Não
há registro do dia 22 de dezembro de 2012 no calendário dos maias –
povos indígenas que ocupavam o sul do México e outros países da América
Central, entre o ano 2000 antes de Cristo e o século 16.
Por isso, nos Estados Unidos, pessoas já estocaram água e comida, além de montar abrigos subterrâneos. No Brasil, comunidades esotéricas se preparam espiritualmente no Vale do Paraíso, em Goiás, e em Canelas, no Rio Grande do Sul.
Por isso, nos Estados Unidos, pessoas já estocaram água e comida, além de montar abrigos subterrâneos. No Brasil, comunidades esotéricas se preparam espiritualmente no Vale do Paraíso, em Goiás, e em Canelas, no Rio Grande do Sul.
A grande mobilização se explica porque há
outras teorias que pregam a extinção do planeta. Um livro de desenhos
atribuídos ao profeta Nostradamus sinaliza o fim do mundo em dezembro de
2012.
Mas será mesmo que o mundo vai acabar amanhã? Se depender do Universo, a Astronomia garante que não. “Nada de anormal vai acontecer no céu. Não há qualquer possibilidade de o mundo acabar no dia 21”, afirma o astrônomo José Roberto de Vasconcelos Costa.
O presidente eleito da Sociedade Brasileira de Planetários (SBP), Alexandre Cherman, também ratifica a continuidade da Terra. “O alinhamento entre a Terra, o Sol e o centro da Galáxia acontece duas vezes por ano: em julho e em dezembro. Se esta teoria fosse verdade, o mundo já teria acabado faz tempo”, conclui.
Segundo ele, a cada 26 mil anos, repete-se o nível de inclinação da Terra durante a precessão – movimento vertical que altera o eixo de rotação do planeta.
“O atual nível de inclinação da precessão é, de fato, semelhante ao da Era do Gelo (quando parte da fauna e da flora foi extinta). Mas, mesmo na Era Glacial, o mundo não acabou nem a Terra ficou gelada do dia para a noite”, argumenta Cherman.
Crédulos
Mesmo com a garantia da comunidade científica de que o mundo não vai acabar, muita gente acredita no pior. É o que aponta enquete realizada em A Tribuna On-line.
Quase 20% dos internautas disseram crer que a
Terra deixará de existir na sexta-feira, pois, “afinal, a história não
surgiu do nada”. Mas, para cerca de 80%, “não, até a Nasa (agência
espacial norte-americana) já desmentiu”.
A aposentada Elizabeth
Car-rêga concorda com a maioria. Mas o professor Ederson Muniz confessa
que a divulgação de tantas teorias causa um clima de dúvida e temor.
Coletivo
A
psicóloga Lumena Celi Teixeira explica que a expectativa vivida pelas
pessoas que acreditam nas teorias que pregam o fim do mundo é
intensificada por um importante aspecto do inconsciente coletivo.
“O
ser humano é regido por ciclos. E estamos fechando mais uma etapa no
fim do ano. Naturalmente, é um momento em que esperamos uma
transformação”, diz Lumena.
Ela coordena o Núcleo de Psicologia
dos Povos Indígenas da União Latino-Americana de Entidades de Psicologia
(Unap). “Na verdade, a teoria apocalíptica é um interpretação
equivocada do calendário maia”, afirma.
Segundo a psicóloga, ao
contrário do calendário cristão – que tem 365 dias – o calendário maia
tem 5.125 dias. O último deles, 21 de dezembro de 2012. “Então, esta
data equivale ao nosso Réveillon. Portanto, apesar de significar o fim
de um ciclo, não há nada de catastrófico”, garante Lumena.
Divino
Ela ainda destaca que o inconsciente coletivo aguarda por uma grande mudança.
“Vivemos
um período de crise econômica, social e moral. As pessoas esperam que
este cenário se transforme para melhor, nem que seja por meio de uma
providência divina”, diz.
Segundo astrólogo, o que acabará é o velho mundo
A
Astrologia também não prevê o fim do mundo no próximo dia 21. “Anos
anteriores tinham configurações celestes mais tensas. Em 2010, por
exemplo, Plutão, Saturno, Urano e Júpiter mediam forças. Mas é
indiscutível que o mundo e a humanidade passam por uma série de
mudanças”, diz o astrólogo George Jorge.
No entanto, os aspectos
tensos entre Urano e Plutão continuam. Por isso, agora, os astros
sinalizam rompimentos bruscos com situações vigentes.
“Haverá
revoltas populares. Tensões econômicas e sociais que estavam abafadas
tendem a explodir e sistemas políticos passarão por profundas
transformações”, prevê.
A tensão entre os dois planetas indica
problemas com a energia nuclear, as telecomunicações e a informática,
afirma Jorge. “A humanidade estará caminhando para uma nova ordem.
Mudanças serão necessárias dentro dos nossos padrões de comportamento e
de consumo”, conclui.
FONTE: JORNAL - A TRIBUNA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.