Sob o couro cabeludo, que tem cerca de 400 cm2, nascem e crescem de 80.000 a 120.000 fios de cabelo. Em 30 dias, o fio cresce de 1 a 1,5cm e seu diâmetro varia de 0,03 a 0,15 milésimo de milímetro.
O crescimento do cabelo nos seres humanos é contínuo. Sua renovação é normal e se dá em 2 fases:
1) Anágena: nessa fase, o cabelo encontra-se firme em sua popila e bulbo. Nos cabelos, essa fase dura de 2 a 6 anos; nas sobrancelhas, de 4 a 8 semanas; nos cílios, de 4 a 5 semanas; e na barba, 10 meses.
2) Catágena: esse tempo compreende entre a fase de crescimento e de repouso, e dura, aproximadamente, 2 semanas. Nessa fase, apenas 5 a 10% dos fios estão no processo normal e pode-se perder, diariamente, entre 70 a 100 fios de cabelo.
O cabelo fetal é de consistência sedosa e chama-se veluz. Entre o 7º e 8º mês de gestação, acontece a primeira queda do cabelo e crescem os fios veluzes suaves, ganhando, nesse ponto, o pigmento. Durante os 30 meses de vida, cresce o cabelo mais grosso, com pigmento natural, chegando ao completo desenvolvimento aos 10 anos de idade.
O envelhecimento produz um retrocesso no cabelo. Quando o cabelo cai, nasce o cabelo veluz instável. Geralmente ocorre após os 40 anos: perde-se o cabelo e a cor.
Na Grécia antiga, as imagens utópicas das divindades mitológicas assumiam um ideal de beleza e perfeição corporal. Essa preocupação estética levou à necessidade de um espaço exclusivo e adequado para o tratamento de beleza, incluindo o capilar. Assim, surgiram os primeiros salões de beleza e a profissão de barbeiro, exclusiva do sexo masculino.
Já nessa época, os barbeiros completavam os penteados com falsos cabelos. Os calvos, usavam cabelos artificiais e cabeleiras (perucas).
Os homens pertencentes à nobreza e os guerreiros, apresentavam cabelos compridos, sustentados por faixas, correntes ou condecorações. Os adolescentes copiavam os penteados de Apolo e Arquimedes, enquanto os velhos e filósofos usavam cabelos longos e barbas densas, como símbolo de sabedoria.
As barbas e bigodes eram cortados com ponta de lança, à imagem de uma sociedade de gladiadores.
Os escravos, que não se distinguiam dos homens livres, apresentavam cabelos curtos e lisos, não se permitindo barbas nem bigodes. Nas antigas culturas, quem pegasse na barba ou cabelo de uma pessoa, era severamente punido, pois significava um atentado à honra e uma intromissão em sua psique.
Os salões dos barbeiros ofereciam também banho quente, sauna e massagem, cortavam unhas dos pés e das mãos e também respondiam pela saúde do indivíduo, entretanto, esses os serviços eram pagos pelo público.
A sangria era um lucrativo setor desse ofício. Nos séculos XVI e XVII, os barbeiros foram acusados de praticar a sangria despudoradamente.
Só no século XIX, o oficio de médico e de cirurgião dentista foi separado da profissão de barbeiro, porém, alguns continuaram a atuar como dentista até bem pouco tempo.
No século XX, surge a figura feminina nos salões de barbeiros, tanto no exercício da profissão quanto na clientela. Os salões tornaram-se unissex e parece que essa tendência veio para ficar por muito tempo.
Fonte: www.trabalhonota10.com.br
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