“Tudo o que é novo pede passagem” é um lema que pode ser levado ao pé da letra no ramo da tecnologia. Quando um método se mostra mais barato, mais rápido ou mais eficiente do que o anterior, é só questão de tempo até que as pessoas o adotem.
Isso já aconteceu com o telégrafo, toca-discos, pager, fax, walkman, disquete, videocassete, máquinas de escrever e tantas outras ferramentas que agora só fazem volume no “quartinho da bagunça” ou se transformaram em artigos para colecionadores ou material para salas de museu.
Como o tempo é impiedoso e não para, neste exato momento — enquanto você lê este texto — existem mecanismos e objetos se tornando ultrapassados. É claro que o processo é gradual e acontece de maneira sutil (e nada fica obsoleto de um dia para o outro).
Portanto, faça suas apostas: avalie a seleção e reflita sobre tudo o mais o que tem mudado no mundo e a sua volta.
Mapas de papel
(Fonte da imagem: Wikipedia) |
Quando você consulta um serviço de GPS (principalmente em um tablet, onde a tela é maior), um sentimento de que a tarefa nasceu para ser executada ali naquele portátil toma conta dos seus dedos. Arrastar, dar zoom, consultar nomes de ruas, traçar rotas: tudo é feito com extrema leveza.
Por mais que o sistema nem sempre esteja 100% correto e a voz integrada soe mandona e repetitiva, pode ter certeza de que esse tipo de tecnologia é um passo sem volta. Quanto aos mapas de papel? Estes vão se tornar relíquias e partes dos filmes da Sessão da Tarde cuja trama envolve velhos piratas e crianças audaciosas se aventurando em busca de tesouros.
Linhas fixas de telefone
Houve um tempo em que o processo de aquisição de uma linha telefônica era demorado e custoso. Hoje, o Brasil tem mais celulares que habitantes e as operadoras dão até aparelhos de graça. Até o momento, a vantagem de um telefone fixo está apenas nas tarifas menores e em certos planos de minutagem.
Contudo, a situação já vem mudando — as cobranças vêm diminuindo e as ofertas para a telefonia móvel ficam cada vez mais tentadoras. Isso sem contar a enorme quantidade de funções apresentadas pelos smartphones: agenda, internet, games, aplicativos, SMS — ou seja, sem comparação!
No futuro, a condição de um sistema de comunicação não portátil não fará o menor sentido. E, aliás, por que você vai discar para a casa de uma pessoa se é possível ligar diretamente para ela?
Internet discada
Junto à cova dos telefones residenciais, estarão também os modems responsáveis pela internet discada. Daqui a um tempo, a deliciosa sinfonia de ruídos responsável por estabelecer uma conexão analógica ficará conhecida apenas como uma obra que foi amplamente executada no final do século XX.
Em cerca de 30 anos, ao que se espera, o avanço deve ser tremendo. Com isso, cada vez menos provedores vão oferecer serviços de conexão e cada vez mais novos computadores virão sem modems agregados. Resumindo: a internet de baixa velocidade vai ser apenas uma lenda para contarmos para as gerações vindouras.
Telefones públicos
Os famosos orelhões — pelo menos da maneira como os conhecemos — estão com os dias contados e vão fazer companhia às linhas telefônicas fixas e modems analógicos. A razão pela qual isso deve acontecer não carrega nenhum mistério e, novamente, o grande responsável pela revolução atende pelo nome de celular.
Contudo, os telefones públicos podem vir a se tornar centrais multimídia conectadas, capazes de enviar e receber emails e SMS, recarregar celulares, realizar videochamadas e oferecer conexão Wi-Fi. Esse tipo de experiência já acontece em alguns países (na Espanha, por exemplo, esse tipo de tecnologia existe desde 2007).
No Brasil, também existem empresas que oferecem protótipos parecidos, mas sem tanta notoriedade até agora. Por enquanto, ainda não há especulações palpáveis sobre quando a modernização deve começar a acontecer. Mas uma coisa é certa: os milhões de aparelhos destinados apenas a chamadas telefônicas espalhados pelas ruas vão ter arranjar outro lugar para ficar em um futuro próximo.
Backup em CD ou DVD
Dados e informações sempre foram e sempre serão tratados com importância. O que muda, todavia, é a maneira com a qual lidamos com eles. Documentos que outrora ocupavam imensos depósitos e intermináveis gavetas hoje são minoria e os acervos digitais tornaram-se padrão em departamentos comerciais e organização domiciliar.
