As exportações vão bem mas, na estrutura econômica como um todo, não se pode perder de vista o fortalecimento do mercado interno.
É inegável que a prosperidade no campo alavanca o desenvolvimento nas cidades.
A capitalização dos fazendeiros deverá incentivar a abertura de empregos em outras áreas da economia, como nas indústrias de construção civil, têxtil e automobilística.
Mas, o que se observa atualmente é uma redução no número de fazendeiros.
Naturalmente, os números declinantes de fazendeiros nas nações industrializadas não significam uma redução da importância do setor agrícola.
O mundo ainda precisa comer (e 80 milhões mais de bocas para alimentar a cada ano), portanto, o número menor de fazendeiros significa maiores fazendas e maior concentração de posse.
A figura do fazendeiro como pequeno produtor já é bem rara nos dias de hoje.
Uma questão central é a da própria estrutura agrária do País.
Ainda hoje a reforma agrária é tema da maior importância, uma forma de dar ao homem uma opção de permanência no campo, uma alternativa barata de geração de empregos para uma população com pouca educação formal e técnica, além de propiciar a criação de um novo grupo de compradores de bens de consumo, insumos e máquinas agrícolas.
Enquanto a solução não chega, movimentos como o MST (Movimento dos Sem-Terra) entram em conflitos constantes com os grandes fazendeiros, numa luta por terra e por dignidade.
Fonte: O Fazendeiro
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