem de forma eficaz.
• A IOE permitirá uma melhor qualidade de vida, experiências mais ricas, novas capacidades e maior valor econômico – e tudo em benefício do consumidor. 
• Segundo a Cisco, os setores de fabricação, público, energia, utilidades, saúde, finanças, seguros, transporte e distribuição serão os primeiros a se movimentar neste sentido. A empresa argumenta que o ser humano não pode responder às mudanças exponenciais desencadeado por um mundo maciçamente em rede, sem a ajuda de tecnologia.  
  
• Com o avanço desta tendência, as APIs também serão as principais vias para possibilitar a interação entre objetos conectados e a internet.
• Pense em como criar produtos ou serviços (conexões) que possam facilitar nossas tarefas diárias de forma significativa. Como adequar seu modelo de negócio?

Então é isso! Abra sua imaginação para a internet das coisas e para esse novo mundo que está surgindo. Tudo mudará com a internet das coisas!

Se você se interessou pelo tema, recomendo que acesse este site ou baixe o Guia do Executivo para a internet das coisas.

Bons negócios!

Fonte: http://www.consumidoresdigitais.com.br/internet-de-todas-coisas/