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O Ascend Mate é realmente um monstro: são 6,1 polegadas com resolução de 720p — o que deixa a qualidade de imagem bem bacana, mas 1080p poderia ser matador aqui –, tem 2GB de RAM e processador de 1.4GHz. Tudo bem superlativo, tirando pelo seu acabamento, em plástico nada empolgante, desses que não passam nem segurança, nem júbilo. Um número não tão alto é o de megapixels enfiados na câmera do aparelho — são 8MP, e pelas rápidas fotos que tirei, não são lá muito animadoras.
Na hora de segurar o aparelho, até que me surpreendi: achei que a empunhadura seria péssima. Mas por ser um aparelho relativamente fino (9,9mm), ele não é tão pesado quanto imaginei. Mas isso não significa que usá-lo seja um deleite: a operação com uma só mão é triste, desanimadora e faz você se sentir uma pessoa pequena, meio incapaz. Essa não é uma sensação gostosa, Huawei. No software, o Android 4.1 tem alguns truques para ser usado com duas mãos — detalhes que a Samsung já havia colocado no Galaxy Note 2 — mas, no geral, a experiência é confusa. Uma mão? Duas mãos? Eu vou mesmo colocar isso perto da minha cabeça? Meu cérebro vai fritar como num microondas? Roda MKV 720p com legenda embutida?
No fim das contas, a Huawei pareceu sozinha na empreitada de crescimento na CES. Enquanto a maioria das fabricantes se importou em melhorar a resolução de suas telas, chegando às incríveis 1080 linhas, a chinesa parece aquele cara que não percebe que a festa já acabou. Diminuir a tênue linha entre smartphones e tablets para menos de uma polegada — o Nexus 7 no vídeo tem 7 polegadas — não me parece muito interessante. Talvez ele funcione para usos específicos, mas usá-lo como telefone (desses de ligar para outras pessoas e tal) deve ser pavoroso, e um tanto ignóbil.
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