O Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão ou Internacional contra a Agressão Infantil, ou melhor ainda, Dia Internacional das Crianças Vítimas Inocentes da Violência e Agressão como é denominado pela ONU, que o criou em 1982, não como data para comemorar, mas para refletir a respeito.
A violência contra a criança é um assunto que desperta interesse de toda a sociedade que busca entender as razões de tal abuso.
Até o século XVIII, a criança era pouco valorizada e muito desrespeitada, vítimas de abusos sexuais, trabalhos forçados, e submetida a todo tipo de agressão. Somente no século XIX, as crianças passam a ser percebidas como seres humanos autônomos e assim se desenvolveu a psicologia, pedagogia, pediatria e psicanálise afim de atenuar as agressões e melhorar a qualidade de vida das crianças.
Zelar pelas crianças não é uma tarefa exclusiva dos pais, mas também dos parentes, da comunidade, dos profissionais de saúde, dos líderes de modo geral, dos educadores, dos governantes, enfim, da sociedade como um todo.
Quase 1 bilhão de crianças sofrem algum tipo de violência regularmente
A violência contra as crianças é universal, tão presente e profundamente integrada nas sociedades que muitas vezes passa desapercebida e é aceita como norma, conclui um relatório apresentado na quinta-feira (04) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Intitulado “Escondidos bem a vista: Uma análise estatística da violência contra as crianças”, baseia-se em dados de 190 países para iluminar um assunto pouco documentado.
O relatório revela que cerca de dois terços das crianças em todo o mundo com idades entre dois e 14 anos – quase 1 bilhão – são submetidas a punições físicas por seus cuidadores de forma regular.
E no entanto, apenas um terço dos adultos acredita que a punição física seja necessária para criar ou educar propriamente uma criança.
“Violência gera violência. Sabemos que crianças que experimentam abusos são mais propensas a ver a violência como algo normal, até mesmo aceitável e têm mais probabilidade de perpetuar a violência contra suas próprias crianças no futuro”, disse o diretor executivo do UNICEF, Anthony Lake, observando que os efeitos da violência infantil alteram o desenvolvimento cerebral e causam dados a saúde física, mental e emocional dos meninos e meninas.
O UNICEF indicou seis estratégias para permitir a sociedade como um todo – das famílias aos governos – previna e reduza a violência infantil.
Elas incluem o apoio aos pais e preparar as crianças para a vida; mudanças de atitude; fortalecimento judicial, penal e sistemas e serviços sociais; e produção de evidência e conscientização sobre a violência e seus custos humanos e socioeconômicos (www.onu.org.br).
Fonte: forum.g-sat.net e MS Atual
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