Teresina é a única capital do nordeste que não é banhada pelo mar e a primeira do Brasil a ser planejada.
Mas os rios Poti e Parnaíba compensam essa distância do litoral, banhando a cidade que é mais conhecida como a Cidade Verde.
O apelido foi dado porque todas as ruas e avenidas do lugar são ladeadas por árvores, especialmente mangueiras.
Além das mangueiras, Teresina possui ainda uma sólida indústria de confecções e uma rede hoteleira de qualidade.
Também funciona como centro redistribuidor dos produtos oriundos do Sudeste e das capitais nordestinas.
História
Dificuldade de comunicação e de comércio ocasionaram a transferência da capital da antiga capitania do Piauí - anteriormente a cidade de Oreiras - para onde atualmente é Teresina, nome escolhido, aliás, em homenagem à Imperatriz Dona Maria Teresa Cristina.
Planejada por um mestre de obras, que imaginou a cidade no formato de um tabuleiro de xadrez, Teresina, uma vez criada, logo se tornou um centro administrativo e comercial, com expressivo e conseqüente aumento da população.
No ano de 1858, o Porto Fluvial, construído pela Companhia de Navegação do Rio Parnaíba, deu destaque especial à capital.
A instalação da Estrada de Ferro São Luís-Teresina e de rodovias federais acarretaram o surgimento de novos bairros. Além disso, por toda a BR-316 surgiram conjuntos habitacionais e um Distrito Industrial, que ampliou a função comercial e de serviços de Teresina.
Nos dias de hoje, empresas internacionais do ramo manufatureiro e de comércio investem no local.
Comidas Típicas
Paçoca, maria izabel, baião-de-dois são alguns dos pratos que você vai experimentar e lamber os beiços, caso venha a conhecer Teresina. "Ah, mas eu posso provar desses pratos em qualquer lugar!". Certamente que sim, mas terá um gostinho todo especial, se degustá-los apreciando as belezas do lugar.
Comida típica, o nome já sugere, tem que ser de preferência no local de origem. Feita pela cozinheira que cresceu vendo a mãe fazer e depois fez igual. Os segredos que passam de geração a geração.
- Baião de dois – arroz com feijão.
- Maria Isabel – arroz com carne cortada miúda.
- Arroz com galinha ou guiné (galinha d’angola).
- Frito – qualquer tipo de carne, passada com farinha.
- Panelada – tripa de partes do intestino do boi.
- Sarapatel – miúdo e sangue de criação, com temperos e leite de coco.
- Cozidão – costelas e carne de boi, temperos, verduras, pirão do caldo de carne.
- Paçoca – carne-de-sol socada no pilão, misturada com farinha e cebola branca. Come-se com bananas, baião de dois ou Maria Isabel.
- Carne-de-sol – carne de gado, enxuta pelo sol e assada no óleo.
- Mão-de-vaca – ossos dos pés, “mãos” e nervos de gado feito cozido.
- Buchada – feito com bucho de boi.
- Mungunzá – milho cozido com pé de porco, toucinho e lingüiça.
- Quibebe – mistura de legumes cozidos e carne moída.
- Arroz-doce – arroz, leite e açúcar.
- Mingau de puba – farinha de puba, leite e açúcar.
- Bolos:
- Bolo Corredor – feito de goma, ovos, gordura e sal.
- Suspiro – feito com clara de ovos e açúcar.
- Pamonha – milho verde ralado, leite, cozido na água, enrolados na folha da bananeira.
- Bolo frito – feito de goma, ovos, sal e gordura.
- Cuscuz – massa de milho (ou arroz), goma e sal.
- Peta – goma, ovos e sal.
Doces:
- .de limão.
- ·de buriti.
- ·alfinim.
- ·casca de laranja.
- ·batata com coco.
- ·batida.
Bebidas de:
- ·licor.
- ·cajuína.
- ·tiquira.
- ·batidas (limão).
Um dos mais variados do país, o artesanato do Piauí conta com as mãos habilidosas dos artistas da região, que trabalham com madeira, fibra, couro, fio e argila.
Em Teresina, especificamente, a cerâmica se sobressai, sendo produzida nas olarias do bairro de Poti Velho.
O trabalho desses ceramistas se constitui na base da economia da zona norte da capital piauiense. Muitas famílias vivem de fazer potes, filtros e outros objetos que atraem o gosto dos turistas e visitantes que passam pela cidade.
Aniversário
Paçoca, por exemplo - não é aquele docinho de amendoim das festas juninas, não. Em Teresina, paçoca é uma carne-de-sol assada, socada no pilão com farinha e cebolinha branca. Pode ser acompanhada de banana, baião-de-dois (arroz com feijão verde) ou de maria izabel. Já este último, para quem não sabe, é um delicioso risoto de carne-de-sol com arroz.
E carne-de-sol? Bom carne-de-sol é carne de gado enxuta pelo sol da manhã e estendida no sereno da noite. É preparada na brasa, com a própria gordura e manteiga de nata.
Carneiro e galinha caipira (ao molho pardo) também são pratos muito apreciados naquela capital.
Quanto ao item bebida, cajuína é a pedida: produzida de forma artesanal, com água de caju, vai bem como aperitivo.
Para sobremesa, os doces feitos com cascas de laranja, caju ou limão.
E pronto. É só tirar uma soneca depois.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
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