Vivemos avicultura todos os dias, mas temos uma data especial para comemorarmos: dia 28 de agosto. A avicultura é a criação de aves para produção de alimentos: carne e ovos. Atividade responsável pela sanidade dessas aves, através de planos de bios seguridade e/ou biossegurança na cadeia de produção, no processamento industrial e chegando como alimento ao mercado. Dentre as espécies criadas destaca-se o frango e, em escalas menores, aves como de postura, patos, gansos, marrecos, codornas e avestruzes.
Desde o princípio da produção de frangos de corte no Brasil, a cadeia avícola - da granja ao prato - modernizou-se pela necessidade de redução de custos, ganho de produtividade e ao atendimento de exigentes consumidores, preocupados com a segurança alimentar. Garantida esta competitividade, já que a avicultura nacional é uma das mais organizadas no mundo, destacando-se pelos resultados alcançados em indicadores de produtividade, volume de abate e no desempenho social, ambiental, sanitário e econômico, e contribuindo com a agricultura por ter insumos como milho, o sorgo, o soja, milheto, dentre outros, na geração dessa proteína animal.
A avicultura no Brasil destaca-se no complexo de proteína animal por ser considerada a mais dinâmica e tecnificada. Seu desenvolvimento começou no final da década de 1950, na região Sudeste, principalmente, em São Paulo. Na década de 1970, período em que houve profunda transformação no complexo carne, se deslocou para a região Sul.
A produção brasileira em 2009 ultrapassara 11 milhões de toneladas e desse montante, por volta de 30% são exportadas para mais de 150 países. O mercado interno - maior demanda da nossa produção - tem mudado o hábito de consumo, passando de, preponderantemente, consumidor de carne bovina para a carne branca do frango, chegando a quase 40 kg por habitante/ano. A China, potencial consumidora no futuro, registra 10 kg/habitante ao ano no consumo da carne de frango.
Algumas ciências como biologia, engenharia, veterinária, zootecnia, economia e administração atuam em controle, pesquisa, qualidade, tecnologia de ponta da produção ao mercado, que somada à competência de gestão das organizações fazem a diferença no Brasil.
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e instituições de ensino contribuem em pesquisas e as empresas privadas na instrução e intercâmbio com produtores e parceiros de toda a cadeia avícola. O mundo aprecia nosso frango e temos muita área para ser explorada na criação e industrialização, fato que não ocorre em outros países e continentes por falta de espaço, água, mão-de-obra, insumos e condições climáticas. Somos o maior exportador mundial e um dos maiores produtores, contando com grandes marcas, gerindo a sustentabilidade dessa posição de liderança. Mais de quatro milhões de pessoas atuam, diretamente, na avicultura brasileira e são merecedoras de respeito pelo sucesso alcançado.
O dia 28 de agosto é marcado para celebrar o dia da avicultura nacional. Acredita-se que a ave tenha chegado ao Brasil em 1503, com Gonçalo Coelho, que atracou no Rio de Janeiro. Mas a produção comercial surgiu em Minas Gerais, por volta de 1860, quando o Estado começou a despachar galináceos e laticínios para outras regiões do País.
A criação do frango, no entanto, era campestre. As aves (crioulas ou galinhas caipiras) viviam soltas e demoravam seis meses para atingir o peso de abate, na faixa de 2,5 quilos ou mais.
O processo de modernização e de produção em escala da avicultura no País começou na década de 30, em razão da necessidade de abastecer os mercados que já eram gigantescos na época.
A partir dos anos 50, a avicultura brasileira ganhou impulso com os avanços da genética, com o desenvolvimento das vacinas, nutrição e equipamentos específicos para sua criação. As grandes agroindústrias avícolas brasileiras ganharam estrutura no início dos anos 60.
Hoje, os frangos de corte são abatidos com cerca de 37 dias de idade e peso médio de 2,4 quilos. A metamorfose da avicultura comercial brasileira, com o melhoramento genético, introdução do sistema de produção integrada, nutrição balanceada, manejo adequado, controle sanitário e qualidade da carne e dos ovos é uma das maiores façanhas do agronegócio nacional e que, pelo jeito, não deve parar por aí.
O Brasil é hoje o terceiro maior produtor (atrás dos EUA e da China) de carne de frango e em 2007, sua produção totalizou 8,47 milhões de toneladas. O País exportou 3,2 milhões de toneladas de carne no ano passado, que gerou uma receita de US$ 4,4 bilhões, mantendo-se como o maior exportador mundial. Se somarmos o faturamento das exportações de carne de peru, material genético, matrizes, pintos de um dia e produtos de ovos, que renderam mais de US$ 365 milhões, chegamos a quase US$ 5 bilhões em receita. O consumo per-capita de carne de frango se aproximou dos 38 kg por habitante em 2007.
Fonte: http://portalarapiraca.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.