O farmacêutico estuda os remédios, cosméticos e alimentos industrializados de modo a garantir sua eficácia e segurança na produção e utilização pelo consumidor. Pode atuar na pesquisa, produção e distribuição dos mesmos, sendo obrigatório o registro no Conselho Regional de Farmácia.
No Brasil, a atividade profissional está sob a jurisdição do Conselho Federal de Farmácia, que regulamenta seu exercício, com base na Lei 3.820, assinada em 11 de novembro de 1960, pelo Presidente Juscelino Kubitschek.
O que faz
O profissional de farmácia deve testar as substâncias, sejam as utilizadas em remédios, alimentos ou em artigos de perfumaria, para saber de que modo reagem no organismo humano. A ele cabe também registrar as novas drogas e verificar se, porventura, os produtos chegam contaminados, alterados ou fora dos padrões ao consumidor final. No setor farmacêutico, pode atuar na indústria ou no comércio. Na primeira, pesquisa e testa princípios ativos (que serão usados em medicamentos) e a aplicação de novas drogas. Na segunda, controla a venda de remédios nas farmácias, drogarias, hospitais e postos de saúde.
Há ainda a farmácia de manipulação, onde administra a preparação de remédios e fórmulas individualizadas, conforme prescrição médica.
Em cosmetologia, formula cosméticos e produtos higiênicos, além de controlar sua qualidade.
E no setor alimentício, pode implantar novos métodos de processamento de alimentos em indústrias, bem como fiscalizar com que rigor são produzidos.
Onde estudar?
Química orgânica e inorgânica, toxicologia, microbiologia, anatomia, parasitologia e controle de qualidade são algumas das disciplinas do curso de nível superior em Farmácia. Com duração média de cinco anos, o curso tem também aulas práticas que ocupam grande parte da carga horária.
Um pouco de história
As primeiras boticas ou apotecas surgiram no século X e são consideradas as precursoras das farmácias modernas.
A figura do apotecário ou boticário aparece nos conventos da França e Espanha, desempenhando o papel de médico e farmacêutico. Para exercer as profissões, deveria pertencer a uma família honrada, com boa situação econômica, conhecer o latim, ter boa redação e apresentar certidão de cristianismo e moralidade. Tinha ainda que cultivar as plantas utilizadas na preparação dos medicamentos e trabalhar sob a vista do público.
No entanto, há milênios, a atividade do farmacêutico já era exercida e de grande importância para a saúde.
Há mais de 2.600 anos, os chineses, por exemplo, já desenvolviam seus remédios, extraindo drogas de milhares de plantas para curar doenças. Os egípcios também preparavam seus medicamentos a partir de vegetais, sais de chumbos, cobre e ungüentos de banha de leão, hipopótamo, crocodilo e cobra há mais de 1.500 anos.
Na Índia, os brâmanes desenvolveram remédios a partir de 600 tipos diferentes de plantas medicinais. E na Grécia, os processos de cura aconteciam no interior dos templos, onde eram pendurados os ex-votos dos doentes quando alcançavam a cura. Eram utilizadas para a cura as chamadas fórmulas mágicas e conjuros, procedimentos que hoje não fazem parte da rotina do farmacêutico.
O grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, também marcou uma nova era para a cura, quando sistematiza os grupos de medicamentos, dividindo-os em narcóticos, febrífugos e purgantes.
E a evolução e o desenvolvimento da farmácia, como atividade diferenciada, só aconteceria na Alexandria, após um período de instabilidade marcado por guerras, epidemias e envenenamentos. A farmacologia ganhou grande impulso, principalmente no tratamento de soldados abatidos nos campos de batalha.
Os farmacopistas, no início do século II, incrementaram as diversas fórmulas existentes para melhor atender às necessidades da época. E em Bagdá, Arábia Saudita, os árabes fundaram a primeira escola de farmácia.
Cuidado com os remédios falsificados
Na hora de comprar remédios, muito cuidado para não adquirir medicamentos similares aos que foram pedidos, de eficácia duvidosa ou ainda falsificados. Não aceite outro no lugar do que está na receita. A não ser que seja um genérico, que é um remédio seguro.
As quadrilhas de falsificadores agem em todo o país, mesmo diante das denúncias publicadas na imprensa e da fiscalização do Ministério da Saúde, e colocam em risco a saúde da população.
Para se prevenir das falsificações, tome certos cuidados ao comprar remédios como exigir sempre a nota fiscal da farmácia. Nela, deve constar o nome do medicamento e o número do lote. Além de observar a bula que não pode ser uma cópia xerox. Se não for original, não compre o remédio.
Confira também se na embalagem do remédio constam a data de validade do produto, se ele está bem impresso e pode ser lido facilmente, se há rasuras ou informação rasgada ou apagada.
Nos remédios líquidos, é obrigatório constar o nome do farmacêutico responsável pela fabricação e o número de sua inscrição no Conselho Regional de Farmácia logo no rótulo. E no caso de soros e xaropes, devem vir, obrigatoriamente, com lacre.
Ao adquirir uma nova caixa de um produto que você está acostumado a usar, preste atenção na cor, forma, tamanho e gosto. Se estiverem alterados, não compre. Recorra ao farmacêutico responsável, em caso de dúvida.
Fonte: Portal São Francisco (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
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