Com isso, surgiu a necessidade não só de acumular tudo isso em discos e drives, como também de fazer backups para evitar qualquer problema com corrupção de arquivos ou perda total das unidades de armazenamento. As plataformas para tal tarefa foram evoluindo e ficando cada vez menores e mais potentes: disquete, CD/DVD e, por fim, pendrives e cartões SD. Porém, uma tecnologia chegou para quebrar com tudo isso. A computação nas nuvens já é realidade, tem triunfado sobre a resistência e tem sido adotada por cada vez mais empresas (se você quiser ler mais a respeito do assunto, clique aqui).
(Fonte da imagem: The Chrome Source / Edit) |
A convergência possibilitada pelo sistema é, de fato, a melhor solução para um contexto no qual diversos aparelhos são utilizados para desempenhar funções semelhantes. Na prática, o computador vira apenas um componente ligado à grande e poderosa internet.
Quem sabe daqui a um tempo, gigabytes e terabytes vão ser termos antiquados com os quais somente profissionais de armazenamento nas nuvens deverão ter contato. A vantagem? Ninguém precisará se preocupar com backup. O perigo? O quão seguro é deixar todas as suas mensagens, fotos, vídeos, planejamentos financeiros, dados empresariais e outros documentos íntimos ou sigilosos à mercê de um organismo onipresente e distante?
TV Aberta
A cada dia aumenta a demanda e o número de opções de serviços de TVs pagas e consequentemente, diminuem os seus preços. E graças a algumas novas tecnologias, você passa a escolher de forma interativa o que deseja ver e para completar, tendo a programação em mãos, podemos agendar a gravação de seus programas favoritos com qualidade digital para somente depois assisti-los e quando quiser.
A própria internet é um meio de comunicação que tem atraído cada vez mais usuários, principalmente entre os jovens, para longe da TV, seja por causa de sua interatividade e poder de escolha da informação que se deseja absorver, ora devido ao simples fato da disponibilidade e acessibilidade da imensa variedade de séries de TV, filmes, clips e músicas, sem a perda de tempo com comerciais impostos no meio da programação. Sem contar o fato de que muitos aparelhos de TV já possuem meios de conexão direta a internet.
Então, porque o espectador irá querer perder tempo vasculhando um número restrito de canais, programações enfadonhas e repetidas na TV aberta, quando o próprio tempo tem se tornado o bem mais precioso da nossa atualidade, e no outro caso podemos ter acesso a uma imensidão de ótimos e diversificados canais, muitos de boa qualidade e programas temáticos de acordo com a sua preferência.
TV Analógica
É incrível que ainda existam empresas que ofereçam serviços de TV paga com sinal analógico por quase o mesmo preço de uma digital, sem contar o fato de que a maioria dos aparelhos de TV vendidos atualmente suportam sinal digital. A maior razão disto está no fato de que muitos consumidores não sabem ainda a diferença entre os dois tipos de serviços e por falta de conhecimento, optam por um produto de qualidade extremamente inferior ao digital.
Fotos Impressas
Antigamente as pessoas carregavam em suas bolsas e carteiras, fotos de familiares ou ostentavam em suas mesas de escritório e nos seus lares, fotos em porta-retratos comuns. Hoje em dia, elas carregam álbuns inteiros no celular, computadores, tablets e diversos outros dispositivos móveis ou simplesmente postam na internet. Até mesmo os porta retratos passaram a ter versões eletrônicas digitais onde basta plugar um pendrive ou a um computador e passar as imagens. O dispositivo fica passando todas as fotos e alguns ainda mostram efeitos e/ou tocam músicas durante o processo.
CDs de Música
Devido a imensa facilidade de se possuir um dispositivo móvel com o poder de tocar arquivos MP3 e outros formatos digitais, o CD e outras mídias em disco tem sido cada vez menos utilizadas para este fim. Podemos adquirir músicas com facilidade na internet, armazená-las no computador ou apenas mantê-las na nuvem (ver computação em nuvem).
Assim como o CD, tem aumentado a disponibilidade e facilidade de se armazenar filmes em dispositivos móveis e na internet. Hoje podemos comprar filmes originais até pelo tablet, celular ou na internet e a um preço muito inferior ao de uma mídia física (DVD). Além do fato que o DVD será substituído pelo Blue-ray, HD DVD ou outro disco qualquer de alta capacidade que ainda irão manter-se por um bom tempo no mercado graças ao fato de poderem armazenar filmes com altíssima qualidade e operar com tecnologias ainda recentes como a dos óculos 3D por exemplo.
Exitem ainda meio mundo de coisas que conhecemos hoje e que também estão fadadas ao desuso e desaparecimento nos próximos anos, mas se fôssemos citar todas elas nesta postagem, nunca chegaríamos a um fim. Vale então para a nossa reflexão e para os mais nostálgicos, servir de dica para guardarem os seus exemplares como referência e objetos de estudo e curiosidade para as futuras gerações.
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