Maurice Collins é um empresário aposentado de Muswell Hill, Londres, e
seu hobby é colecionar gadgets históricos. Invenções que tinham a
ingênua pretensão de solucionar dificuldades da vida. De sua enorme
coleção com mais de 1.400 itens, ele selecionou 50 para expor no British
Library Business and Intellectual Property Centre. Se hoje não passam
de objetos inusitados e curiosos, na época foram criados cheios de boa
intenção. A seguir pode-se ver exemplos da inventividade humana.
Mapas de pulso
Pode soar como piada, mas podemos considerá-lo como o pai do GPS ou a
versão impressa do Google Maps. A idéia de 1920 era bastante
interessante, embora provavelmente nada prática. Quem sabe com a ajuda
de um "navegador" no banco do lado, ficasse mais fácil de ser usado.
Pequenos pergaminhos com rotas de estradas eram encaixados na base do
que seria o visor. Ao girá-los, o caminho a ser percorrido aparecia em
sequência, direcionando o motorista pela rota correta. Sozinho, um
motorista corria sérios riscos de causar ou sofrer acidentes tentando se
situar. A invenção foi um fracasso e pouquíssimas pessoas se
interessaram.
Alarme de porta
Parecido com um doorstop, aqueles acessórios usados para prender portas,
este interessante objeto tinha o funcionamento bastante simples. E
óbvio. Encaixado sobre a porta, uma pequena alavanca ficava erguida.
Caso alguém tentasse empurrar a porta para abrí-la, ela virava um
pêndulo que acionava uma poderosa campainha. Inventivo, mas nada efetivo
em termos de segurança.
Carteira porta-arma
Em tempos de insegurança, esta inusitada carteira tinha espaço para algo
mais que dinheiro e lencinhos. Discreta, tinha o compartimento para se
guardar uma pequena arma e uma bala. Sim, apenas um projetil! Além de
tudo, a dona da carteira precisava ser boa de mira.
Massageador elétrico
Se nos anos da década de 30 a massagem era considerada não um luxo, mas
como algo essencial para manter a pele saudável, este massageador
certamente não trouxe muito bem-estar aos seus proprietários.
Invariavelmente, levava-se pequenos, mas desagradáveis choques
elétricos.
Massageador de olhos
Até o nome assusta, imagine então o funcionamento desta geringonça. A
pessoa encaixava firmemente o rosto na máquina e mantinha os olhos bem
abertos nos locais indicados. Na parte de trás, apertava-se os bulbos de
borracha que lançavam jatos de ar diretamente no globo ocular. Lágrimas
deviam rolar.
Óculos com luzes
A intenção era das melhores, mas adaptar duas lâmpadas na armação de um
óculos já não parece nada agradável e tampouco prático. Mas se além de
tudo, fios elétricos saíssem da sua cabeça em direção as baterias que
ficavam nos seus bolsos, a idéia devia soar ainda mais aterrorizante.
Protetores de bigode
Homens com bigodes enormes não deviam ser a melhor das visões durante as
refeições e a intenção destas invenções até que era louvável: evitar
que líquidos e pedaços de comida se alojassem nos pêlos. Esta xícara e
colher tinham proteções que deixavam passar apenas o alimento sem que os
bigodões fossem atingidos. A efetividade era duvidosa e aparentemente
caiu em desuso.
Alongador de dedos
Este aparelhinho pode ter acabado com a carreira de muito pianista. Seu
objetivo era alongar os exigidos dedos dos músicos, que precisavam de
maior elasticidade e flexibilidade, mas esta invenção de 1910 parece não
ter sido aprovada.
Infinitas outras invenções inúteis foram criadas, mas graças a tanta
criatividade e ousadia em épocas passadas que existem as grandes
invenções de hoje. E justamente esta necessidade e busca pelo novo que
fazem a humanidade evoluir sempre. Que bom.
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