Moura Ramos Indústria Gráfica: livros, revistas, embalagens, sacolas, agendas e impressos em geral.: 3 Regras essenciais da Fotografia de Paisagens

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

3 Regras essenciais da Fotografia de Paisagens

FONTE: Publicado por Claudia Regina em Dicas de Fotografia
Eu sou fotógrafa de retratos. Meu negócio (literalmente) é fotografar gente e eu amo fotografar pessoas. Mas eu também amo viajar e por isso sempre estou estudando técnicas de fotografia de Paisagens para registrar da melhor forma possível os lugares lindos para onde vou.
Não viajo para fotografar e por isso nem sempre eu sigo essas regras. Quando dá, saio só para fotografar. Quando não dá, aproveito minha viagem normalmente fazendo fotinhos “normais”. Nada de errado nisso, aliás: se você não pretende ser contratado pela National Geographic não precisa deixar de aproveitar suas viagens e quebrar regras de vez em quando. Principalmente se você leva marido/esposa junto: eles não são obrigados a ficar plantados esperando você fazer as melhores fotos… Embora o meu, particularmente, seja muito compreensivo neste quesito e aproveita para fazer fotos lindas com o celular! :-)
O fato é que quando a gente leva a Fotografia a sério dá vontade de aprender o que for necessário para conseguir resultados de qualidade. Por isso vou compartilhar 3 Regras essenciais que aprendi observando as fotos e as técnicas de fotógrafos que são referência nesta área:

Para conseguir fotos de paisagens incríveis é preciso ir para lugares incríveis

Pode parecer bobagem, afinal sabemos que um bom fotógrafo consegue fazer fotos lindas em qualquer lugar. Mas a verdade é que eu nunca conseguiria resultados como os que consegui nas minhas viagens se eu fotografasse só a minha cidade. Curitiba é linda, não me leve a mal! Mas é uma cidade sem grandes paisagens “WOW”. Acho que mesmo quem mora em lugares incrivelmente incríveis precisa ir para outros de vez em quando, até porque fotografar sempre no mesmo lugar pode bloquear a criatividade.
Naturalmente isso é bem relativo: qualquer foto de uma tribo na África parece mega interessante para mim, mas para os que vivem lá uma foto de Nova York é muito mais legal. Mas por mais relativo que seja nossas fotos estão sempre em um contexto e as pessoas que olham as fotos (e acham elas interessantes ou não) fazem parte disso.
Antes que algum conterrâneo meu brigue comigo (rs) vamos a um exemplo? Tenho fotos de Curitiba que seguem as regras técnicas…
Parque Tangua

Parque Tanguá, Curitiba | ISO 100 | 24mm | f/32 | 3.2s

…Mas duvido que você ache essa foto do Parque Tanguá mais interessante do que uma foto da Noruega!
Fiordes na Noruega

Fiordes em Kvaløya | ISO 100 | 10mm | f/4.5 | 1/30

Então junte suas milhas e bora conhecer lugares incríveis! :-D

Composições criativas são o diferencial

Em inglês existe uma palavra muito boa chamada “snapshot“. Alguém conhece o equivalente em português? Uma snapshot é a foto que o turista faz quando desce do ônibus de turismo, aponta para o lugar incrível, tira uma foto, volta pro ônibus e vai pro próximo lugar incrível.
Fotos assim são aquelas sem nenhum cuidado com a composição e normalmente resultam em algo sem graça e batido.
Quem um exemplo? Que tal a famosa foto da Torre Eiffel?
Paris
Nem dá pra dizer que a foto é minha, porque todo mundo já fez esta foto! Mas uma composição diferente pode ajudar a evitar a aparência de “snapshot”:
Paris

La Tour Eiffel | ISO 800 | 70mm | f/5 | 1/400

Por isso use a cabeça: olhe à sua volta. Se abaixe, suba em algum lugar e olhe de diferentes ângulos. A técnica é importante, mas saber a técnica o mínimo necessário. O que faz realmente a diferença nas nossas imagens é a composição.

E por fim… acorde cedo!

Já falei aqui sobre a Hora Mágica e repito: não é uma dica, é uma regra. Daquelas regras (como manter o horizonte na horizontal) que é bom você ter um motivo muito bom para quebrar.
Sempre tento encaixar uns dias da minha viagem somente para fotografar, e isso consiste em acordar às 4 da manhã ou ficar em um lugar esperando até o pôr-do-sol :-)
O mais interessante disso é que todos os outros turistas que estão ali para fazer as snapshots somem nos horários mais lindos! Quando fui para Paris simplesmente não acreditei: durante o dia a frente do Louvre estava sempre lotada (como nesta foto). Uma multidão fazendo as fotos clássicas! Mas foi só chegar o final do dia e todo mundo sumiu. Por muito tempo eu estava sozinha com o meu marido. Passaram umas 2 pessoas enquanto eu fotografava.
O museu mais visitado do mundo estava deserto somente porque chegou o final do dia!

Musée du Louvre | ISO 200 | 10mm | f/6.3 | 1/125

Acordar cedo e chegar no local da foto pelo menos 1 hora antes do sol nascer é outra forma de conseguir fotos incríveis e sem nenhum turista. Não tenha preguiça: a experiência de passear em algumas cidades antes de todo mundo acordar é especialmente gostosa: é como se o mundo fosse só seu. E você pensa que em megalópoles como Londres não dá mais pra ouvir os passarinhos? Se você pegar o primeiro trem às 5 da manhã garanto que dá :-)

London Eye | ISO 100 | 10mm | f/22 | 15 seg

Como a hora mágica dura pouco (às vezes a luz mais perfeita dura somente alguns minutos) é muito importante você ir durante o dia para o local escolhido e já planejar os ângulos e a composição. Algo que ajuda bastante também no planejamento é usar um aplicativo no computador ou no celular para saber exatamente aonde o sol irá nascer/se pôr e os horários exatos. Eu uso o TPE e acho ele bem completo.
A melhor forma de aproveitar a Hora Mágica é com planejamento!
É claro que existem outras regras (como sempre carregar seu tripé) e técnicas interessantes (como HDR) – mas para mim essas 3 dicas são a base para tudo que se refere à fotografia de paisagens!
PS.: Para quem está curioso sobre minha expedição para ver a Aurora Boreal: semana que vem ela será oficialmente lançada! Se prepare porque Fevereiro de 2013 será inesquecível. Fique de olho: www.aventuraboreal.com.br

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